quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Hombridade

Sobre o artigo intitulado "Ossos do ofício", postado neste blog na manhã de hoje, recebi logo nas primeiras horas do dia um telefonema da professora Maria Dorotéia, Secretária Municipal de Educação, se manifestando sobre o teor das linhas escritas, antes que postasse, um pouco mais tarde, o seu direito de resposta neste mesmo espaço.

A secretária explicou que não havia desligado o telefone na cara da repórter Fernanda Gomes, como afirmei, e justificou que em virtude de estar, naquele momento, participando de uma reunião, não tinha como atender melhor à profissional que, segundo ela, insistia em gravar uma entrevista pelo telefone.

Apesar de já haver dado espaço para a resposta da secretária, o que consiste em um direito constitucional ao qual jamais me oporia, faço questão de reconhecer publicamente que me excedi no desabafo, apesar de em nenhum momento me arrepender do que escrevi e muito menos pensar em retificar uma vírgula sequer do texto publicado.

Continuo solidário à repórter Fernanda Gomes pela forma com que foi atendida pela secretária, enquanto buscava cumprir com o seu dever profissional de bem informar sobre assunto de relevante interesse tanto da população quanto da própria administração. Objetivo esse que será mantido, apesar dos pesares.

No entanto, é necessário admitir, após reflexão, que não possuo nenhuma fundamentação para insinuar que a professora seja despreparada para o cargo que ocupa ou que lhe caiba o termo pejorativo de "subordinada". Ao contrário, acredito que a professora Dorotéia é sim, bastante credenciada para a função que ocupa de forma competente, até que se prove o contrário.

E uma das razões que utilizo para fazer a afirmação acima é a forma equilibrada e educada com que a professora me tratou ao telefone para expressar suas considerações sobre o episódio, coisa que, repito, não é comum dentro da equipe desta atual administração. Essa realidade não pode, no entanto, gerar um preconceito contra todos aqueles que participam da equipe de governo.

Lá como cá, existem os bons e os maus, não duvido, mas insisto em afirmar que o comportamento da maioria finda por prejudicar todo o conjunto da administração. É reprovável a quem quer que seja não saber separar o joio do trigo.

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