sexta-feira, 12 de julho de 2013

Na estrada dos tijolos amarelos

Eduardo de Souza

Numa terra mui distante, habitada por sofridos aldeões, dizer o óbvio era muito arriscado. Lá, o chefe da aldeia, tinha hábitos e procedimentos insalutares, que eram comentados por todos os moradores da povoação, indistintamente, mas que não podiam ser repetidos nos painéis de informação da aldeia.

A regência desse chefe era caótica e causava prejuízos aos aldeões. Entretanto, um dos aldeões, redator de um dos painéis, ao tentar repetir comentários gerais e óbvios, foi multado em vários "dinheiros" pela sua escrita.

Não li essa história na terra de Oz, portanto não posso aconselhar o redator, a seguir pela estrada dos tijolos amarelos. Ela o levaria a encontrar o grande mágico de Oz, que num piscar de olhos diria: “A interpretação de prejuízo ao repetir o óbvio, é baseada numa linha tão tênue, que os aldeões a discutiriam por anos, sem chegar a uma conclusão... óbvia!"

Nesse caso, melhor não irmos para Pasárgada com o Manuel Bandeira. Porque não vamos todos para a terra do Mágico de Oz? A Judy Garland com seu Totó, o homem de lata, o espantalho e o leão, vão gostar, pode crer.

Da estrada dos tijolos amarelos para Xapuri, SAUDAÇÕES!

◙ Meu caro amigo Edu, você agora me fez lembrar de um poema de Amanda Maia, diretora teatral e estudante da Universidade Federal da Bahia, que nos remete a um lugar que não temos, mas que não desistimos de buscá-lo, sem temores e sem pressa:

"Até chegar àquele moinho,

Processador de pensamentos,

Lá no reino do nunca,

Onde o amor toca o tempo.

Onde as palavras são danças,

Onde o pequeno ser é guerreiro,

Onde os medos não entram.

Lá a Coragem é rainha,

Coroada pelo rei Coração,

Lá a morte não passa de um barco,

Lá, o que é solidão?

Lá não importa o que sei,

Ou o que fui, ou o que serei,

Lá o juiz é o perdão.

Lá o que sinto é o que farei,

Sem olhar pra trás, sem nem respirar,

Direi que amo você, direi, direi e direi,

E tudo será seu sorriso, tudo será seu olhar,

E então, meus sonhos realizarei,

E então, já poderei acordar".

Um grande abraço!

Postagem publidada originalmente no dia 24 de outubro de 2008.

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