Fã de futebol, o deputado estadual Manoel Moraes (PSB) deixou de lado a visível má forma física e foi o único representante do parlamento acreano a participar do polêmico “Jogo da Solidariedade”, realizado na semana passada no estádio Florestão.
Após o jogo que teve a presença de quase 20 parlamentares, entre eles o ex-jogador Romário e do ex-pugilista Acelino Freitas, o Popó, Manelão evitou as polêmicas criadas em torno do evento e não quis falar da ausência dos colegas de parlamento.
Em seu blog oficial, Manoel Moraes também não comentou as acusações que recaíram contra o governador Tião Viana, que teria recusado os donativos arrecadados pelo jogo, mas declarou que solidariedade não tem cor partidária. “Estou aqui para jogar, para ser solidário”, disse.
Já no jogo eleitoral que visa às próximas eleições municipais em Xapuri, a posição atual de Manoel Moraes, político que tomou as rédeas do PSB do município há alguns anos, não deixa claro se entrará na disputa para “jogar ou ser solidário”.
É claro, me refiro à relação que há tempos não é um caso de amor entre os “aliados” PSB do deputado e o PT do prefeito Bira Vasconcelos, cujas possibilidades de reeleição estão diretamente relacionadas ao peso político de Manoel Moraes no pleito.
Diante de certa lei do silêncio sobre o tema e da pouca movimentação de parte dos principais envolvidos no processo sucessório que se avizinha, vislumbro duas situações quanto à candidatura própria do PSB à prefeitura de Xapuri, cujo nome favorito é o do professor Wágner Menezes.
A primeira seria a de “peixe”, no bom sentido utilizado pelo baixinho Romário, considerando-se que a “terceira via” tenha o objetivo de favorecer a reeleição de Bira. A segunda seria a de “tubarão”, no sentido figurado, considerando que Moraes pretenda abocanhar a vitória.
De certo, até o momento, caso este blogueiro não esteja mais perdido que cego em tiroteio, é que o PSB não pensa de maneira nenhuma em compor chapa indicando o candidato a vice de Bira Vasconcelos. “Isso seria prejudicial ao futuro político do partido”, diz uma fonte.
A declaração, se tiver fundamento, faz pensar que Manoel Moraes já pensa em passos mais largos na política. Provavelmente já planeja a eleição para deputado federal, razão pela qual alimenta uma relação fraternal com o PSC, da deputada Antônia Lúcia.
Em Xapuri, o PSC é comandado por Oséias d’Ávila de Paula, antigo parceiro de negócios de Pedro Tarauacá, cunhado de Manoel Moraes e também um dos manda-chuvas do partido no município. Oséias é possível candidato a prefeito pela sigla e Pedro Tarauacá possui pretensões mais altas.
Juntos, parte do PSB e PSC se mobilizam, se fortalecem e combatem setores insatisfeitos e, talvez, futuramente, prováveis dissidentes do primeiro. É bom lembrar que o PSC recrutou alguns nomes que possuem no mínimo história na política local, como o ex-prefeito Wanderley Viana.
Quanto ao PT, que se novidades não surgirem nos próximos meses deverá continuar tendo como companheiro de chapa o PC do B, esse quer fugir o quanto mais da polarização com Marcinho Miranda (PSDB), cuja candidatura é tão certa quanto morna.
E já que citei o PSDB, com base em informações de uma outra fonte em breve a “oposição” dará as caras com novidades sobre a disputa que se aproxima. “Os partidos que se dizem oposição devem se posicionar sobre os rumos que deverão tomar”, disse meu interlocutor.
Para fechar, na pele de peixe ou de tubarão, a verdade é que o PSB e seus aliados do PSC terão forte influência no resultado das próximas eleições em Xapuri, assim como é certo também que muita coisa ainda vai acontecer até lá.
A nós, resta esperar.
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