quinta-feira, 24 de março de 2011

O lado bom e ruim do Twitter

Divulgação rápida e abrangente bate de frente com os boatos e pegadinhas do canal. É preciso cuidado e atenção, aconselha especialista.

Desde sua criação em 2006 por Jack Dorsey, o Twitter ganhou extensa notabilidade e popularidade por todo mundo. E isso não causa estranheza quando se trata de uma excelente ferramenta de informação, que tem o poder de interagir com diversas redes sociais, entre elas o Facebook.

O Twitter, que acabou de completar cinco anos, tem sido constantemente utilizado por grandes empresas para a divulgação de suas marcas, através de constantes atualizações, sempre ligando o consumidor a uma página onde possa encontrar mais informações sobre o serviço ou produto oferecido, além de aproximá-los e fidelizá-los.

Para entender essa rede social, Lívia Lampert, vice-presidente da Associação Brasileira das Agências Digitais - RS (Abradi-RS) e diretora da Línea Comunicação fala sobre a melhor forma de utilizá-la e, com isso, evitar excessos, problemas e até mesmo invasões desnecessárias.

Lívia começa explicando a importância em separar assuntos no perfil. Ou seja, ela alerta que não é recomendável misturar assuntos pessoais com profissionais e ressalta a relevância de ter um propósito ao fazer o perfil. “No Twitter, esse propósito pode ser pessoal ou profissional, servindo o canal como fonte de obtenção e/ou propagação de informações. Sendo assim, segundo a empresária, é possível buscar as pessoas certas a seguir, dentro do seu foco, atrair mais seguidores e trocas informações mais ricas sobre o que interessa’, diz.

A capacidade de expandir, divulgar e repassar notícias em alta velocidade é surpreendente na rede. Além disso, empresas estão se reerguendo com essa oportunidade. Não somente repassam informações, mas respondem velozmente aos clientes insatisfeitos e analisam a concorrência.

Mas não só de benefícios vive a rede social, alguns perigos podem prejudicar as pessoas ou suas empresas rapidamente. “É comum a disseminação de boatos no canal, ou mesmo “trollagens” (pegadinhas)”, conta. A saída para não cair nestas armadilhas, segundo Lívia é ter cuidado antes de "retuitar" algo. “Nunca devemos deixar de certificar a credibilidade da informação veiculada”, aconselha.

Outra dica é ter atenção também ao número de pessoas que estão na sua lista de seguidos. “Este número deve ser minimamente proporcional a sua capacidade de acompanhar o canal e no quesito "following" (quem seguir), opte por perfis que agreguem algo efetivamente para você. Mais qualidade, menos quantidade”,revela.

Porém, nem tudo está perdido, existem boas práticas para utilizar o twitter, entre elas Lívia recomenda a publicação de informações relevantes, e não simplesmente o que você comeu no almoço, ou onde você está. “Usar scripts automáticos para adicionar pessoas ou disseminar mensagens também não é considerada uma boa prática, pessoal ou profissionalmente”, complementa.

E para evitar a invasão na vida particular do usuário, ela aposta no bom senso como opção. “Para assuntos privados ou assuntos que somente interessam a um outro perfil em específico, devemos optar pelas “DM”s (Direct Messages), essas você manda para um único perfil, e somente este pode visualizá-las”, explica.

Às empresas em especial, ela recomenda que não devem se omitir ao canal, mas precisam de cautela, estar atentas a sua reputação, e principalmente, começarem a partir da determinação de uma estratégia para o canal, de maneira organizada. “Uma empresa pode ser favorecida pelo Twitter no monitoramento do que está sendo dito sobre ela na rede, ou mesmo pesquisar por oportunidades, demandas latentes, análise de tendências, e do comportamento do seu consumidor”, reflete.

Por outro lado, Lívia alerta que pode ser prejudicial se não atender a interações geradas por consumidores, responder a perguntas ou queixas direcionadas. “Uma política de uso do Twitter entre os profissionais da empresa é recomendável, tanto para falar na rede em nome desta, quanto, inclusive, nos seus perfis pessoais”, diz.

“Temos casos conhecidos de vazamento de informações, publicação de críticas ou posicionamento inadequado em perfis pessoais, porém de profissionais influentes em determinadas corporações, que acabaram por refletir na reputação da própria empresa”, lembra. Portanto, ela insiste: “cautela, estratégia e monitoramento são as práticas fundamentais para empresas na rede”, conta.

Sobre a dimensão da rede, Lívia acredita que a mídia é ótima para divulgação em massa e aposta no seu crescimento. “Para compreender o atual volume do Twitter: em setembro de 2010, o canal divulgou em seu próprio site o número total de 175 milhões de usuários registrados. O volume médio de "tweets" por semana já está na casa de 1 bilhão e isso é realmente fantástico, finaliza”.

Há quem diga que não há limite para a criatividade e a tecnologia. Talvez não haja limite, mas todo cuidado é pouco. Se as redes sociais estão aí para aproximar pessoas de pessoas e clientes de empresas, o negócio é participar. Mas tudo, claro, de olhos bem abertos.

Enviado por Juliana Farias, da Insider 2.

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