sábado, 17 de abril de 2010

Sugestão de leitura

Madeira que cupim não rói - Xapuri em Arquitetura 1913 a 1945

A riqueza da arquitetura em madeira existente em Xapuri foi tema da dissertação de mestrado transformada no livro "Madeira que cupim não rói - Xapuri em Arquitetura 1913 a 1945", de Ana Lúcia Reis Melo Fernandes da Costa.

A obra foi lançada em 2002, pela gráfica do Tribunal de Justiça do Estado do Acre, e merece ser lida por todo xapuriense. Nela, a autora faz uma viagem por histórias escondidas sob os traços arquitetônicos da pequena Xapuri.

A pesquisa possui a ideia inicial de que a arquitetura em madeira produzida em Xapuri, desde sua formação e principalmente no período de 1913 a 1945, como produto cultural, serviu como base para a identidade e a resistência da cultura do grupo social aqui existente, observando-se a continuidade de seu uso mesmo depois da introdução da alvenaria (implementado com as modernas práticas construtivas por volta de 1920).

Permeando a pesquisa, esta hipótese atravessa o caráter investigativo em seus quatro pontos de apoio: a historiografia da cidade; o espaço urbano e rural e a moradia no contexto vernacular e oficial; as transformações ocorridas de 1913 a 1945, buscando identificar o percurso do tradicional e do moderno na reprodução de modelos trazidos para a região; e por fim, as permanências dessas práticas onde se nota uma profunda identidade da cultura com o seu meio físico.

ANA LÚCIA COSTA é arquiteta. O livro é uma versão da dissertação de mestrado defendida em 2002 no Departamento de História da Universidade Federal de Pernambuco, sob a orientação de Antonio Paulo Rezende e José Luiz da Mota Menezes.

2 comentários:

Milena Barros disse...

Já li esse livro há uns seis anos e recomendo. É ótimo! Além de nos fazer lembrar das histórias que nossos pais e avós contavam. Pelo menos pra mim foi uma aventura pelo passado glorioso de Xapuri.

Clenes Guerreiro disse...

Madeira que cupim não rói é leitura recomendadíssima para quem quer conhecer não apenas a arquitetura de Xapuri mas a vida - e sua transformação - ao longo das décadas da famosa (e tão esquecida) Princesinha do Acre.
Um abraço.