Tião Viana: “Vou conversar com todos os prefeitos. Não farei pactos pessoais”.
O governador Tião Viana voltou na tarde desta terça-feira, 20, aos estúdios da TV Gazeta para a primeira entrevista após as eleições municipais. Com as férias do apresentador Alan Rick, Tião Viana foi entrevistado pelo jornalista Antônio Klemer, com toda a irreverência que lhe é peculiar. Na pauta, além de política e relações institucionais com os futuros prefeitos, o governador falou dos projetos que estão em execução e o que vem pela frente.
O programa Ruas do Povo, ousada ação de governo que pretende pavimentar, com asfalto ou tijolos, todas as ruas acreanas que nunca sofreram intervenção pública, continua em todos os municípios, exceto Rodrigues Alves, onde todas as etapas foram concluídas, mesmo entre as prefeituras conquistadas pela oposição. Em todos os municípios, com exceção da capital, são 1.048 ruas para pavimentar até 2014. Dessas, 642 estão concluídas e 300 serão entregues oficialmente até o fim deste ano. Em Rio Branco o desafio do governo do Povo do Acre é pavimentar 2.020 ruas até o fim de sua gestão. Hoje são 1.482 contratadas, 800 em execução e 500 com previsão de entrega para este ano.
“Esse programa será reconhecido na história do saneamento no Brasil. Hoje 30% das cidades brasileiras não têm drenagem, pavimentação e saneamento. São Paulo não tem 45% de saneamento e nós vamos entregar o Estado com 99% de pavimentação, com um avanço gigante em saneamento. É uma revolução”, disse o governador.
Entre as ações de governo citadas por Tião Viana também estão os sete mil pequenos negócios realizados este ano. Alguns ainda serão entregues. O trabalho da Secretaria de Pequenos Negócios consiste em capacitar profissionalmente, em áreas que apresentem demanda - manicura, mecânico de bicicletas, barcos, roçadores de quintais, salgadeiros e panificadores, entre outros -, pessoas que se encontram na linha de pobreza ou abaixo dela, em geral cadastrados por busca ativa nos bairros e municípios ou através do CAD Único.
Após aprender uma profissão, todos os participantes recebem os equipamentos necessários para o trabalho e acompanhamento técnico por dois anos na área de empreendedorismo. Essa revolução tem mudado a vida de milhares de famílias. “A meta era cinco mil pequenos negócios até 2014, mas já ultrapassamos esse número e agora queremos chegar a 20 mil até o fim do governo”, disse o governador.
A industrialização foi outro tema abordado na entrevista. Com entrega prevista para daqui a quatro meses, o complexo de piscicultura, que tem o desafio de envolver 16 mil famílias na produção de peixes, nasce com a meta de transformar o Acre no endereço do peixe na Amazônia. “Além do peixe hoje, nós começamos o plantio de 600 mil mudas de açaí em Feijó e a distribuição de 35 mil mudas de coco no Juruá”, disse o governador.
Um assunto que não falta em qualquer entrevista é saúde. “Nós avançamos muito na saúde, mas ainda há muito que fazer. Há 14 anos o Estado investia R$ 900 mil na área e hoje nós investimos R$ 22 milhões e não é suficiente. No próximo ano as críticas à antiga Fundação Hospital vão diminuir muito. Estamos licitando a UPA do São Francisco, com 20 leitos, e vamos mandar para licitação a UPA da Baixada. A do Tucumã já foi adaptada e agora vai funcionar também com 24 horas. Vai haver uma relação mais humana na saúde”, comentou o governador.
Sobre a BR-364, o governador falou dos R$ 143 milhões liberados pela presidente Dilma Rousseff para a recuperação do trecho de Rondônia a Sena Madureira. “Também há o asfalto do quilômetro 100 da Transacreana e 40 quilômetros de ramal asfaltado no Bujari”, comentou.
Com relação à parceria do governo com os prefeitos eleitos e reeleitos, incluindo os de oposição, Tião Viana foi enfático ao afirmar que trabalhar é obrigação de todos os governantes. “Vou conversar com todos os prefeitos. Não farei pactos pessoais. Meu pacto é com o povo”, destacou o governador, que também falou sobre o atendimento na saúde pública do Estado.
“Nós avançamos muito na saúde, mas ainda há muito que fazer. Há 14 anos o Estado investia R$ 900 mil na área e hoje esse valor subiu para R$ 22 milhões, e não é suficiente”.
Fonte: Agência de Notícias do Acre.
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