segunda-feira, 2 de março de 2020

A política da rasteira impõe seus descaminhos em Xapuri

Uma trabalhadora de uma empresa terceirizada que presta serviços ao governo do Estado ficou desempregada em Xapuri na semana passada depois de seis anos de carteira assinada. 

Com duas filhas menores e sem nenhuma outra fonte de renda, ela vai dar lugar a outra pessoa, certamente também necessitada de uma ocupação remunerada. Até aí nada de muito anormal se a troca não estivesse ocorrendo para atender a interesses políticos eleitoreiros.

A servidora que terá o seu nome preservado afirma que perguntou ao coordenador do setor em que trabalhava se havia a possibilidade de ela ser mantida na função, alegando precisar muito do emprego, mas foi informada de que sua permanência não poderia ser conservada em razão da necessidade de um político ligado ao governo em introduzir em seu lugar uma pessoa compromissada politicamente com o grupo dominante no município.

O relato acima é apenas uma mostra do que tem ocorrido no atual momento político da cidade A situação é agravada por casos de perseguição gratuita, como a que ocorreu com este blogueiro, que foi removido do setor de trabalho onde atuava há mais de 20 anos sem que houvesse nenhuma justificativa para tal. Pior que isso é que é que alguns capangas atuam para que o mal-estar acompanhe o alvo da sanha covarde onde ele for.

O último relato também é mero exemplo. Episódios semelhantes têm ocorrido com outras pessoas em Xapuri. Há uma clima de tensão e de insegurança para muitos que estão colocados no serviço público sem a relativa segurança de um servidor efetivo. A perseguição se manifesta em vários aspectos, na maioria das vezes de maneira velada, e em determinados setores funcionários têm denunciado anonimamente situações de desordem e falta de gestão.

São os descaminhos de uma política vil e rasteira que continua a se manifestar em Xapuri. Uma insensata ambição por poder que se sobrepõe a valores como o respeito à dignidade alheia e que busca, de maneira vã, se esconder por trás de uma falsa religiosidade, enganando a um punhado de gente - uns sendo realmente ludibriados por mera ingenuidade, outros fingindo ser iludidos por mero interesse nas benesses que, geralmente, não se materializam.

Esta breve narrativa não cita ninguém diretamente, o que não se faz necessário para quem acompanha o dia-a-dia da cidade. Os personagens estão claros nas entrelinhas, assim como está visível que eles vêm cavando, com um comportamento baseado na empáfia, a própria sepultura política. Não tarda para que caminhem, nauseabundos, pelas sombras do ostracismo por não entender que numa terra pequena como essa muita gente ainda preza por valores que para eles nada representam.

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