segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

GRANDES HIDRELÉTRICAS EM DEBATE




Seis entre as dez maiores hidrelétricas programadas no Brasil encontram-se na Amazônia Legal, quatro no Pará e duas em Rondônia, e somente a usina de Tucuruí já está em funcionamento. As 28 usinas hidrelétricas planejadas na região amazônica têm a capacidade instalada de 22.900 MW.

A matriz elétrica brasileira conta com 63,2% de hidroeletricidade. Apesar de ser uma energia renovável, a construção de grandes hidrelétricas causa impactos ambientais e sociais relevantes.

O desmatamento é um deles. Além da remoção da cobertura vegetal para abrir espaço para as obras, grandes construções aumentam o fluxo de pessoas para local, levam à abertura de estradas e aumentam a especulação fundiária. O IPAM – Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia avaliou a projeção de desmatamento decorrente das hidrelétricas do complexo Tapajós, que possui 42 projetos. O estudo apontou que o desmatamento até 2030 seria entre 22 mil e 32 mil quilômetros quadrados, o equivalente a cinco anos de desmatamento em toda a Amazônia, que atualmente gira em torno de 5 mil quilômetros quadrados por ano.

Além disso, o desmatamento contribui para a emissão de gases de efeito estufa. A liberação de gás carbônico e metano também é alta no alagamento dos reservatórios, devido à decomposição da matéria orgânica. O Brasil já se comprometeu a reduzir suas emissões em sua meta para a COP 21, que lista 37% de redução de emissões até 2025 e 43% até 2030, em relação aos níveis de 2005.


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