segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

DELEGADO ANTÔNIO CARLOS E O RIGOR TARDIO DA LEI

A foto ao lado é do dia 29 de março de 2012 logo após a realização da Operação Chapurys, um trabalho de investigação da Delegacia de Repressão ao Entorpecente (DRE) que colocou atrás das grades doze pessoas acusadas de envolvimento com o tráfico de drogas no município de Xapuri. Entre os presos na operação, estava o homem que dois anos depois se tornaria o algoz do delegado Antônio Carlos Marques Mello, o Carioca.

Colocado em liberdade pouco tempo depois da prisão, Elivan Verus da Silva protagonizou uma sequência de crimes jamais vista em Xapuri. Primeiro, no dia 26 de novembro de 2014, ele tentou matar uma ex-namorada, Nágila Costa, mas terminou assassinando a filha da mulher, a estudante Janaína Nunes, que tinha apenas 15 anos de idade.

Foragido da justiça, Elivan adquiriu uma espingarda calibre 20 na Bolívia e no dia 14 de dezembro seguinte sequestrou outra ex-namorada, Fátima Sarkis, que foi obrigada a trazê-lo à cidade. Encurralado em um cerco policial, Elivan conseguiu escapar depois de atirar no delegado Antônio Carlos, que um pouco antes de ser baleado havia dado voz de prisão ao fugitivo. O delegado Carioca morreu 25 dias depois no Hospital das Clínicas, em Rio Branco, depois de uma luta gigantesca pela vida. Elivan foi capturado um dia após o crime numa grande operação policial.

Nos dias 15 de junho e 1º de julho de 2015, Verus foi a júri popular para responder pelos crimes homicídio contra o delegado e a estudante, pela tentativa de homicídio contra Nágila Costa e pelo sequestro de Fátima Sarkis. Considerado culpado para todas as acusações, Elivan foi condenado a 60 anos de reclusão em regime fechado. Rigor da lei que veio tardiamente. Quando cometeu a série de crimes que abalou Xapuri, Elivan Verus cumpria, em regime aberto, pena por crime de tráfico de drogas.

Nenhum comentário: