terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Chico Mendes no Jardim Botânico

Do jornal O Globo

RIO - Conscientização ambiental com entretenimento é o que promete Elenira Mendes para marcar os 20 anos do assassinato da morte de seu pai, o líder seringueiro Chico Mendes. A partir desta terça-feira (10-02), o Museu do Meio Ambiente, no Jardim Botânico, recebe uma série de eventos que destacam a trajetória do brasileiro que se tornou ícone do movimento ambientalista mundial. Curadora da mostra "Vinte anos sem Chico Mendes", Elenira conta que não foi à toa que o Rio foi a cidade escolhida para a estreia do projeto.

- Meu pai morreu no dia 22 de dezembro de 1988 em Xapuri (Acre). Um mês antes de sua morte, ele recebeu a chave da cidade do Rio. Ele também recebeu título de cidadão honorário, concedido pela Assembléia Legislativa. Por esses e outros motivos a mostra acontece na cidade. Mas a ideia é circular por outros estados, e até mesmo outros países - diz Elenira, que preside o Instituto Chico Mendes.

Além do acervo de fotos, projetadas em paineis, estão expostos na mostra os sete prêmios que Chico Mendes recebeu em vida, entre eles o Global 500, da Organização das Nações Unidas (ONU). Em outro espaço, são retratados ambientes da casa do seringueiro em Xapuri, com projeção de imagens e áudios sobre a causa ambiental.

- Antes de tudo que se fala hoje sobre mudanças ambientais e meio ambiente, Chico Mendes já anunciava todo o debate. A ideia do projeto é mostrar o grande líder que ele foi, relembrar aquela época, e sensibilizar as pessoas para a sua causa. Montamos toda uma estrutura dinâmica, além de palestras, filmes e espetáculos. É entretenimento e conscientização para todo o público.

Para as crianças, foi lançado nesta segunda (09-02) - abertura do evento para convidados - o livro "A história de Chiquinho", do cartunista Ziraldo. Durante todo o mês de fevereiro, será apresentado o espetáculo interativo "Empate", em que a diretora Christiane Jatahy apresenta um jogo teatral onde dois seringueiros tentam salvar a Floresta Amazônica de uma queimada.

Nenhum comentário: