sábado, 12 de outubro de 2019

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Ouço (e leio) rumores de que membros do grupo "Amigos de São Sebastião" desautorizaram, em uma nota interna, o José Cláudio Mota Porfiro, que foi quem assumiu as afirmações relacionadas ao padre Francisco das Chagas, chefe da paróquia de Xapuri, em razão deste, junto com o seu Conselho Paroquial, haver comprado uma nova caminhonete para dar suporte às atividades da Festa de São Sebastião e outras demandas.
Dizem por lá que o Zé Cláudio não pertence ao grupo e que não acreditam que uma fonte cuja identidade foi, a pedido, mantida em sigilo, pertencesse à união de fiéis xapurienses, como afirmo na matéria. Ou seja, sugere-se que minhas fontes não eram autorizadas pelo dito grupo e, consequentemente, que meu trabalho foi construído sem fundamentação jornalística, uma vez os amigos de São Sebastião são solidários ao padre, sempre ajudaram o padre e sempre obedeceram às diretrizes do sacerdote.
"O repórter lançou fogo para ver as cinzas, fez seu trabalho, pois ganha para isso".
Ora, em nenhum momento tive o interesse em tal pauta, mas acossado por dois dias seguidos, em razão de haver feito uma matéria dias antes mostrando a igreja revitalizada e entrevistando o padre que, feliz, agradeceu a todos que ajudaram na realização, resolvi ouvi o que me dizia uma pessoa a quem TENHO COMO PROVAR QUE PERTENCE À LINHA DE FRENTE DO GRUPO.
Segundo essa participante do "Amigos de São Sebastião", o grupo estava pronto para denunciar o padre à imprensa de Rio Branco e que minha matéria não condizia com a realidade dos fatos uma vez que, além de a igreja não estar com a reforma concluída, omitia que o padre havia preterido a conclusão das obras pela compra, SEM AUTORIZAÇÃO DO BISPO DOM JOAQUIM, de uma nova caminhonete. Afirmou que há tempos o grupo vinha suspeitando de uso indevido de dinheiro da igreja conforme as gravações que detenho muito bem guardadas.
Afirmou-me que o grupo desejava que eu complementasse o assunto com uma nova matéria abordando as denúncias até então enclausuradas pelos indignados fiéis. Ao solicitar que me apresentasse personagens para a tal matéria, me disse que o grupo queria que ela fosse publicada sem citar nomes. Ouvindo que isso seria impossível, me pediu um tempo para resolver o problema e eis que em poucos minutos me telefona o Zé Cláudio afirmando que era o representante que "topava a parada".
Citou-me os nomes dos componentes de um tal "grupo executivo", que seria, ao que pude entender, uma espécie de nata gerencial da, digamos, organização. O resto já é conhecido. Ouvi a todas as partes, inclusive mantendo em sigilo a identidade de quem me procurou e a quem eu, por mais de uma vez, disse que não tinha interesse algum em fazer PUBLICAÇÃO DESFAVORÁVEL OU FAVORÁVEL ao padre. Escrevi. E antes de publicar, avisei: O PADRE CHAGAS E O PADRE ASFURY GARANTEM QUE NÃO HÁ NADA DE ERRADO COM A COMPRA.
Não há nada de venal na decisão de fazer a matéria. Não, não ganho dinheiro para isso. Apenas atendi a uma demanda a mim apresentada e insistentemente cobrada. Fiz meu papel sim, mas sem nenhuma paixão, tendência ou parcialidade. Considero que se não a fizesse estaria me omitindo a um fato que ainda não era notícia meramente por falta de oportunidade de quem o queria ver publicitado. Proporcionei que explicações fossem dadas, que luz fosse jogada sobre as trevas de uma confusão que se arrastava pelos sacros corredores da paróquia em forma de boatos e leviandades.
Depois de lançada ao ar, a "infeliz matéria" provocou mais estragos ao próprio grupo de onde saíram as acusações que mesmo ao padre que, sereno e inabalável, sustentou de cabeça erguida a todas as argumentações que ofereceu a mim, que o procurou com sinceridade e pediu-lhe que falasse sobre o assunto que ele mesmo já sabia que contaminava o ar de sua paróquia. Do outro lado, o que houve foi um afã denuncista com desejo de anonimato. Depois, apenas sussurros, lamúrias e medo das consequências. Publicamente, apenas um silêncio sepulcral.
Penso que notas de esclarecimento devam ser públicas. Se os "Amigos de São Sebastião" não coadunam com o que os dois denunciantes expuseram, que se manifeste publicamente em vez de, no submundo da hipocrisia e da covardia infames, se restringir a manifestações desprovidas do mínimo de caráter como a que chegou ao meu conhecimento.
E caso fique comprovado que as duas fontes realmente não pertencem ao grupo, digo-lhes que fui ENGANADO E INDUZIDO AO ERRO POR PESSOAS A QUEM CONHEÇO HÁ DÉCADAS e de quem, mesmo sendo jornalista, não ousei duvidar. Então, pedirei desculpas pelo meu erro não ter exigido comprovação documental do pertencimento de ambos os cidadãos (a) na referida organização voluntária, cuja contribuição para o que se fez para na paróquia de Xapuri foi memorável.
É o meu relato. Versão única e inabalável. E caso algum membro do grupo duvide do que digo, basta me contatar no privado. Estarei amigavelmente à disposição.
Minhas desculpas aos membros do grupo que verdadeiramente de nada sabiam e que, de toda maneira, foram prejudicados pela situação. As palavras mais duras desta manifestação não se dirigem a eles.

Nenhum comentário: