Dizem por lá que o Zé Cláudio não pertence ao grupo e que não acreditam
que uma fonte cuja identidade foi, a pedido, mantida em sigilo, pertencesse à
união de fiéis xapurienses, como afirmo na matéria. Ou seja, sugere-se que
minhas fontes não eram autorizadas pelo dito grupo e, consequentemente, que meu
trabalho foi construído sem fundamentação jornalística, uma vez os amigos de
São Sebastião são solidários ao padre, sempre ajudaram o padre e sempre
obedeceram às diretrizes do sacerdote.
"O repórter lançou fogo para ver as cinzas, fez seu trabalho, pois
ganha para isso".
Ora, em nenhum momento tive o interesse em tal pauta, mas acossado por
dois dias seguidos, em razão de haver feito uma matéria dias antes mostrando a
igreja revitalizada e entrevistando o padre que, feliz, agradeceu a todos que
ajudaram na realização, resolvi ouvi o que me dizia uma pessoa a quem TENHO
COMO PROVAR QUE PERTENCE À LINHA DE FRENTE DO GRUPO.
Segundo essa participante do "Amigos de São Sebastião", o
grupo estava pronto para denunciar o padre à imprensa de Rio Branco e que minha
matéria não condizia com a realidade dos fatos uma vez que, além de a igreja
não estar com a reforma concluída, omitia que o padre havia preterido a
conclusão das obras pela compra, SEM AUTORIZAÇÃO DO BISPO DOM JOAQUIM, de uma
nova caminhonete. Afirmou que há tempos o grupo vinha suspeitando de uso
indevido de dinheiro da igreja conforme as gravações que detenho muito bem
guardadas.
Afirmou-me que o grupo desejava que eu complementasse o assunto com uma
nova matéria abordando as denúncias até então enclausuradas pelos indignados
fiéis. Ao solicitar que me apresentasse personagens para a tal matéria, me
disse que o grupo queria que ela fosse publicada sem citar nomes. Ouvindo que
isso seria impossível, me pediu um tempo para resolver o problema e eis que em
poucos minutos me telefona o Zé Cláudio afirmando que era o representante que
"topava a parada".
Citou-me os nomes dos componentes de um tal "grupo executivo",
que seria, ao que pude entender, uma espécie de nata gerencial da, digamos,
organização. O resto já é conhecido. Ouvi a todas as partes, inclusive mantendo
em sigilo a identidade de quem me procurou e a quem eu, por mais de uma vez,
disse que não tinha interesse algum em fazer PUBLICAÇÃO DESFAVORÁVEL OU
FAVORÁVEL ao padre. Escrevi. E antes de publicar, avisei: O PADRE CHAGAS E O
PADRE ASFURY GARANTEM QUE NÃO HÁ NADA DE ERRADO COM A COMPRA.
Não há nada de venal na decisão de fazer a matéria. Não, não ganho
dinheiro para isso. Apenas atendi a uma demanda a mim apresentada e
insistentemente cobrada. Fiz meu papel sim, mas sem nenhuma paixão, tendência ou
parcialidade. Considero que se não a fizesse estaria me omitindo a um fato que
ainda não era notícia meramente por falta de oportunidade de quem o queria ver publicitado.
Proporcionei que explicações fossem dadas, que luz fosse jogada sobre as trevas
de uma confusão que se arrastava pelos sacros corredores da paróquia em forma
de boatos e leviandades.
Depois de lançada ao ar, a "infeliz matéria" provocou mais
estragos ao próprio grupo de onde saíram as acusações que mesmo ao padre que,
sereno e inabalável, sustentou de cabeça erguida a todas as argumentações que
ofereceu a mim, que o procurou com sinceridade e pediu-lhe que falasse sobre o
assunto que ele mesmo já sabia que contaminava o ar de sua paróquia. Do outro
lado, o que houve foi um afã denuncista com desejo de anonimato. Depois, apenas
sussurros, lamúrias e medo das consequências. Publicamente, apenas um silêncio
sepulcral.
Penso que notas de esclarecimento devam ser públicas. Se os "Amigos
de São Sebastião" não coadunam com o que os dois denunciantes expuseram,
que se manifeste publicamente em vez de, no submundo da hipocrisia e da
covardia infames, se restringir a manifestações desprovidas do mínimo de
caráter como a que chegou ao meu conhecimento.
E caso fique comprovado que as duas fontes realmente não pertencem ao
grupo, digo-lhes que fui ENGANADO E INDUZIDO AO ERRO POR PESSOAS A QUEM CONHEÇO
HÁ DÉCADAS e de quem, mesmo sendo jornalista, não ousei duvidar. Então, pedirei
desculpas pelo meu erro não ter exigido comprovação documental do pertencimento
de ambos os cidadãos (a) na referida organização voluntária, cuja contribuição
para o que se fez para na paróquia de Xapuri foi memorável.
É o meu relato. Versão única e inabalável. E caso algum membro do grupo
duvide do que digo, basta me contatar no privado. Estarei amigavelmente à
disposição.
Minhas desculpas aos membros do grupo que verdadeiramente de nada sabiam
e que, de toda maneira, foram prejudicados pela situação. As palavras mais
duras desta manifestação não se dirigem a eles.
Nenhum comentário:
Postar um comentário