No entanto, percebe-se facilmente que a segunda norma não
tem sido obedecida. Em uma das catraias que faziam a travessia do rio por volta
das 7 horas da manhã do último dia 22 de agosto, uma quinta-feira, haviam nove pessoas no barco sem o
uso dos importantes equipamentos de segurança que permaneciam cobertos por uma
lona preta. Perguntado sobre a razão de dispensar o uso do colete, um
morador que não quis se identificar afirmou que “é uma questão de costume” não
usar.
O catraieiro Valdir Verçosa explicou que as pessoas se
recusam a usar os coletes usando para isso várias desculpas. Uns alegam que o
equipamento está sujo ou que o material esquenta, e outros consideram que não
há a necessidade de se usar o item de segurança numa travessia tão pequena.
“Os adultos não costumam usar e nós não podemos criar caso, mas os alunos nós obrigamos a usar”, explicou.
Tragédia
No dia 3 de junho de 2012, Xapuri registrou a maior
tragédia da história da travessia pelas catraias. Uma embarcação naufragou
depois de ser atingida por um tronco matando três pessoas da comunidade do
bairro Sibéria. Havia cerca de 20 passageiros a bordo e nenhum usava colete
salva-vidas.
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