O ano mal começou e as velhas polêmicas da política paroquiana já tomam conta do eixo Prefeitura-Câmara. Os quatro vereadores do Partido dos Trabalhadores, Eliomar Soares, mais conhecido como Galêgo, Chiquinho Barbosa, José Cecílio e Eudes Severino acusam o eterno presidente do Poder Legislativo Municipal, Ronaldo Cosmo Ferraz, do PMDB, de boicotar o reinício dos trabalhos da Câmara.
De acordo com os vereadores, uma lei aprovada por unanimidade, em outubro do ano passado, reduziu o recesso da Câmara para apenas um mês. Segundo eles, os trabalhos da Casa deveriam ter recomeçado no dia 21 de janeiro, uma vez que pela nova regulamentação o período de recesso na passagem de ano deveria ocorrer entre 20 de dezembro e 20 de janeiro e não mais entre 15 de dezembro e 15 de fevereiro.
Os petistas reclamam de que desde a data em que as sessões deveriam ser reiniciadas tentam voltar ao trabalho, mas que são impedidos em razão da Mesa Diretora não comparecer. Eles afirmam ainda que nos dias em que as sessões deveriam ser realizadas os equipamentos necessários para a realização dos trabalhos, como os microfones, por exemplo, não estavam no plenário da Câmara.
Ronaldo Ferraz, o presidente, desmente a versão da bancada petista. Segundo ele, a lei que altera o período de recesso ainda não existe. Ferraz diz que o projeto ainda não foi sancionado e que por se tratar de uma matéria que trata de proposta de mudança à Lei Orgânica pode passar até 90 dias sendo analisada pela comissão de Constituição e Justiça. Para ele, as sessões na Câmara recomeçam apenas a partir de 15 de fevereiro.
Pelo visto, a Câmara de Xapuri insistirá em sua natureza desde sempre nebulosa e esquisitona. As afirmações dos vereadores do PT e do presidente da Casa não deixam claro para a população o que realmente está acontecendo. Há uma lei aprovada com relação à redução de período de recesso ou a lei ainda não está mesmo aprovada? Trata-se de mal entendido ou de má vontade de alguma das partes? Expliquem-se melhor.
Quanto ao Poder Executivo, as informações confirmadas pelo próprio presidente Ronaldo Ferraz são de que o prefeito Marcinho Miranda viajou em férias sem autorização dos vereadores e de que o vice-prefeito Ailton Menezes estaria exercendo o cargo sem ter sido empossado pela Câmara. “Eu acho que o Executivo está desrespeitando o Legislativo”, limitou-se a dizer Ferraz em entrevista na emissora de rádio local.
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