terça-feira, 30 de janeiro de 2007

Aterro sanitário virou lixão



Os vereadores João Ribeiro de Freitas, José Maria Miranda e José Cecílio, da bancada do PT na Câmara Municipal de Xapuri, realizaram uma visita na manhã da última segunda-feira, 29, às instalações do aterro sanitário do município, localizado na Estrada do Café, a cerca de 3 quilômetros da zona urbana.

Os vereadores resolveram realizar uma vistoria no local em virtude das inúmeras denúncias e reclamações recebidas da parte de pessoas que residem em áreas próximas ao aterro, que reclamam do mau cheiro e da grande quantidade de moscas que se espalha pela região. Lá, eles verificaram que os procedimentos de manuseio e acomodação do lixo não são tomados, da forma correta, há pelo menos cerca de 4 meses.

Toneladas de lixo estão expostos a céu aberto, exalando um odor altamente fétido e causando a aglomeração de urubus e insetos como moscas e ratos. De acordo com o funcionário Renato de Souza Júnior, responsável pelo aterro no momento da visita, o motivo do lixo doméstico e hospitalar não estar sendo devidamente enterrado nas células (cavidades), como é previsto no projeto, é o fato do único trator de esteiras da prefeitura, que é utilizado para esse serviço, estar quebrado há mais de 4 meses.

Outro problema observado pelos vereadores foi a circulação freqüente de gado bovino, de fazendas próximas, dentro da área do aterro sanitário se alimentando de detritos. Para o vereador José Cecílio, esse fato pode representar mais um risco para a população, pois esse gado depois de abatido e comercializado, certamente vai chegar à mesa do consumidor com grandes possibilidades de estar contaminado.

O vereador João Ribeiro de Freitas informou que vai solicitar em caráter de urgência, via indicação parlamentar, que a prefeitura adote medidas rápidas para resolver o problema. Segundo ele, durante o mandato do ex-prefeito Júlio Barbosa, houve uma intervenção no local, por parte do Ministério Público Estadual, em razão de alguns detalhes do projeto de implantação do aterro não estarem atendendo as normas exigidas pelo Ministério do Meio Ambiente. O vereador espera que através dessas novas denúncias a Promotoria de Justiça do município interceda mais uma vez, caso a prefeitura não atenda às solicitações.

Os vereadores informaram posteriormente, que o funcionário Renato de Souza Júnior foi advertido pelo Secretário de Meio Ambiente, Carlos Luiz, por haver permitido a visita dos parlamentares.

Um comentário:

Unknown disse...

Isso se deve à falta de profissionais qualificados e pertencentes ao quadro efetivo dos municípios. O projeto de um aterro sanitário não se resume apenas à sua implantação, mas principalmente no tocante a operação do mesmo. Não tem como implantar um aterro e largar a sua operação nas mãos de um tratorista ou colocar um vigilante como responsável. O conhecimento técnico é indispensável.