domingo, 26 de julho de 2020

Fim do calvário

O empresário Manoel de Jesus Leite Silva vai, enfim, poder descansar. Seu corpo desceu à sepultura nas primeiras horas da manhã deste domingo, 26, no cemitério Morada da Paz, em Rio Branco, depois de uma verdadeira maratona desde o seu falecimento, na última quarta-feira, 22, em São Paulo, até a chegada ao Acre na noite deste sábado, 25.

No meio tempo entre a saída da capital paulista e a chegada a Rio Branco ocorreram idas e vindas em torno do polêmico translado, proibido por norma da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) por ser a morte decorrente de covid-19, uma doença infectocontagiosa. 

Inicialmente alertada da ilegalidade da medida e da possibilidade de responsabilização criminal, em questão de horas a família do empresário conseguiu a autorização da Vigilância Sanitária para trazer o corpo até Xapuri, com base na documentação que comprovaria a ausência de risco de contaminação, e novamente foi impedida de fazer o sepultamento onde o empresário pediu, caso morresse.

Ao entrar no Acre, o corpo chegou a ficar retido por algumas horas no Posto Fiscal Tucandeira. A ordem da Saúde Acreana era para que o sepultamento ocorresse o mais próximo dali possível. Depois de negociações, a família conseguiu confirmar o sepultamento para a manhã deste domingo no cemitério Morada da Paz.

A cerimônia foi rápida e reuniu apenas os familiares mais próximos, conforme preconiza o protocolo do Ministério da Saúde para os enterros durante a pandemia. Por meio de seu representante legal, a família informou que não daria mais declarações à imprensa a respeito do assunto, deixando claro o enorme desgaste com a repercussão que foi gerada em torno do caso e que o único desejo era o de, enfim, sepultar o familiar.

Que o Manoel Leite descanse em paz. 

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