domingo, 31 de julho de 2011

Prefeitura no Bairro

A prefeitura de Xapuri realizou na última sexta-feira (29) mais uma edição do programa Prefeitura no Bairro, Uma Gestão Participativa. Desta vez, a comunidade atendida com ações de todas as secretarias foi o bairro Cageacre.  

A Saúde atuou realizando exames de glicemia, entrega de hipoclorito de sódio, vistoria da vigilância sanitária, palestras e informações sobre a hepatite A, que recentemente fez vários casos em Xapuri.

O prefeito Bira Vasconcelos disse que esse programa é muito importante para a administração porque afina a relação com o povo.

“Fizemos audiência pública no bairro em maio e agora viemos cumprir o que foi acordado”. 

Leia mais no blog Xapuri em Destaque.

Corpo no Rio Acre

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Um corpo identificado como sendo de Sebastião Ferreira de Assis, 40, foi encontrado nas águas do Rio Acre, na manhã deste sábado, na altura do seringal Boa vista. Completamente despido e com ferimentos na região do pescoço, além de um profundo corte na cabeça, a provável vítima de homicídio estava desaparecida desde a noite da última quinta-feira, depois de ter se envolvido em uma briga, segundo testemunhas.

Não é conclusivo, mas a polícia relaciona a morte a uma canoa encontrada descendo o rio na manhã da última sexta-feira (29). Como você pode ver em postagem logo abaixo, o interior do pequeno barco continha uma enorme quantidade de sangue, possivelmente humano, fato que fez com a polícia começasse a trabalhar com a possibilidade de homicídio que, ao que tudo indica, será confirmado pelo IML.

sábado, 30 de julho de 2011

Tião visita obras em Xapuri

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O governador Tião Viana fez uma caminhada, nessa sexta-feira (29), pela principal rua do bairro Laranjal, em Xapuri, uma das 28 que serão pavimentadas em tijolos pelo programa Ruas do Povo, que beneficiará 8 quilômetros de vias urbanas na cidade.

Antes da caminhada, porém, Tião experimentou o cafezinho de Dona Raimunda da Silva Gondim, 78 anos, tradicional moradora do bairro e viúva do ex-vereador João Gondim.

A boa notícia da visita do governador veio do Depasa, antigo Deas, o órgão responsável pelas obras de pavimentação e saneamento do governo. Xapuri está entre as cidades brasileiras que receberão investimentos do PAC Saneamento, que, de acordo com o governo federal, vai implantar a rede de saneamento básico em todas as cidades brasileiras com até 50 mil habitantes. 

Tião Viana participou também do encerramento da Reunião Ordinária do Conselho Gestor da Reserva Extrativista Chico Mendes, onde entregou cinco Planos de Desenvolvimento Comunitário (PDCs) para associações da Resex (leia mais aqui).

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Canoa perdida intriga polícia

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Uma canoa encontrada por um pescador descendo o rio Acre com uma grande quantidade de sangue em seu interior intrigou a polícia na manhã desta sexta-feira (29).

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A embarcação havia sido roubada de um porto localizado nas proximidades da praça de São Sebastião, centro de Xapuri, na noite anterior.

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Até o final do dia não havia qualquer pista do que possa ter acontecido. Na imagem acima, o policial civil Eurico Feitosa colhe informações sobre o caso.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Xapuri dos símbolos

Adailson Oliveira

Xapuri tem dois símbolos: Chico Mendes e São Sebastião. Por toda cidade existem imagens do santo padroeiro do município. São Sebastião é ícone de dor, luta e fé.

Historicamente, Xapuri sempre teve essa característica. Foi o local escolhido por Plácido de Castro para começar a tomada da região dos bolivianos. Foi também o centro de embates entre seringueiros e fazendeiros. Nas disputas pela terra muitos tombaram. O mais conhecido deles foi Chico Mendes.

Depois da morte do líder seringueiro, as lutas diminuíram, mas os problemas apontados por ele continuam. Apesar de toda publicidade em torno do nome, Xapuri não consegue emplacar como cidade turística, nem como polo industrial.

Os locais de visitação estão fechados. A sede da Fundação Chico Mendes precisa urgente de reforma. No prédio ficam em exposição a história de Chico Mendes e objetos pessoais.

A casa onde ele morou está trancada. A esposa do líder seringueiro, Ilzamar Mendes, disse que só vai abrir quando o Governo do Estado acenar em repassar recursos para a recuperação do patrimônio. Até lá, ninguém entra.

A Casa de Leitura, também ligada a Fundação Chico Mendes, está servindo de abrigo para animais. Existem fezes espalhadas por todo lado.

No mesmo local, o Governo construiu a casa do artesão, um museu, que recebe pouca visitação. Ao lado, uma lanchonete, a Casa Café, também está fechada.

E pensar que esses são os pontos turísticos da cidade.

Clique aqui para continuar lendo a reportagem da TV Gazeta.

terça-feira, 26 de julho de 2011

A estrada para o Pacífico

E o problema da cebola

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O Jornal das 10, do canal por assinatura Globo News, estreou ontem uma série de reportagens sobre a rodovia Interoceânica, que corta a Amazônia, passando pela Cordilheira dos Andes, chegando até a Costa do Pacífico. O Acre ocupa uma posição estratégica na nova rota comercial, mas ainda enfrenta dificuldades para se relacionar comercialmente com os países vizinhos.

Um exemplo mostrado pela reportagem é a cebola consumida no Acre, que vem de São Paulo percorrendo uma distância de 3.500 quilômetros. Segundo um comerciante brasileiro entrevistado pelo programa, o estado não exporta o produto produzido no Peru, que chegaria bem mais barato ao Acre, por falta da presença, na fronteira, de autoridades competentes para a liberação das cargas.

Outra detalhe interessante mostrado pela reportagem da Globo News é o fato de a alfândega na fronteira com o Peru, via estrada Interoceânica, estar localizada antes de Assis Brasil, como se a cidade estivesse fora do país. No programa que será levado ao ar nesta terça-feira, a equipe mostrará a travessia da fronteira com o Peru e a solução para o problema da cebola.

Clique aqui para assistir na íntegra à reportagem veiculada na segunda-feira.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Ruas do Povo

Iniciados serviços que vão pavimentar em tijolos 28 ruas de Xapuri

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Depois de 40 dias do lançamento do programa Ruas do Povo em Xapuri, as máquinas da empresa Oliveira Transportes, vencedora da licitação, iniciaram os serviços de terraplanagem para a pavimentação em tijolos de 28 ruas que cortam mais da metade da área urbana do município. No total, serão 8 quilômetros de vias urbanas beneficiadas em um prazo de 150 dias (cinco meses) numa obra que vai consumir 5 milhões de tijolos e gerar dezenas empregos absorvendo mão-de-obra da própria comunidade.

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Os trabalhos estão começando pela rua Francisco Vieira dos Santos, que corta o bairro do Laranjal, que se constitui em uma das comunidades mais carentes e desassistidas pelo poder público do município no decorrer dos anos. “Estamos realizando o que muitos políticos prometeram em comícios aqui nesse bairro, em muitas eleições passadas, mas que nunca cumpriram”, disse o prefeito Bira Vasconcelos ao falar sobre o início das obras em entrevista à Rádio Educadora 6 de Agosto.

Prefeitura e governo pretendem entregar as ruas pavimentadas até o natal, quando, segundo o prefeito de Xapuri, será anunciada a pavimentação de mais 5 quilômetros de ruas a ser executada em 2012. De acordo com levantamento feito pelo governo do Estado, Xapuri possui, no total, 18 quilômetros de ruas a serem pavimentados. Com 8 sendo concluídos este ano e mais 5 no ano que vem, restariam outros 5 para que Xapuri tivesse todas as suas ruas pavimentadas, como pretende o governador Tião Viana.

Clique na primeira imagem para visualizar as informações sobre a obra que vai custar R$ 2.770,070,92. 

I Encontro de Piscicultores do Acre

Ministro da Pesca e Aquicultura, Luiz Sérgio Oliveira, vem a Rio Branco nesta terça-feira (26/07) participar da abertura do evento que pretende estimular e incentivar a prática da piscicultura no estado.

Luís Sérgio

O ministro da Pesca e Aquicultura, Luiz Sérgio Oliveira, participa nesta terça-feira (26/07) da cerimônia de abertura do I Encontro de Piscicultores do Acre, que será realizado no Auditório Sara Assef, na Faculdade da Amazônia Ocidental – FAAO.

O encontro é realizado pelas Secretarias Estaduais de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof) e de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio, Ciência, Tecnologia e Serviços (Sedict).

O evento pretende estimular e incentivar a prática da piscicultura e reforçar a atividade da agricultura familiar. O Programa de Desenvolvimento da Piscicultura proporciona através da cultura do pescado garantia de renda, compromisso com o meio ambiente e mais qualidade de vida ao homem do campo.

O encontro contará com a presença do governador Tião Viana, dos secretários estaduais Lourival Marques (Seaprof), Edvaldo Magalhães (SEDCTI), Mauro Ribeiro (Agropecuária) e do presidente do Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac), Fernando Lima.

Durante o evento serão abordadas as perspectiva da piscicultura no estado, o projeto do Complexo Industrial da Piscicultura, a cadeia produtiva do pirarucu, pintado e tambaqui e a industrialização e aproveitamento do pescado.

Com informações da Assessoria do Ministério da Pesca e Aquicultura.

domingo, 24 de julho de 2011

Crônica de Domingo

Democracia em podres pedaços

José Cláudio Mota Porfiro

De manhã, ao primeiro sol, vislumbro possibilidades de um dia de graças, a partir de um alvorecer fantástico. Frio. Bastante frio. Pássaros e luz. Muita luz. O bem-te-vi da realidade pulsante canta o meu tempo claro e ainda juvenil, àquelas horas, já na quinta década. Esperar sempre, de tudo e de todos, de mim e do outro. Eis uma das grandes dádivas que me cabem. Colaborar e ajudar e apoiar e estender a mão e abraçar, todas as vezes. Eis a melhor das estratégias dos que foram feitos à imagem e semelhança do espírito absoluto.

Anos que deslizam na carreira e, paulatinamente, vou sendo obrigado a observar certas doutrinas, na prática, no concreto real da história dos menores, apenas enquanto meras figuras de retórica, ocas de sentido, vazias de fidelidade em seus dogmas tão sisudos. Instrumentos de manuseio rápido, nunca em benefício da maioria, mas em proveito de interesses particulares que, obrigatoriamente, passam ao largo dos preceitos básicos da democracia real.

Cá de baixo, do chão desta minha história tenra, vejo que o exercício democrático é sempre benéfico a quem tem mais bala na agulha. O conhecimento é, sim, uma espécie de senha cujo porte permite infiltrar-se em meio às mais abomináveis defesas  -  em patranhas e arranjos cartoriais  -  que jogam por terra a dignidade e melam a igualdade de uns para com os outros. Eu não posso dizer que sou melhor que este irmão último que pranteia a hora derramada, simplesmente, pelo fato de alguns me terem tornado, talvez, um dito sábio. Não eu não sou muita coisa.

E todos correm estabanadamente para ver a democracia que passa ao largo, toda brejeira, faceira, feito messalina desgarrada bem sucedida. Ficamos, então, rejubilados, enfeitiçados. Enfeitamo-nos.

Perfumamo-nos. Nós e a prostituta. Mas bastou-nos o contato visual e já nos sentimos traídos, impiedosamente. Lá dentro, nos porões da liberdade invertebrada, algozes e vítimas dão gritos horrendos de espasmos e de dor, de sede de sangue. Alguns batem até demais. Muitos apanham que nem gente grande. É de dar dó. O nosso AI5 caboclo, há tempos, já havia sido esculpido e assistido pelos mesmos barões assinalados do Conselho Magno desta casa de excelência que nós, de próprio punho, ajudamos a erguer, deste há trinta anos... E este cronista, em ascese, viu tudo a partir de um ponto de observação imaginado tão somente pelos deuses mais velhacos que a minha mentalidade já engendrou.

Na Universidade Federal do Acre, há programas voltados para a formação de professores das zonas rurais e urbanas, segundo convênio bastante salutar celebrado e sob os auspí-cios do Governo do Estado. Centenas deles já têm seus diplomas de nível superior e tiveram os salários aumentados em até quatrocentos por cento. Há professores, na Ufac, que trabalham com afinco, sim! E merecem os parabéns! Eles buscam tenazmente e alcançam objetivos que vêm para o benefício das comunidades. Mas há uma grande maioria que não sabe o que vem a ser qualidade das ações acadêmicas e pensa tão somente nos altos dividendos financeiros a serem auferidos.

Enquanto isso, nos escaninhos da burocracia, moureja um pretenso projeto  -  que agora por último mal saiu do papel e consegue dar passos trôpegos  -  cuja finalidade é a melhoria da formação dos nossos técnicos administrativos, estes, sempre taxados de pouco afeitos ao esforço, ou até mesmo de preguiçosos. O autor destes escritos, inclusive, foi sondado por dinâmica autoridade (que já não é mais) para fazer parte de uma comissão que se encarregaria de via-bilizar um programa cuja finalidade seria elevar o nível intelectual dos esquecidos. Alguns anos se passaram, nenhuma palavra mais foi dita e tudo continua na estaca zero vírgula cinco.

Vida privada à parte, sem fazer de nenhum ego a sua própria vítima, há fatos a ponderar, como é o caso do cronista de Xapuri, que fez Mestrado e Doutorado, na Unicamp, percorrendo os mesmos caminhos e sendas epistemológicas que os nossos caríssimos professores. Concluiu tudo com honrarias e em tempo hábil. Elogiaram-no lá e cá... Hoje, doze anos passados, os mandatários não o chamam para fazer nada e ele não ousa se oferecer ou pedir um naco de carne podre sequer. Reservaram-lhe, sim, o ostracismo como castigo por conservar um vínculo muito forte com a imprensa e por ter sido ousado demais. Mas o trabalho científico dele não foi abortado. Ganhou o Prêmio Garibaldi Brasil. Publicou um livro de crônicas à custa de amizades e tem outro prontíssimo para a edição, fora uns tantos projetos a executar. Dispõe de, no mínimo, quatro trabalhos à espera de instituições que os queiram levar a público, posto que escrever livros por diletantismo não deveria ser parte do desiderato de nenhum ser que consiga fazer arte autêntica por intermédio de jogos de palavras. Através da editora da Ufac, publicaram teses e dissertações cinco ou seis anos mais novas que as suas. Atestaram-lhe não ter preparo suficiente para assumir cargos comissionados, mesmo sabendo que, em março de 2008, o Doutor aclamado pela Unicamp amargou um salário de R$ 1.931,00, o que é do conhecimento de alguns próceres da Academia que até reconhecem o descalabro.

Era agosto de 2008. O Governo Federal fez pingar nas contas dos técnicos das universidades federais, depois de catorze anos de espera, um aumento de vinte por cento que, na maioria dos casos, significou cem ou duzentos reais. A este livre pensador linguarudo coube mais setenta e cinco por cento, uma vez que, segundo dispositivo legal recente, o administrativo que portar diploma de pós-graduação em nível de especialização terá vinte e sete por cento de aumento; terá cinqüenta por cento, quem tiver mestrado; e setenta e cinco por cento, os doutores, como eu... Ufa! Finalmente...

Muitos correrão atrás dos títulos acima descritos, é claro. Resta saber até que ponto os professores estarão dispostos a tomar providências que resultem em cursos de pós-graduação para os técnicos administrativos. Uns poucos dirão tratar-se de proposta justa. Mas a maioria fará corpo mole por detestarem o fato de a reles ignorância um dia poder chegar a patamares de tanto destaque... Então, como poderemos melhorar o nível de formação dos nossos técnicos, se a maxima sapientia assim não o deseja? Já pensou, se os esquecidos se unirem... Se um bom número deles buscar conhecimentos e diplomas? Será o fim da glória de uns tantos... Eles se descobrirão um tanto incompletos na sua magnífica completude...

Uma magnólia vencida, então, fez críticas aos nossos rapazes do sindicato por fazerem uso de termos que fogem aos padrões da língua portuguesa culta. Ora, pelo que observo, a própria Ufac os quer assim. E os professores que glosam o discurso pobre dos técnicos são os mesmos que deixaram seus cursos de graduação caírem nos desvãos da baixa qualidade, segundo os parâmetros do Ministério da Educação... Se eles são tão bons, porque seus cursos são tão ruins? Sabem eles, certamente, onde não está a qualidade, porque a falta de qualidade dorme zonza sob os seus jalecos sujos de tanta discriminação e mediocridade.

E tinha razão o Zé Alberto Lote! Na reunião do conselho, onde discutiam acaloradamente a paridade dos votos para reitor, no seu estilo pescoço-e-canela, o moço fez calar aos sicários ao dizer que “aluno é pra estudar; professor é pra dar aulas; e administrativo é pra administrar!”

Os pseudo democratas se coçaram e ficaram muito a contra gosto. Seus tímpanos de veludo não acreditavam no que ouviam. Logo aquele rapaz  -  segundo eles, sem formação alguma  -  fazer-lhes engolir em seco palavras tão ásperas quanto verdadeiras!

Corifeus do atraso. Ladinos da picardia e do escárnio. Tungadores ludibriantes.  Proxenetas e caraxués... Dizeis deles tanta coisa boa ou má que até eles mesmos já acreditam que são.

O xapuriense José Cláudio Mota Porfiro escreve no blog Impressões Gerais.

Fronteira, Minas Gerais

Cidade tinha nove vereadores - os nove estão na cadeia

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Vereadores da cidade mineira de Fronteira foram presos. Detalhe: todos eles. Os nove parlamentares estavam afastados desde fevereiro por conta de acusações de peculato e formação de quadrilha, mas o Ministério Público Estadual encontrou novas irregularidades e a Justiça mandou-os preventivamente para a cadeia.

Há indícios de que eles tenham contratado – com dinheiro público e sem licitação – um serviço de auditoria para ajudá-los em sua defesa. Além da prisão, o MPE pede a cassação dos mandatos, dos direitos políticos e o ressarcimento das verbas. Depois do rombo (cerca de R$ 500 mil), em Fronteira só restam suplentes.

Leia mais aqui.

Fez bonito

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A Miss Acre, Daniele Knidel, fez bonito no concurso Miss Brasil 2011. Terceira colocada, vai disputar, em setembro, o Miss Continente Americano 2011”, no Equador.

sábado, 23 de julho de 2011

O Acre no Miss Brasil 2011

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São Paulo recebe neste sábado (23) a 57ª edição do concurso Miss Brasil. O evento começa às 22h15 e será transmitido pela TV Bandeirantes - a apresentadora é Adriane Galisteu. A vencedora irá representar o país no 60º Miss Universo que, pela primeira vez, vai acontecer no Brasil - está agendado para dia 12 de setembro.

Daniele Knidel – pronuncia-se Knaidel – é a representante acreana no concurso. No ano de 2006 o Acre teve o melhor resultado na história das participações no Miss Brasil com o segundo lugar conquistado pela modelo Maria Cláudia Barreto de Oliveira, que com o resultado se tronou a Miss Brasil Internacional 2006.  Antes desse feito, o Acre havia obtido o 5° lugar no Miss Brasil 1998, com Alessandra Costa Couto.

Xapuri vista de cima

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Pesquei a foto acima no site Quinari Verde, que divulga informações sobre o Partido Verde do município de Senador Guiomard. Clique na imagem e veja que nossa cidade quase não possui mais matas no seu entorno.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Atenção Básica

Acre terá R$ 4 milhões para novas Unidades Básicas de Saúde. Recursos do PAC 2 serão transferidos para a construção de 17 unidades no estado. Investimento total no país será de R$ 336,8 milhões em 2011.

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Por Gabriel Fialho, da Agência Saúde.

O Ministério da Saúde vai destinar, até o fim de 2011, R$ 4 milhões para o estado do Acre construir 17 Unidades Básicas de Saúde (UBS). A medida intensifica as ações para consolidar o novo modelo de atenção básica em saúde no Brasil. As unidades serão construídas seguindo novos parâmetros arquitetônicos (quantidade de salas e espaço físico) e de atendimento (acolhimento e classificação de risco). O ministério já liberou a primeira parcela para a construção de 1.219 UBS, em todos os estados, incluídas no Programa Brasil sem Miséria.

“O novo modelo para a atenção básica, que inclui a reforma e construção de unidades básicas de saúde, é uma prioridade do Governo Federal na estratégia de reduzir as desigualdades no país. Inclusive, no novo modelo de financiamento, os repasses para os municípios prioritários, seguindo critérios de desenvolvimento socioeconômico, são maiores”, ressalta o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. 

Os recursos de R$ 336,8 milhões para os estados e municípios construírem todas essas novas unidades são provenientes do Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC 2).

A classificação das UBS determina o investimento para a construção das unidades e leva em conta o número de Equipes de Saúde da Família (ESF) vinculadas a elas. Unidades básicas de saúde com uma ESF recebem o incentivo de R$ 200 mil. Com duas ESF, o valor é de R$ 266,6 mil; e com três ESF, de R$ 400 mil. Acima desse número de ESF, os valores repassados variam de acordo com a análise de cada processo.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Mudança de Planos

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O consórcio que administra a fábrica Pisos Xapuri, formado pelas empresas Albuquerque Engenharia, Madeireira Ouro Branco e Laminados Triunfo modificou os planos divulgados à imprensa e não rescindiu os contratos dos funcionários colocados em aviso prévio no mês passado, o que estava previsto para ocorrer na última terça-feira, 20 de julho.

Segundo uma fonte do blog, a pedido da direção da fábrica os funcionários retornarão ao trabalho por mais dois ou três meses, até que a reordenação societária da indústria seja concluída, quando terão, segundo a nova promessa, seus contratos rescindidos e imediatamente recontratados pela empresa que ficar responsável pelo controle da fábrica.

A notícia de que as rescisões não seriam pagas na data programada pelo consórcio desagradou parte dos funcionários, tendo alguns, inclusive, ameaçado procurar a justiça para resolver o impasse. Existe a previsão de que os diretores das empresas que gerenciam o empreendimento se reúnam com os funcionários nesta sexta-feira (22).

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Ponte sobre o Rio Acre

Deputado Manoel Moraes se reúne com o governador Tião Viana e põe em pauta uma das grandes reivindicações da população de Xapuri

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O deputado estadual Manoel Moraes (PSB), segundo informa a Agência de Notícias do Acre, se reuniu com o governador Tião Viana, na tarde dessa terça-feira, 19, e entre os assuntos discutidos esteve um tema de grande importância para a população xapuriense: a construção da ponte sobre o rio Acre ligando o centro da cidade ao bairro da Sibéria, antiga reivindicação da comunidade local.

O deputado afirmou que pretende conversar nos próximos dias com os parlamentares da bancada federal acreana com o objetivo de que eles incluam no Orçamento Geral da União recursos para a construção da ponte que representa um dos grandes sonhos da população de Xapuri. “Esse é um antigo sonho de Xapuri, pois grande parte da população mora naquela região”, disse.

Manoel Moraes pretende sensibilizar os parlamentares federais acreanos falando a eles da importância da ponte para a cidade. Para isso, o deputado conta com o apoio do governador Tião Viana que, inclusive, antes de chegar ao Palácio Rio Branco, já discutiu o assunto diretamente com representantes do bairro Sibéria, que têm a construção da ponte sobre o rio Acre como bandeira de luta.

O movimento em prol da ponte de Xapuri, encabeçado pelo líder comunitário João Jorge Cosmo da Silva e aprovado por quase a totalidade da população, já chegou a ser motivo de divergências entre algumas lideranças petistas no município e o presidente da associação de moradores do bairro Sibéria, que costuma ser acusado de se aproveitar do tema para se promover politicamente.

João Jorge, que já liderou manifestação popular em defesa da construção da ponte durante uma visita do ex-governador Binho Marques à cidade, garante que ao participar de um encontro na zona rural de Xapuri, no ano de 2007, o então senador Tião Viana teria se comprometido em colocar o assunto na pauta de discussões com o governo estadual. 

Tião Viana nunca se pronunciou publicamente sobre essa afirmação, mas voltou a conversar com representantes da comunidade do bairro Sibéria se comprometendo a ajudar o projeto no que fosse possível. Quem sabe seja esse o momento de o “sonhático” projeto da ponte de Xapuri sair do campo dos desejos da população de Xapuri para entrar, pelo menos, para entrar no âmbito das discussões concretas acerca de sua viabilidade.

Leonildo Rosas assumirá Secom

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O jornalista Leonildo Rosas, 46 anos, acreano de Cruzeiro do Sul, será o novo secretário de comunicação social do governo do Acre a partir do mês de agosto. Ele ocupará o lugar de Mariama Morena, que deixa a pasta depois de 6 meses de governo alegando questões pessoais. Funcionário público de carreira do Instituto Nacional da Seguridade Social, onde ingressou há 27 anos, Rosas é um dos fundadores do jornal Página 20 e um de seus editores, sendo titular da principal coluna do jornal, a Poronga.

A propósito, lembrei-me de um episódio ocorrido no ano de 2008 que fez com que Leonildo Rosas deixasse de editar por um período breve a coluna Poronga. Naquela oportunidade, a direção do jornal recheou a coluna, sem o conhecimento de Leonildo, com uma nota de solidariedade do então senador Tião Viana aos desembargadores Arquilau de Castro Melo e Adair Longuini, que foram duramente criticados por um jornalista do qual não me recordo o nome neste momento.

Aborrecido com o episódio, Rosas anunciou um “arranca-rabo” com Élson Dantas, o dono do jornal, e teve uma conversa por telefone com o então vice-presidente do Senado Federal no qual ficaram acertados os ponteiros e mantido, segundo ele, o respeito mútuo. Respeito esse que, sem dúvidas, foi fundamental na escolha do agora governador Tião Viana pelo nome de Rosas, um dos mais sóbrios comentaristas políticos do estado e que tem sido também, na área do jornalismo, um entusiasta do projeto da FPA.

Os dois ingredientes, sobriedade e entusiasmo, serão fundamentais para que Leonildo Rosas consiga reorganizar o setor de comunicação do Estado, atingido desde o final do governo passado por uma crise que se instalou com a dispensa da maior parte dos profissionais da área, provocada pela extinção dos chamados Grupos de Trabalho por determinação do Ministério Público do Trabalho, que exigia há vários anos a regularização por parte do governo.

Que Leonildo seja bem-vindo e que tenha sucesso na empreitada.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Boi Verde

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Nos dias 24 e 25 de julho acontece na cidade de Rio Branco (AC) a 4ª etapa do Circuito Boi Verde de Julgamento de Carcaças 2011, iniciativa da Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB). Para o primeiro dia está marcado o julgamento in vivo, no seguinte o abate será realizado no Frigorífico Frigomaq.

No ano passado participaram 162 animais de seis pecuaristas. 64,2% dos bois apresentaram até quatro dentes e 67,3% pesaram entre 16 e 20 arrobas. Metade do rebanho analisado apresentou acabamento mediano e uniforme. A expectativa inicial é a de superar o número de animais. A vencedora em 2010 foi a Fazenda GF, de Pedro Wilson Rodrigues da Silva.

A 4ª etapa do Circuito Boi Verde conta com o apoio e participação da Associação do Nelore Acreano (Anacre) e do Frigorífico Frigomaq. Mais informações sobre a participação no Circuito Boi Verde podem ser obtidas através do telefone (11) 3293 8900 ou site www.nelore.org.br.

Circuito Boi Verde de Julgamento de Carcaças

O Circuito Boi Verde é a única competição do gênero no país que visa orientar os pecuaristas quanto aos parâmetros de maior liquidez comercial vigente no país. Durante a disputa, o pecuarista entra em contato direto com as práticas de produção e industrialização de carne de qualidade. O campeonato permite também o mapeamento do desempenho frigorífico dos animais da raça Nelore no Brasil e países vizinhos, além de proporcionar a troca de experiências e a valorização dos pecuaristas. As informações são de assessoria de imprensa.

Fonte: Assessoria ACNB.

IFAC/Campus Xapuri lança projeto Pré-Enem

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Do site do IFAC/Xapuri

O IFAC/Campus Xapuri está com as inscrições abertas até sexta-feira, dia 22 de julho, para o projeto Pré-Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Estão sendo oferecidas gratuitamente 120 vagas, distribuídas em três turmas de 40 alunos cada, sendo uma turma em cada turno.

O processo seletivo ocorrerá por sorteio público a ser realizado na segunda-feira, dia 25, às 14 horas no pátio central do Campus. Do total de vagas oferecidas, 40 são destinadas para alunos do 3º ano do ensino médio da Escola Divina Providência. “Em conversa com o diretor da escola, ficou acordado que a própria direção fará a seleção dos alunos que participarão do projeto no retorno às aulas do segundo semestre”, afirmou o professor de Matemática, Erasmo Menezes de Souza.

As aulas começam no dia 09 de agosto e se estendem até o dia 20 de outubro. Neste período serão enfocadas as disciplinas de Biologia, Matemática, Física, Química, História e Língua Portuguesa com ênfase em Interpretação e Redação.

“O Projeto Pré-ENEM realizado pelo IFAC/Campus Xapuri é também um instrumento para promover a prospecção de nossa instituição de ensino, além de fortalecê-la perante a comunidade xapuriense e ampliar a preparação dos alunos que realizarão o exame proposto pelo Ministério da Educação e que o IFAC aderiu (através do Sistema de Seleção Unificada - Sisu) como ingresso em nossos cursos superiores”, explicou o professor de Biologia, João Renato Martins.

Prof. Erasmo e Prof. Renato integram com as professoras de Química, Iusseny Vieira e Jordana Souza de Paula o grupo que está coordenando o projeto Pré-Enem do Campus Xapuri.

Eles argumentam que ao compreender os objetivos do Enem e compará-los a formação que o público-alvo tem ou teve, em Xapuri, observa-se um déficit curricular, quantitativo e qualitativo enorme. “Para muitos alunos, ex-alunos e não-concluintes do Ensino médio, disciplinas como Matemática, Física, Química e Biologia são ciências inatingíveis, inexplicáveis e sem aplicabilidade no cotidiano. Queremos mudar esses conceitos”, argumentam.

Serviço:

O que: Inscrições para o Pré-Enem

Onde: IFAC/Campus Avançado Xapuri (Rua Coronel Brandão, 1622 - Bairro: Centro) com os técnicos administrativos Esmaily ou Mizael

Quando: Inscrições até o dia 22 de julho de 2011.

Sorteio de vagas no pátio Campus dia 25/07, às 14 horas.

Período do curso: 09/08 a 20/10/2011.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Prefeitura firma parceria com Amax

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A equipe da Amax – Associação dos Militares e amigos de Xapuri – estreou no Campeonato Acreano da 2ª divisão com um empate em 0x0 contra o Vasco da Gama da capital em partida realizada no estádio municipal Álvaro Felício Abrahão.

Apesar de o empate em casa não ter sido o resultado esperado pela equipe xapuriense, que jogou a maior parte da partida com um jogador a mais, mas não converteu em gols as poucas oportunidades criadas, a noite não foi toda ruim.

No intervalo do jogo, o prefeito Bira Vasconcelos assinou um termo de parceria entre a prefeitura e a Amax, que receberá um apoio financeiro de mais de R$ 15 mil para a disputa da competição. Leia mais no blog Xapuri em Destaque.

Cavalos na Casa de Leitura

Recebo telefonema nervoso do sempre bem informado “João do Jornal” dando conta de que a Casa de Leitura Chico Mendes fora invadida no último sábado por dois cavalos que, como lembrança da visita inesperada, deixaram a área externa repleta de esterco fresco e mal cheiroso. A informação coincidiu com a leitura do Desabafo do jornalista Silvio Martinello, que esteve em Xapuri na quarta-feira da semana passada. 

A Casa de Leitura, assim como a casinha onde Chico viveu e morreu e a fundação que também leva seu nome, estão efetivamente fechadas desde que a relação entre a família do seringueiro e o governo do Estado, mantida à base de convênios para a manutenção e funcionamento dos espaços de memória, azedou por razões como falta de prestação de contas e denúncias de improbidade na gestão dos recursos.

Antes de chegar ao ponto de ser frequentada por equinos, a Casa de Leitura atendia a crianças e adolescentes do município não somente como espaço de leitura e videoteca, mas também com um projeto de inclusão digital que envolvia principalmente pessoas de baixa renda residentes nas zonas urbana e rural. Iniciativas importantes para a terra de Chico Mendes que infelizmente estão indo por águas abaixo.

sábado, 16 de julho de 2011

Exemplar

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Classifico de exemplar e corajosa a atitude de um ex-usuário em drogas de falar publicamente sobre o próprio drama. Osvaldo Gomes dos Santos Júnior, o sujeito que aparece na foto junto com a família, é uma pessoa que já foi muito conhecida em Xapuri pela sua história de ligação com o consumo de substâncias entorpecentes. Hoje, é mais conhecido pela atividade que desenvolve como vendedor ambulante de água, refrigerante e gelo. Frequentador da 1ª Igreja Batista de Xapuri, ele fala sobre sua mudança de vida no blog Xapuri Amax. Vale a pena ler o testemunho dele.

Crônica xapuriense

Aprendizes da vida áspera

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José Cláudio Mota Porfiro

Descendo de Xapuri, pelo Rio Acre, passo na Boa Vista. Vou ao Novo Catete e, daí, ao Malheiro. Chego, enfim, à Albrácia, para ficar por uns vinte dias. Durante este período, através dos varadouros internos, visito Palmari, o velho seringal de propriedade dos Veloso, uma família de cearenses que por aqui chegou aí por 1916.

Já por três ou quatro anos, no mês de julho, tenho feito sempre a mesma viagem; de batelão até a Albrácia e, depois, na carreira, com medo da onça, por mais de uma hora de relógio grande, até o aceiro do campo do meu velho e bom tio Perneta  - Raimundo Nonato, de batismo  -  natural de Senador Pompeu, Ceará.

Este é o ano da graça de Nosso Senhor Jesus Cristo de 1969. Conto já com doze invernos rigorosos de idade. Verão brabo. Poeira quente. Descalço. Na costa, a mucuta com uma muda de roupa e uma sandália de sola. Mata sombria. Está já pardejando. Tenho medos. Sou bem magro e, por isto, corro a fôlego pleno, por entre seringueiras, imbaúbas, samaúmas, jitós, manitês, carrapateiras, dentre outras árvores da mata densa. Um cancão levanta voo a partir de uma moita de capim santo. É uma ave do tamanho de um pato grande. O barulho das asas robustas provocam em mim um susto enorme. Um salto e um arrepio me percorrem a espinha dorsal gélida.

Enfim, estou chegando à colocação Socotó e já são mais de cinco e meia da tarde. Diviso umas goiabeiras, em primeiro plano e, lá adiante, uns algodoeiros aos pés dos quais está a minha avó Maria das Dores Mota apanhando alguns chumaços de algodão com os quais tece o futuro dos netos e pavios para as porongas e lamparinas de casa. Há quatro meses não a vejo e lágrimas me vêm aos olhos ao abraçá-la... Estava com muita saudade da velha matrona, mãe da minha mãe.

Alfabetizado aos cinco de idade, quando entrei no Grupo Escolar Plácido de Castro, aos sete, já sabia ler de carreirinha e ajudava a bondosa Enedina Sant’Ana de Menezes a tomar a lição do Sebastião Rodrigues Mota, do Célio do Carmo, da Gracinha Maciel, dentre outros um tanto sapecas. Hoje, de férias, venho ao seringal para ler folhetos de literatura de cordel, especialmente, para o meu tio cearense que gosta da forma e do sotaque nordestinos que imprimo à leitura. Maria José, minha prima de onze anos, quer porque quer aprender a ler para ler os cordéis e aprender ao pé da letra as músicas do “Teixeirinha te prepara para outro desafio, sou a Méri Terezinha que da fronteira surgiu, sou a rainha da trova, te cuida gaúcho frio...”

Chego na Morada Nova  -  novo nome do Socotó  -  e, assim que posso, depois dos abraços, vou direto ao igarapé tirar a inhaca na água muito fria do verão amazônico. Subo logo e, já enxuto, está na hora da bóia. Há bifes frescos tirados direto de um caititu recém abatido na boca da Central, a estrada de seringa que fica entre outras duas, a Variante e a Invernada. O porco do mato é frito em banha de porco de casa com algum molho ralo. A mistura é baião-de-dois de feijão de corda, e farinha seca. Dos deuses! Depois da janta, titia Nalgídia lava os pratos e, em seguida, todos já estão sentados no assoalho debulhando feijão, talvez a principal fonte de energia dos seringueiros. Eu não meto a mão na massa porque já começo a ler O encontro de Lampião com Dioguinho no inferno, um “romanço” escrito por Manuel Antônio de Almeida, o maior dentre todos os poetas do cordel nordestino. Leio duas vezes e as gargalhadas ecoam no campo e na floresta àquela hora banhados por uma lua cheia de fazer sonhar. Vou para a rede. Ao longe, uma coruja canta lancinante e melancolicamente. É tarde. São oito da noite. Amanhã re-estrearei nos exercícios de vida áspera. Viro-me e me reviro. O cansaço pega e o sono se abala sobre a imatura alma.

Já são quatro da manhã. Da rede, vejo partir o Tio Perneta para mais um dia na faina braba do seringal. Poronga na cabeça. Espingarda calibre vinte cruzada às costas, à moda do cangaço. Cartuchos no bolso da calça. Quatro baldes numa mão e a faca de seringa na outra... E ainda vai assobiando uma moda qualquer de Januário, pai de Luiz Gonzaga... É feliz! E eu penso cá com os meus botões: lá vai mais um herói nordestino que veio para a batalha da borracha, na Amazônia, em 1943, no auge da Segunda Guerra Mundial para garantir a vitória dos americanos hoje esquecidos e mal agradecidos com relação ao papel tão bem desempenhado pelos nossos sertanejos desterrados nestes confins de meu Deus.

Agora, já são cinco e eu já estou de pé pronto para aprender mais um bocado da vida dura do antigo Socotó. Há quatro vacas, dois bois capados, um touro pé-duro, dois garrotes e três bezerros, uma égua, um potro e um cavalo. Há porcos, patos, galinhas, carneiros. Há um pequeno engenho onde fabricamos mel, rapadura, alfinim, açúcar gramixó e afins. Há uma casa de farinha. O aprendizado é, agora, nas tetas da Malhada de onde consigo tirar ainda três litros de leite, praticamente, só para o meu consumo, uma vez que os demais são chegados a leite de castanha.

O quebra-jejum é macaxeira com ovos de galinha, um pouco de feijão e um caneco de jacuba ou de coalhada. Estou fornido. É já hora de ir para o roçado ajudar a tia que está às voltas com uma apanha de feijão de arranca e a limpeza eterna de uma roça imensa, na base da enxada.

E eu vou aprendendo mais e mais, e aí fico até as onze aguentando o sol ardente no lombo. Estes poucos dias são deveras felizes. Estou compartilhando as agruras destes bravos que só vão a Xapuri em janeiro, se a borracha der dinheiro... E se São Sebastião ajudar... E há de ajudar!

Oh, Deus meu, quantas saudades daquele tempo e daquele lugar!

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Amax é Xapuri no futebol acreano

Representante xapuriense no Campeonato Estadual da 2ª divisão estreia neste sábado diante de sua torcida

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Joseni Oliveira

O time da AMAX (Associação de Militares e Amigos de Xapuri) estreia neste sábado, 16, no Campeonato Acreano de Futebol 2ª divisão. A partida que abre o estadual será contra o tradicional Vasco da Gama, de Rio Branco, no estádio municipal Álvaro Felício Abrahão, a partir das 6 horas da tarde, com transmissão da Rádio Difusora Acreana, a Voz das Selvas.

A equipe xapuriense vem treinando há cerca de um mês com o intuito de fazer uma boa estreia diante de sua torcida, assim como um bom campeonato visando o título da competição.

“Fisicamente o time está bem, o trabalho de preparação física vem sendo realizado há um bom tempo, até antes mesmo da minha chegada à equipe. Muitos dos jogadores nunca haviam tido uma preparação para jogar uma competição profissional, portanto, alguns sentiram bastante os treinamentos puxados, mas agora já se adaptaram”, relatou o experiente técnico da AMAX, José Ribamar, que já treinou grandes clubes do futebol acreano.

O capitão da equipe, Willian Onilho, que prefere ser chamado de Amaral, é um dos integrantes da equipe que veio de fora do estado. Amaral veio de São Paulo especialmente para jogar o estadual de futebol. Ele prega respeito ao adversário, mas afirma que a equipe de Xapuri está bem preparada e que a vitória seria um presente à torcida.

“A expectativa pra esse jogo tem sido muito grande, pois sabemos que o time do Vasco se reforçou bastante com jogadores do Atlético. Não vamos encontrar moleza, mas temos de jogar bem para dar esse presente à nossa torcida. Esse primeiro jogo vai ser fundamental para entrarmos bem no campeonato em busca dos três pontos”, finalizou.

Essa é a primeira vez que um time de Xapuri participa de um campeonato de futebol profissional. No plantel estão 25 jogadores, uma mescla entre pratas da casa e jogadores vindos de outras cidades do Acre e até mesmo de outros estados.

O Estádio Álvaro Felício Abrahão, que havia sido interditado pelo Ministério Público Estadual para eventos oficiais, foi liberado depois de um laudo feito pelo Corpo de Bombeiros e engenheiros da Federação Acreana de Futebol.

“Sem o nosso estádio seria impossível participar do estadual. Agora, depois da liberação, vamos com total força para a competição, pois faremos três partidas em casa e o apoio da nossa torcida será fundamental para obtermos as vitórias necessárias para avançar de fase”, enfatizou o diretor de esportes da AMAX, Celso Paraná.

A expectativa é de que a apaixonada torcida xapuriense lote as dependências do estádio municipal para apoiar o time que representa a cidade pela primeira vez na história em uma competição profissional.

Joseni Oliveira é repórter e cronista esportivo.

Crise na fábrica Pisos Xapuri

O jornal Ac24horas (leia aqui) dá como certo o fechamento da fábrica Pisos Xapuri, localizada na BR-317 a cerca de 15 quilômetros de Xapuri. De acordo com o jornal online, o investimento, que custou mais de R$ 32 milhões, fecha as portas, demite 80 funcionários e se torna o primeiro grande fracasso da era industrial acreana.

O governo, através do secretário de Indústria e Comércio, Edvaldo Magalhães, negou que a fábrica esteja fechando, mas apenas passando por uma mudança na composição societária formada pelas empresas Albuquerque Engenharia, Madeireira Ouro Branco e Laminados Triunfo. Com a redefinição, segundo Magalhães, o controle da indústria ficaria nas mãos apenas da última, a Laminados Triunfo.

Sobre as demissões, assunto sobre o qual se formou rumor em Xapuri no começo do mês de julho, conforme foi noticiado aqui no blog, o secretário afirmou que a medida se constitui apenas numa questão burocrática e que os funcionários que estão de aviso prévio serão recontratados após a redefinição administrativa da fábrica.

Através de contato mantido agora há pouco com um dos funcionários de aviso prévio, fui informado de que a maior parte deles foi dispensada nesta tarde devendo, segundo orientação da gerência, retornar no próximo dia 20 de julho para assinar a rescisão contratual. A informação dada a esses funcionários é de que serão recontratados a partir do dia 15 de agosto pela empresa que permanecer no controle da fábrica.

Outra parte dos funcionários permanecerá trabalhando até o dia 20 de julho recebendo por diária. O serviço, segundo a mesma fonte, se resume a tarefas como organização dos espaços e limpeza de máquinas, o que significa que não está havendo, no momento, nenhum funcionamento relacionado com o processamento de madeira.  

Quando divulguei aqui no blog, no dia 5 de julho, a informação de que poderia haver demissão em massa de funcionários da fábrica, o secretário de Floresta do governo, João Paulo Mastrângelo, também negou que haveriam demissões e descartou qualquer possibilidade de a indústria parar o seu funcionamento.

“A fábrica vai entrar em um momento de reavaliação do processo de aquisição da matéria-prima, mas continua funcionando normalmente”, afirmou ele.

O secretário explicou também que o fato de os funcionários estarem de aviso prévio não passava de uma estratégia comum em indústrias desse tipo de atividade em época de entressafra, não significando, necessariamente, que os trabalhadores contratados pela indústria fossem demitidos.

Resta aguardar pela posição oficial do governo a respeito da situação por que passa o empreendimento industrial que chegou a ser considerado, junto com a fábrica Natex, como a redenção da economia florestal do Acre e como alternativa para o escasso mercado de empregos formais do município de Xapuri.

Molusco beijoqueiro

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Veja.

Com a palavra, Carlos Estevão

O comentário abaixo foi feito no post Minha opinião por Carlos Estevão Ferreira Castelo que, mais do que um leitor, tem sido um grande colaborador do Xapuri Agora, esse espaço que pertence a todos os xapurienses e que está inteiramente aberto a quem queira expor aqui suas opiniões e pensamentos sobre o cotidiano da querida princesa.

Belo texto, Raimari.

Acho que você sintetizou bem o debate entre os comentadores, como também apresentou seu ponto de vista.

Penso que o que escrevi alcançou o objetivo, ou seja, apontar algumas questões sobre nossa Xapuri que provocasse reflexões. Acho, inclusive, que provocou até mais do que eu esperava.

Afirmo-te que recebi várias manifestações positivas aqui na capital, como também e-mails não muito "polidos". Então, aproveito para esclarecer através de seu espaço democrático alguns pontos:

a) Eu sou, apenas, um xapuriense que ama demais a velha princesa. Inclusive, em todos os lugares que ando nesse Brasil fazendo palestras, apresentando artigos, participando de simpósios e seminários, etc. Tenho um imenso orgulho em abrir minha fala com a seguinte frase: “Eu sou de Xapuri no Acre, e isso é muito importante...”

b) Não tenho nenhuma pretensão de me candidatar nada em Xapuri. Inclusive nem sou filiado a partidos. Nem tenho o perfil que a política profissional partidária atualmente exige. Minha meta atual é concluir meu doutoramento em História Social na USP. Tarefa que não está sendo fácil e que ocupará meu tempo até 2015.

d) Não morro em Xapuri por pura falta de opções de trabalho e estudo. A UFAC, infelizmente, ainda não tem um curso de Graduação ou Pós que seja regular no Município. Se tivesse, com certeza estaria morando e trabalhando aí. Tanto é assim que mesmo sem condições objetivas, aceitei o convite da UFAC para colaborar com as monografias dos alunos dai. Se fosse outro município eu negaria por falta de condições, mas como era Xapuri fui "pego" pelo coração.

e) Quando ao "bar na praça", queria afirmar que não tenho nada contra o dono, nem o conheço pessoalmente, apenas afirmei que a atividade no local que se encontra é totalmente irregular. Mas eu não sou Prefeito, Delegado, Juiz ou algo nessa linha e, principalmente não moro em Xapuri. Pois se eu residisse aí, como cidadão faria esforços para, na forma da Lei, retirar o bar do espaço público.

f) Nada tenho contra o Bira, ou qualquer outro nome citado em meus comentários. O que fiz, como já afirmado, foi repercutir o que escutei e observei na cidade por ocasião de minhas idas para orientar os alunos de Economia.

g) Quando a afirmação sobre o comércio, me coloco à disposição para, quem sabe, fazermos um debate com a participação de comerciantes, estudantes e demais interessados sobre o Tema. Veja, empreendedorismo é um assunto ao qual tenho dedicado algum esforço de leitura atualmente”.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Miss Acre, Daniele Knidel

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Confira as demais beldades que disputarão o título de Miss Brasil 2011.

Cocaína Pura

Polícia Rodoviária Federal e Polícia Civil de Xapuri apreenderam nesta semana 3,6 quilos de cocaína puríssima no entroncamento da BR-317 com a Estrada da Borracha. A droga estava sendo transportada dentro de uma caixa de cereal matinal. O traficante preso, Raimundo Nonato C. de Souza , de 28 anos, residente em Rio Branco, havia investido a bagatela de R$ 10 mil no entorpecente. Como retorno terá uma longa estadia na penitenciária estadual de onde havia saído há poucos meses. Mais informações e fotografias no jornal online O Alto Acre.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Surto de hepatite A em Xapuri

Desde a semana passada, vinte e três casos de hepatite tipo A foram notificados e 15 confirmados na área urbana de Xapuri, segundo informa a Assessoria de Comunicação da Secretaria Estadual de Saúde.

Nesta quarta-feira (13) quatro técnicos do Departamento de Vigilância em Saúde da Sesacre se deslocaram até a cidade, onde permanecem por três dias para assessorar o município nas ações preventivas e de bloqueio da transmissão da doença. Entre os profissionais estão técnicos de vigilância epidemiológica, educação em saúde e mobilização social e vigilância ambiental.

A doença é mais comum em crianças e os principais fatores de risco incluem ausência de saneamento básico e de medidas de higiene.

Minha opinião

Recebi vários comentários, na maioria impublicáveis, infelizmente, sobre os dois últimos textos postados neste blog: Uma cidade em crise, de autoria do jornalista Altino Machado, e Reflexões sobre Xapuri (título meu), do professor de economia Carlos Estevão Castelo, que na verdade foi um comentário feito pelo xapuriense à postagem original de Altino em seu blog e destacado aqui por este blogueiro que vos escreve.  

E uma coisa que chama a minha atenção como blogueiro é a falta de disposição, para não dizer de capacidade, que as pessoas de Xapuri demonstram para debater com seriedade assuntos tão importantes para o município e para todos nós como os que foram abordados pelos dois autores. De dezenas de comentários recebidos, pude apenas selecionar uma meia dúzia deles que não estivessem eivados de termos ofensivos e vulgares. E vejam que o blog tem uma média de quase 500 acessos únicos por dia.

Quando se discute sobre a situação de Xapuri, que tem sido sempre a mesma no decorrer das últimas décadas, independentemente de quem está no poder, embarco na opinião de alguns comentaristas sérios de que um dos principais fatores para a mudança dessa realidade está exatamente na falta de participação do próprio povo. Não se faz outra coisa senão apontar problemas, eleger os responsáveis por eles, “baixar o pau” pelas esquinas ou se esconder no anonimato.

O leitor Paolo Almeida comenta que na prática ninguém reage, não se mobiliza, não reúne. “Só apontar o que todo nós sabemos fica taxativo, repetitivo e não resolve nada”, diz ele. O próprio Carlos Estevão pensa que a situação atual não é de responsabilidade de Bira ou de outros prefeitos isoladamente. Segundo ele, a sociedade está acomodada e só espera pelos políticos. E ponto.

Meu grande amigo e colega de profissão Leônidas Badaró diz que mais do que discutir os possíveis erros da atual administração, equívocos na condução administrativa, nomes que podem surgir como futuros candidatos ao cargo de prefeito, o mais importante pra Xapuri, neste momento, é discutir a letargia em que se encontra a nossa sociedade.

Eles estão certos ou errados?

Para mim estão cobertos de razão. A manifestação séria e responsável do pensamento acerca da nossa realidade política, mesmo que em forma de crítica ácida contra a atuação dos responsáveis pela condução dos destinos do município, contribui para a formação de uma opinião abalizada, como diria o inesquecível Wando Barros, que fuja do vesgo senso comum para servir como uma espécie de termômetro da sociedade e como subsídio para as ações do prefeito e dos vereadores. É o que penso.

Sobre os argumentos de Altino e Carlos Estevão, eles não estão 100% corretos, é claro; mas é evidente também que estão carregados daquilo que o povo pensa e diz ou somente imagina. Xapuri está uma merda, como afirmou dona Cármen Veloso? Para mim, não, mas a expressão corajosa da nonagenária reflete a opinião da grande parte da população, seja com essas ou com outras palavras, em razão da estagnação e da falta de esperança e de crédito nos governos que se sucedem.

Altino Machado afirmou que as fábricas instaladas em Xapuri não modificaram a realidade econômica do município. Considero isso, em parte, uma verdade, pelos mesmos argumentos nos quais ele sustentou a afirmação. Por outro lado, temos que admitir que a situação de desemprego em Xapuri estava muito pior antes dos quase 400 empregos que elas estão gerando diretamente, a despeito da forma obscura, em minha opinião, como as relações de trabalhos são tratadas nessas indústrias.

Carlos Estevão afirmou que o comércio de Xapuri está falido e que o crescimento quantitativo de casas comerciais não representa desenvolvimento, assim como crescimento econômico não é igual a desenvolvimento econômico, coisa de economista bom como ele é. Mas quem vive a rotina da cidade sabe que o comércio local não vai tão mal assim, com lojas sendo abertas e ampliadas do dia para a noite e com muitos empresários experimentando da expansão de seus negócios. Se isso não representa desenvolvimento, acredito que algo positivo deva significar.

Mas voltando ao tema principal deste post, que é a importância da participação da população na discussão dos assuntos relacionados à vida política e administrativa de Xapuri, encerro usando novamente as palavras de Leônidas Badaró, quando afirma que é preciso fazer com que a população volte a se interessar pela discussão da retomada do crescimento xapuriense.

“As boas ações, seja de quem for, nunca serão suficientes se não tivermos o envolvimento da sociedade. É lógico que essa letargia não é culpa do povo xapuriense, é reflexo das desastrosas administração ao longo dos últimos anos. O que precisamos pensar, discutir, rediscutir e focar é: jamais, nunca, de forma alguma podemos nos contentar com o ‘menos ruim’. Seja ele quem for”, filosofa o bom xapuriense.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Reflexões sobre Xapuri

Carlos Estevão Ferreira Castelo

Não posso concordar com a afirmação de Dona Carmen Veloso de que “Xapuri está uma merda” (leia aqui). Mas aceito incondicionalmente seu argumento, pois, realmente, a “velha princesa” passa por “tempos tristes”. Tempos de desesperança, saudosismo e melancolia.

Nos últimos meses tenho visitado com certa frequência Xapuri, minha terra natal. Por determinação da UFAC/CCJSA estou orientando as monografias dos alunos do Curso de Economia de lá. Processo bastante rico por sinal, principalmente de aprendizados. Inclusive, após as defesas dos trabalhos, a ideia é organizar um livro contendo os 10 melhores artigos dos alunos da “princesa que virou plebeia”.

Constatações sobre Xapuri que podem provocar reflexões:

1) A população urbana reclama de tudo e de todos, principalmente do prefeito. O adjetivo mais utilizado quando falam do prefeito é “sem iniciativa”. Com frequência os xapurienses urbanos, quando perguntados, afirmam: “o prefeito é uma pessoa boa, não é brigão como o anterior, fala com todo mundo, mas não tem iniciativa para administrar Xapuri. É muito devagar, não está sabendo aproveitar o governo (estadual) de seu próprio partido”. Fiz várias entrevistas informais com populares e pude constatar a afirmação.

2) O sentimento dominante do povo urbano é o do “já teve”. Já teve praias limpas propícias para banhos e festivais; já teve uma vida noturna com tradicionais bailes; já teve bom futebol nos finais de semana; já teve as melhores festas juninas do Acre; já teve o melhor carnaval do interior; já teve até movimento social rural...já teve.

3) Praticamente não existem opções de alimentação na cidade. São raros os locais onde se pode degustar algo, principalmente durante a noite. Em Xapuri, pelo menos é o pude constatar, somente existe um lanche/bar, que inclusive está localizado/construído em local não apropriado. No meio de uma praça pública. Durante o dia, somente em um local é possível se alimentar no estilo comida rápida. Muito pouco para uma cidade que se diz “turística”.

4) O comércio está praticamente falido devido à influência da ZOFRA Boliviana. A população compra fiado o mês todo no comércio local e, no final do mês, quando sai o pagamento, vai comprar no cash na Bolívia. Isso já é resultado das monografias dos alunos de Economia.

5) Praticamente não existe opções de emprego para os mais jovens na cidade. As tão propaladas fábricas localizadas na região pouco tem contribuído nesse sentido. Mas a esse respeito, prefiro aguardar as duas monografias dos alunos de Economia de Xapuri cujo objetivo é esclarecer os reais impactos desses investimentos na economia do município .

O MAIS GRAVE:

6) O índice de jovens (maioria filhos e filhas de ex-seringueiros) se prostituindo e se drogando é alarmante. Se o leitor quiser comprovar é só visitar o “Mirantes Bar” após meia noite de qualquer final de semana.

Por conta de tudo isso (e outras coisas que não comentei), os xapurienses novamente pensam tirar o PT do poder municipal. Do mesmo modo como fizeram para eleger Wanderley. Foi o que pude concluir com minhas "pesquisas informais" na cidade. A bola da vez se chama Marcinho Miranda - PSDB. Muitos também afirmam que Manoel Moraes, o deputado, será “o cara” que decidirá as eleições municipais.

Carlos Estevão é xapuriense e professor da UFAC.

Uma cidade em crise

Altino Machado, do Blog da Amazônia.

Localizada a 188 quilômetros de Rio Branco, Xapuri tem pouco mais de 14 mil habitantes. Por causa de Chico Mendes, virou símbolo do movimento ambientalista, mas o cenário de pobreza e desemprego permanece inalterado.

De meca do socioambientalismo, Xapuri atualmente é a expressão do atraso e da estagnação econômica na periferia da Amazônia. A sua população, descontente e descrente com os governos, é só lamentação.

Aqui não há trabalho, não há emprego, não há nada para fazer, todos estão indo embora. Os turistas sumiram e o governo parece que nem temos mais. É esse basicamente o rosário de lamentos que se ouve dos moradores.

Xapuri representa a contradição de uma política econômica de construção e adaptação do território para projetos alheios aos interesses da maior parte da comunidade que nela reside.

Nos últimos 12 anos, os governos do PT em âmbito estadual e municipal viabilizaram a instalação de novas infraestruturas na cidade –vide o Pólo Moveleiro, a Fábrica de Camisinhas e a Fábrica de Taco– com vistas a tornar a região apta e competitiva para um mercado de trabalho e produção moderno, amparado por uma estratégica ideologia ambientalista.

No entanto, esta ação já acontece como processo de modernização em crise. Os projetos na área não são orientados para as necessidades próprias do lugar, resultando numa situação antagônica: de um lado, ações e agentes impõem um uso corporativo do território endereçado às lógicas externas, e, de outro lado, os agentes locais realizam atividades simples voltadas para os interesses próprios do lugar.

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Dona Cármen Veloso, de 90 anos, é a doceira mais famosa de Xapuri. Vive da aposentaria e da venda de mariolas, cocadas, biscoitos de goma, cajuína, broas e de licores de variados sabores de frutas tropicais. Ela não hesita quando indagada se a vida em Xapuri mudou após o assassinato de Chico Mendes e das gestões do PT na prefeitura.

- Xapuri está uma merda. Meu único cliente é o João Soares. Ele paga R$ 200,00 pelo café e almoço, metade a cada quinze dias, para que eu tenha condições de garantir a comida na mesa - afirma.

A população realmente não reconhece melhorias na cidade, como a instalação e funcionamento das fábricas.

- O que é gerado por elas vai tudo pra fora. Elas empregam pouca gente e levam as nossas riquezas naturais. Quero ver o que será de nós quando nossos bens naturais acabarem, quando não existir mais madeira aqui - avalia o morador João Soares, o único cliente da pensão da dona Cármen.

Xapuri está sendo administrada pela segunda vez por um prefeito petista, Ubiracy Vasconcelos. O primeiro foi Júlio Barbosa, por dois mandatos, de 1997 a 2004.

Ex-companheiro de Chico Mendes na presidência do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri, a gestão de Júlio Barbosa é considerada um desastre.

O ex-prefeito foi condenado pelo Tribunal de Contas do Estado, perdeu os direitos políticos e se notabilizou por se dedicar mais às viagens e pescarias em rios e igarapés da região.

Com o prefeito Ubiracy Vasconcelos não está sendo diferente. A população reclama de sua ausência constante da cidade. A reportagem tentou entrevistá-lo em vão.

- Estamos fazendo de tudo para não incomodar o prefeito. Ele está na capital porque o pai dele adoeceu. Quando pode, vem a Xapuri rapidinho. Quando não pode, enviamos para Rio Branco os documentos que necessitam da assinatura dele - explicou o assessor de imprensa da prefeitura Haroldo Sarkis.

Xapuri, conhecida no Estado com o apelido de Princesinha do Acre, é berço de gente tão famosa quanto Chico Mendes: o médico Adib Jatene, o ex-ministro Jarbas Passarinho e o falecido jornalista Armando Nogueira.

Altino Machado é jornalista, ex-repórter dos jornais O Estado de S. Paulo, Jornal do Brasil e Folha de S. Paulo. Atualmente escreve o Blog da Amazônia, do portal Terra Magazine. Ele esteve em Xapuri no último final de semana.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Casa de Chico Mendes

O jornalista Altino Machado esteve em Xapuri neste domingo (10) e postou hoje, segunda-feira (11), no Blog da Amazônia,  suas impressões sobre a passagem pela cidade de Chico Mendes. Ao se deparar com a casa onde viveu e morreu o seringueiro famoso fechada, Machado contatou a viúva Ilzamar Mendes, que no início da semana anterior havia trancado as portas Casa e da Fundação Chico Mendes e lavados as chaves para Rio Branco.

Ilzamar afirmou ao jornalista que ao chegar a Xapuri, naquela semana, encontrou os guias do lado de fora da Casa Chico Mendes porque a chave estava perdida há mais de uma semana e que por essa razão os funcionários estavam impossibilitados de atender os visitantes do maior ponto turístico de Xapuri.

“Arrombei as portas, instalei novas fechaduras e levei as chaves para o gabinete do governador Tião Viana”, contou.

Ao tomar conhecimento da versão da viúva de Chico Mendes sobre o episódio do fechamento da Casa, a coordenadora do Museu do Xapury, Caticilene Rodrigues, funcionária da Fundação Elias Mansour a quem os estagiários que cuidam dos espaços estavam respondendo, afirmou que a chave havia sido perdida no dia anterior e não “há mais de uma semana”, como dissera Ilzamar.

A coordenadora esclarece também que a chave perdida não era da Casa de Chico Mendes, mas da Fundação Chico Mendes. Ocorre que, como todas as chaves da primeira ficavam guardadas no interior da segunda, tudo permaneceu fechado durante a manhã daquela segunda-feira até que as fechaduras fossem trocadas.

Caticilene negou também que Ilzamar tenha arrombado as portas e instalado as novas fechaduras.

“Isso foi feito pelas próprias estagiárias, com minha autorização, depois de terem me comunicado da perda das chaves, o que tinha ocorrido no dia anterior. Elas foram à Arte Móveis e solicitaram o serviço da troca das fechaduras, o que foi feito apenas no período da tarde. A Ilzamar esperou que fossem trocadas, pegou as chaves e as levou para Rio Branco”. 

Para Altino Machado, fechada por falta de dinheiro, Casa de Chico Mendes simboliza a crise da famosa Xapuri (AC).

Marina no Cinema

Marina

O filme de Sandra Werneck sobre a Marina Silva deve se chamar "Marina e o tempo". Segundo a coluna de Ancelmo Gois no jornal "O Globo".

As atrizes Dira Paes, Cléo Pires, Camila Pitanga, Vanessa Giácomo, Emanuelle Araújo, Alice Braga, Lucy Ramos, Luciana Bezerra e Ana Cecília Costa estão cotadas para interpretar a ex-senadora.

As filmagens, segundo a nota de Ancelmo, começam em 2012, aqui no Acre, em Brasília e no Rio de Janeiro. "Marina e o tempo" deve estrear em 2013.

domingo, 10 de julho de 2011

Fim de semana nada brasileiro

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A bruxa andou solta para o lado do Brasil no campo esportivo neste último fim de semana. Se não bastasse o papelão que a seleção de Mano Menezes vem fazendo na Copa América, empatando com o Paraguai no último minuto do jogo ocorrido na tarde do sábado (9), perdemos nos pênaltis para os Estados Unidos na Copa do Mundo de Futebol Feminino depois de estarmos vencendo por 2x1 até o último minuto da prorrogação. No mundial sub-17, fomos derrotados pela Alemanha pelo placar de 4x3, na decisão do terceiro lugar, depois de estarmos vencendo por 3x1. Pra fechar o final de semana fatídico, o Brasil perdeu também a final da Liga Mundial de Vôlei para os russos: 3x2. 

sábado, 9 de julho de 2011

De meninas e de letras

José Cláudio Mota Porfiro

Dançava tangos e boleros de par com o tempo da juventude que lhe sorria, como o jardim outonal da frente da vivenda. Debruçava-se à janela com os olhos e o pensamento fixos no futuro que logo chegaria, e já chegou. Ou fazia as vistas correrem o mundo de uma ponta à outra da rua das castanholas em busca de um prato de folhas desenhadas onde, avidamente, pudesse comer letras novinhas, recém-nascidas da memória latejante, febril, como são os garotos e garotas que muito leem e, por isto, tudo escrevem, inclusive para Deus; e tudo entendem, veem mais longe e não sofrem as agruras que são impostas aos ignorantes cujas oportunidades não vieram, ou simplesmente não foram abraçadas porque sequer tiveram condições de enxergá-las em meio ao turbilhão da vida dura. Uma pena.

Para o bem da verdade ou da ficção nossa de cada dia que Deus dá e leva, as meninas e os meninos, filhos e filhas da Princesa, não se cansam de bem agir para orgulho incontido da mãe sempre muito meticulosa nos afazeres da sua família real, ou da sua corte engendrada de látex, borracha, castanha, madeira certificada e futuro, muito futuro.

Então, é bom demais e é oportuno, aqui, lembrar que o prefeito da cidade maior, vizinha da Princesa - aquele rapaz com nome de madeira de lei - houve por bem promover um evento de onde seriam apontados os melhores poetas e cronistas dessa acreanidade cheia de amor para dar. Um dos filhos da realeza, o mais velho, ganhou três prêmios em três categorias diferentes do concurso. A menina que se alimenta de letras foi a vencedora do prêmio para o melhor romance. O poetinha, em calças curtas e gravata de borboleta, foi premiado porque deveras brilhante ao escrever um conto como se fosse brincadeira de criança...

E tudo é motivo de regozijo para a mãe zelosa. Por isto, ficamos gratos. Xapuri levou tudo, no dizer do promotor da festança.

E fomos juntos e felizes viajando muito mais pelas estradas da floresta densa que nos fez, enfim, chegar ao rio das nossas vidas, o aquiri. Na hora de render homenagens e declarar agradecimentos, então, nós sempre houvemos muito bem por fazê-los da forma mais justa, porque temos sempre um rumo mais ou menos traçado a partir do que deixou escrito São Gregório de Nissa, ainda lá na remota idade média: o primeiro e o único dever dos entes máximos da Criação é agradecer e agradecer sempre a Deus, inclusive ou tão somente pelo fato de estarmos com a respiração em dia.

Não mais do mundo fantástico, mas da realidade mais cristalina é que surgiu, em nossas vidas, uma figura extremamente simpática em seus cabelos lisos e brilhantes cortados rente à testa.

Então. E ele era cozinheiro, de mão cheia. Vivia a exercer esse talento numa casa de meninos gulosos e meninas bonitas. Talvez fosse quase como um filho da família, bem mais velho, não fosse a origem índia. Diziam-no caboclo e trazia por nome Agenor. Às vezes, quando ingeria a caiçuma, embebedava-se devido aos teores etílicos do milho e dizia para as crianças que iam vê-lo rindo sozinho, delirante:

- Lá na minha tribo ainda há um pé de peteca e um pé de baladeira.

E todos sorriam porque não acreditavam na realidade fantasiosa do caboclo; menos um dos garotos. Este ia lendo tudo o que lhe aparecia pela frente ou na pequena biblioteca do colégio de 1927. Fazia viagens pelos mundos fantásticos desde Gulliver e Exupéry, a Dumas e Alencar. Nesses volteios pelo planeta afora, ele também via árvores estranhas que, no outono, faziam pender letras dos seus galhos frondosos.

Também a menina que criou O homem da Rua Sadala Koury é assim. Ela vive ainda na rua das castanholas, na cidade princesa, a catar letras em árvores que brotam no seu quintal, desde épocas que se foram há muito, como o tempo dos coqueirais e da azeitoneira.

“Gatos não gostam de mudar de casa”.

Assim, não me fiz de rogado e abri e não fechei e li e reli, vorazmente, em duas horas, talvez, a coletânea de contos que aqui apresento denominada Real do irreal. Trata-se do segundo trabalho da menina que se alimenta de letras e de bom vernáculo.

Assim é a Rannife Zahrah.

Aqui estão escancarados os sentimentos e as emoções de quem vive e respira e escreve tudo o que de melhor pode fazer. Ela passeia leve e livremente pelos caminhos da vida pulsante que lhe cabe existir. E pensa no quanto pode valer apenas “um instante ao lado de quem amamos...”

Há as dores das perdas e o júbilo das conquistas. “Foi em busca de sonhos: mudar o mundo era o propósito da sua vida”. Há, ainda, o foco centrado numa certa ânsia pelas respostas que a vida só nos dá bem mais tarde. E é esta busca e este afã que tornam a trajetória da menina escritora, e o fluxo das suas histórias, muito mais brilhantes, em vista da participação plena nos acontecimentos desta época.

Por nada ou por tudo ninguém deveria deixar de ler o que produz a verve juvenil e encantadora da querida Raniffe Zahrah.

Rannife Zahrah lança neste sábado, no Espaço Casarão, o livro de contos Real do Irreal, prefaciado por José Cláudio Mota Porfiro.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Noni

Noni

Morinda citrifolia é o nome científico da frutinha acima à qual muita gente atribui virtudes medicinais e terapêuticas milagrosas. Originária da Ásia, o fruto geralmente verde-amarelado tem gosto e cheiro ruins, e, apesar de ser dono de mais de 101 aplicações medicinais, entre elas ação inibidora do câncer, o alimento é proibido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que diz que os estudos toxicológicos disponíveis até o momento são insuficientes para um consumo seguro. Leia mais.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

“Quem não chora…”

Depois de passar as chaves nas portas da Casa de Chico Mendes, ponto turístico mais visitado de Xapuri, e do prédio da fundação que leva o nome do seringueiro, Ilzamar Mendes se reuniu, na manhã desta quinta-feira (7), com o presidente da Fundação de Cultura e Comunicação Elias Mansour, Dircinei Souza, e garantiu a continuidade da parceria, através de um termo de cooperação.

A nota da Fundação Elias Mansour (leia aqui) diz que de mais imediato ocorrerão a reforma da estrutura da Fundação Chico Mendes e a conservação do acervo. A partir desta sexta-feira, 8, uma equipe do Departamento Estadual do Patrimônio Histórico e Cultural estará em Xapuri mapeando as demandas para posterior elaboração e implantação de um projeto de conservação e revitalização dos espaços.

É como diz aquele velho e conhecido ditado. No melhor sentido, é claro.

Aprovada na Aleac lei contra o bullying

Aprovado por unanimidade, na Assembleia Legislativa do Acre, o projeto de lei de autoria do deputado Manoel Moraes, do PSB, que cria um programa estadual de combate ao bullying. O projeto, aprovado nesta quinta-feira (7), prevê que as vítimas de agressões no ambiente escolar devam ser amparadas pelas instituições e receber cuidados especiais.

Além disso, as unidades de ensino em todo o Estado devem estar atentas e coibir a prática de bullying através da criação de uma equipe multidisciplinar com a participação de professores, alunos, pais e voluntários. Essa equipe seria responsável pela promoção de atividades informativas e preventivas contra esse tipo de ação.

Para Manoel Moraes os adolescentes que sofrem esse tipo de agressão ficam traumatizados por toda vida. “Geralmente o bullying é uma forma de humilhar e excluir o ser humano, um grupo de pessoas que se dizem popular passam a maltratar, falar mal e a desmoralizar outro individuo. É um ato agressivo e preconceituoso que causa sérios traumas em uma pessoa e por isso deve ser combatido e proibido nas escolas”.

Com informações da Agência Aleac.

A fome do leão

Receita realiza operação de cobrança em 224 municípios do país

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Do G1

A Secretaria da Receita Federal informou nesta quarta-feira (6) que está sendo realizada uma operação de cobrança em 224 municípios nos estados do Pará, Amapá, Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima, para recuperar cerca de R$ 500 milhões que as prefeituras deixaram de recolher aos cofres públicos.

A ação, segundo o Fisco, também alcança outras 6.228 empresas que devem governo R$ 600,6 milhões. O montante cobrado das duas categorias de contribuintes (prefeituras e pessoas jurídicas) chega a R$ 1,1 bilhão, acrescentou.

Prefeituras

A ação da Receita constatou que, dos 310 municípios de toda a 2ª Região Fiscal (Pará, Amapá, Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima) mais de 220 (72%) apresentam pendências com o fisco federal, quer seja por declararem na Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações à Previdência Social (GFIP) "valores fictícios com o intuito de compensá-los de forma fraudulenta".

"Só no estado do Pará, por exemplo, 84% dos municípios apresentam irregularidades com a Receita Federal. Entre municípios com irregularidades tributárias, 113 compensaram cerca de R$ 200 milhões sem nenhuma justificativa", informou o Fisco.

De acordo com a chefe da Divisão de Arrecadação e Cobrança, Maria Helena Coutinho Ponte, a Receita apurou compensação irregular de contribuição previdenciária em "montantes elevadíssimos", não apenas entre municípios, mas até mesmo em administrações estaduais.

Outra irregularidade constatada pela Receita foi a falta de pagamento da Contribuição Previdenciária informada na GFIP. "Os valores superam os R$ 75 milhões", informou.

Empresas

Após um trabalho prévio de investigação, a Receita Federal constatou, também, que 6.228 pessoas jurídicas, na 2ª Região Fiscal, devem ao fisco federal R$ 653 milhões.

"Os contribuintes selecionados para cobrança representam cerca de 10% das empresas cujos débitos correspondem a mais de 50% da dívida em valores atualizados. No Pará, 126 empresas são alvos de cobrança. Juntas, acumulam uma dívida de R$ 276,1 milhões", informou a Receita.

Dentro dos próximos dias, ainda segundo a Receita Federal, as empresas devem receber os primeiros comunicados de cobrança, quando, então, os intimados deverão quitar suas dívidas ou apresentar documentos e esclarecimentos ao Fisco.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

TJ promove juiz Anastácio Lima

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O Tribunal Pleno Administrativo do Tribunal de Justiça do Acre promoveu nesta quarta-feira (6), pelo critério de merecimento, o juiz Anastácio Lima de Menezes Filho a titular da 1ª Vara da Fazenda Pública da Capital. Até então, o magistrado responde como titular da Vara Criminal da Comarca de Xapuri e exerce a função de Juiz Auxiliar da Corregedoria Geral da Justiça.

Anastácio Lima foi escolhido entre outros dois magistrados, Edinaldo Muniz dos Santos, que é filho de Xapuri e Thaís Queiroz Borges de Oliveira Abou Khalil. O juiz teve uma passagem marcante por Xapuri, onde tornou a Vara Criminal desta comarca uma das mais céleres do Acre. A desembargadora Eva Evangelista chegou a comparar o magistrado a um “senador romano”, durante correição realizada em Xapuri no ano de 2008, quando ela era a Corregedora Geral da Justiça.

Leia mais no site do Tribunal de Justiça do Acre.