Todos devem ver que, no lugar de uma árvore podre, deve ser colocada, urgentemente, uma árvore viçosa, boa, que dê frutos saudáveis, para o bem de todas as pessoas. Não há porque provar de uma fruta estragada...
É preciso votar em quem tem um passado sem manchas. É conveniente não cairmos na armadilha de eleger homens sem história. Esta é uma mensagem divulgada pela televisão todos os dias. É necessário dar valor aos homens e mulheres de bem desta Nação-povo. Devemos ter confiança naquelas pessoas que sempre fizeram por onde acreditarmos nelas, nas suas intenções, nas suas propostas, nos seus projetos, estes, sim, voltados para a melhoria da qualidade de vida da sua comunidade, do seu contexto social.
Leia a crônica completa, do xapuriense José Claúdio Mota Porfiro, no jornal Página 20 deste domingo.
domingo, 31 de agosto de 2008
sexta-feira, 29 de agosto de 2008
Novidade!
Os conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE) multaram em R$ 2.142 o prefeito de Xapuri, Vanderlei Viana, e reprovaram as prestações de contas da Câmara de Acrelândia do exercício de 2007, na sessão realizada na manhã de ontem.
De acordo com o conselheiro-relator, José Augusto de Araújo de Faria, entre as irregularidades encontradas no Poder Legislativo acrelandense estão a falta de documentos que pudessem comprovar os valores dos extratos, do balanço financeiro, da remuneração dos vereadores e das despesas.
Com tantos problemas, os membros do TCE decidiram multar o presidente da Câmara, Sebastião Rita de Carvalho, em R$ 714 e realizar uma tomada de contas especial no parlamento municipal.No caso de Vanderlei Viana, a condenação foi motivada pelo atraso na entrega de dois relatórios de execução orçamentária. A conselheira-relatora do processo, Naluh Gouveia, ofereceu o direito de defesa, mas o gestor não respondeu.
Na primeira condenação, o prefeito de Xapuri foi multado em R$ 714 e na segunda em R$ 1.428 por ser reincidente.Na mesma sessão, os conselheiros do TCE decidiram abrir um processo para aplicação de multa ao prefeito de Porto Acre, José Rui Coelho, que apresentou fora do prazo o relatório resumido de execução orçamentária do 3º bimestre.
(Freud Antunes)
terça-feira, 26 de agosto de 2008
Encontro indigesto
Fui obrigado a sentar-me, na tarde de ontem, frente à frente com a indigesta figura do prefeito Vanderley Viana de Lima, diante de uma juíza leiga, em audiência de conciliação no Juizado Especial Cível da Comarca de Xapuri. Viana, um dos campeões de ações judiciais contra si, me aciona por uma indenização de R$ 16.600,00 por supostos ataques recebidos de minha pessoa em postagens publicadas neste blog. Como não houve acordo - e nem poderia - assinei a intimação para a audiência de instrução, que acontecerá no dia 15 de setembro, e me retirei do Juizado. O prefeito, por sua vez, não pôde fazer o mesmo. Tinha que participar ainda de mais duas audiências nas quais figurava como reclamado.
64 anos da Voz das Selvas
Participei, ontem, da solenidade comemorativa do aniversário da Rádio Difusora Acreana, no Teatro Hélio Melo, em Rio Branco, cerimônia muito bem organizada e conduzida pelo secretário de comunicação Jorge Henrique. Discurso, somente do governador Binho Marques. Leia mais no jornal Página 20 e na Agência de Notícias do Acre.
sábado, 23 de agosto de 2008
Primo Mapinguari
"Primo Raimari, bom dia!
É um prazer muito grande participar de seu blog. Fiquei muito feliz com o que você postou sobre minha mãezinha querida. Estamos aqui em Brasília trabalhando duro na empreitada da Barca Brasília. Veja nosso site com nossa programação: http://www.barcabrasilia.com.br/.
Um grande abraço para você, para todos os nossos conterrâneos e para todos os seus internautas. Quem quizer receber informações sobre nossa atividade em Brasilia mande e-mail para zedmilson@gmail.com.
Grato,
Edmilson".
É um prazer muito grande participar de seu blog. Fiquei muito feliz com o que você postou sobre minha mãezinha querida. Estamos aqui em Brasília trabalhando duro na empreitada da Barca Brasília. Veja nosso site com nossa programação: http://www.barcabrasilia.com.br/.
Um grande abraço para você, para todos os nossos conterrâneos e para todos os seus internautas. Quem quizer receber informações sobre nossa atividade em Brasilia mande e-mail para zedmilson@gmail.com.
Grato,
Edmilson".
Ideologia
Cazuza
Composição: Cazuza/Roberto Frejat
Meu partido
É um coração partido
E as ilusões
Estão todas perdidas
Os meus sonhos
Foram todos vendidos
Tão barato
Que eu nem acredito
Ah! eu nem acredito...
Que aquele garoto
Que ia mudar o mundo
Mudar o mundo
Frequenta agora
As festas do "Grand Monde"...
Meus heróis
Morreram de overdose
Meus inimigos
Estão no poder
Ideologia!
Eu quero uma prá viver
Ideologia!
Eu quero uma prá viver...
O meu prazer
Agora é risco de vida
Meu sex and drugs
Não tem nenhum rock 'n' roll
Eu vou pagar
A conta do analista
Prá nunca mais
Ter que saber
Quem eu sou
Ah! saber quem eu sou..
Pois aquele garoto
Que ia mudar o mundo
Mudar o mundo
Agora assiste a tudo
Em cima do muro
Em cima do muro...
Meus heróis
Morreram de overdose
Meus inimigos
Estão no poder
Ideologia!
Eu quero uma prá viver
Ideologia!
Prá viver...
Pois aquele garoto
Que ia mudar o mundo
Mudar o mundo
Agora assiste a tudo
Em cima do muro
Em cima do muro...
Meus heróis
Morreram de overdose
Meus inimigos
Estão no poder
Ideologia!
Eu quero uma prá viver
Ideologia!
Eu quero uma prá viver..
Ideologia!
Prá viver
Ideologia!
Eu quero uma prá viver...
Composição: Cazuza/Roberto Frejat
Meu partido
É um coração partido
E as ilusões
Estão todas perdidas
Os meus sonhos
Foram todos vendidos
Tão barato
Que eu nem acredito
Ah! eu nem acredito...
Que aquele garoto
Que ia mudar o mundo
Mudar o mundo
Frequenta agora
As festas do "Grand Monde"...
Meus heróis
Morreram de overdose
Meus inimigos
Estão no poder
Ideologia!
Eu quero uma prá viver
Ideologia!
Eu quero uma prá viver...
O meu prazer
Agora é risco de vida
Meu sex and drugs
Não tem nenhum rock 'n' roll
Eu vou pagar
A conta do analista
Prá nunca mais
Ter que saber
Quem eu sou
Ah! saber quem eu sou..
Pois aquele garoto
Que ia mudar o mundo
Mudar o mundo
Agora assiste a tudo
Em cima do muro
Em cima do muro...
Meus heróis
Morreram de overdose
Meus inimigos
Estão no poder
Ideologia!
Eu quero uma prá viver
Ideologia!
Prá viver...
Pois aquele garoto
Que ia mudar o mundo
Mudar o mundo
Agora assiste a tudo
Em cima do muro
Em cima do muro...
Meus heróis
Morreram de overdose
Meus inimigos
Estão no poder
Ideologia!
Eu quero uma prá viver
Ideologia!
Eu quero uma prá viver..
Ideologia!
Prá viver
Ideologia!
Eu quero uma prá viver...
sexta-feira, 22 de agosto de 2008
Euri Figueiredo
Essa mulher linda é Raimunda Euri Gomes Figueiredo, viúva do ex-prefeito Júlio Dias Figueiredo. Tomei a liberdade de postar sua fotografia aqui, sem pedido de autorização, para falar da sua importância para esta cidade que há tempos não respira ares de paz e de tranqüilidade. 'Tia Euri' é um feixe de luz em meio à escuridão que às vezes nos toma de assalto. Firme militante da fé em Cristo, mãe exemplar e educadora (aposentada) extraordinária, essa senhora de olhar franco e de um sorriso que inspira uma confiança total está sempre pronta a socorrer àqueles que nela buscam uma palavra de conforto ou um incentivo para prosseguir em suas lutas. Chegaram a cogitá-la como candidata à prefeita, uma boa idéia que jamais lhe passou pela cabeça. Seu terreno é outro. Mas é evidente que com a imensa compreensão da vida e do mundo que possui, sabe que algo de especial tem que ser feito por nossa terra para que se possa ter uma vida mais digna e mais humana no futuro. Ao seu modo, ela faz a sua parte. Participando intensamente da igreja e mostando pelo exemplo e pelas virtudes que muitas boas portas existem. Basta que se tente abrí-las. Que seja modelo para aqueles que a partir do próximo ano vão dirigir os nosso destinos. E que venha um tempo de progresso para nossa cidade e, acima de tudo, de muita paz, harmonia e de amor. Estamos precisando.
quinta-feira, 21 de agosto de 2008
Com a palavra, Joscires Ângelo...
Com respeito à última postagem, onde cito a Desorganização das coligações para com a propaganda eleitoral gratuita na Rádio Educadora de Xapuri, o assessor partidário Joscires Ângelo enviou a seguinte resposta:
"Caro Amigo Raimari...
Sempre elogiei o trabalho desenvolvido por você a frente deste espaço, porém terei que discordar da postagem atual, e vejo com olhos de preocupação a sua posição em frente ao pleito vindouro de outubro...
Primeiramente porque este espaço sempre primou por tomar partido por um determinado grupo conhecido, e convenientemente nada se foi dito sobre algumas peripécias desse grupo nas ações políticas realizadas ultimamente, como utilização de poder governamental para agarinhar (sic) dividendos políticos para determinados candidatos, estranhamente nesse espaço houve incitação hipotética de que candidatos do PSDB estariam sendo demagogos em seus discursos no que tangia ao Bairro Laranjal, e agora o termo desorganização total.
No tocante à propaganda eleitoral gratuita no rádio, tenho conhecimento de que os condicionantes seriam: comunicar a Justiça eleitoral e à emissora as pessoas que se responsabilizariam pelo material, entregar mídia em formato MP3, com antecedência de um dia anterior à Divulgação do material, entregar mapa de mídia juntamente com o material. Vejo que alguma coisa está estranha, já que assessoro uma equipe e todos os procedimentos foram contemplados, a única discurssão (sic) ainda em termos duvidosos é o termo "mapa da mídia" já que nesta descrição refere-se apenas a um memorial descritivo do material constante no CD ou outro dispositivo de armazenamento, podendo este ser entregue juntamente com o material quando elaborado, agora se houvesse a exigência de um "Plano de mídia" aí seria uma peça mais específica descritiva de todas as informações técnicas e de planejamento ao longo do período eleitoral, porém na Ata da Justiça eleitoral de Xapuri consta o termo "Mapa de Mídia". E esses condicionantes a Coligação Frente Alternativa de Xapuri cumpriu.
Agora o que se é importante ressaltar já que você enalteceu a Coligação Visão de Águia, é perguntar-se porque eles são tão organizados e deixaram de efetuar a Prestação de Contas referente à Primeira Parcial (06 de Agosto, sendo a única que não o fez neste município. isso sim é fator impeditivo que segundo a legislação vigente, ocasiona até perda do Registro da Candidatura. Ressalto que apenas estou contribuindo para esta discurssão, porém acredito que devam ser dados os devidos créditos para outras coligações que também estão se esforçando para se adequar às exigências dessa emissora.
Só para conhecimento o valor de 01 hora de estúdio para gravação de mídia radiodifusiva está em torno de R$ 500,00 se considerarmos a quantidade de candidatos e a necessidade de edição a cada horário a ser divulgado, cada coligação gastaria no mínimo para produzir um programa de 10 min em torno de R$ 1.200,00.
Acredito que talvez não seja desorganização, porém falta de capital e recursos humanos devidamente qualificados até porque vivemos uma eleição pioneira de nova legislação e metodologia diferente das anteriores.
Abraços Fraternais"
◙ Meu comentário: Como diria Jack, o estripador, vamos por partes. Primeiro, não insinuei que qualquer candidato do PSDB estivesse fazendo discurso demagógico, apenas achei interessante ele pedir ajuda de uma população abandonada que é quem realmente carece de total auxílio, sendo lembrada somente nestas épocas. Segundo, nunca tomei partido por grupo nenhum. Tenho minhas posições e defendo minhas convicções, gostem delas ou não. Como petista filiado que sou, já entrei em conflitos com vários "companheiros" por sempre sustentar o penso, sem receio de melindres. Quanto à desorganização das coligações, mantenho o que disse e sugiro ao caro Joscires que releia com atenção a ata do encontro ocorrido na Justiça Eleitoral. Os termos acordados dizem que o Mapa ou Plano de Mídia, documento descritivo de todas as informações sobre os programas encaminhados à emissora, devem ser entregues até às 14 horas do dia anterior ao da veiculação. Já as mídias que vão ao ar às 7 horas da manhã, devem ser entregues à emissora até às 18 horas do dia anterior. Com relação ao programa das 11 horas da manhã, as mídias devem ser entregues até às 7 horas da manhã do mesmo dia. Com exceção da coligação Visão de Águia, nenhuma outra se enquadrou, inicialmente, neste padrão democraticamente combinado. Essa é a verdade e daí minha crítica. Como exemplo, cito o caso da coligação Frente Alternativa. O representante Eucirlei Severino se dirigiu à emissora e entregou um CD sem nenhuma documentação. Ao consultar o Cartório Eleitoral sobre a situação fui informado que poderia haver flexibilidade mediante a cobrança aos representantes para que se enquadrassem rapidamente aos termos consignados em ata. Prestei informações ao representante da Frente Alternativa, que providenciou a documentação exigida e, somente no dia seguinte, a entregou da forma devida. No caso da Frente Popular II, os representantes chegaram a entregar um Mapa de Mídia manuscrito. Tomei a mesma providência no sentido de que a documentação fosse retificada, o que ocorreu. Para finalizar, não enalteci a coligação VISÃO DE ÁGUIA, pois nenhuma razão para isso eu tenho, apenas falei a verdade, apesar do líder dessa aliança ser notoriamente um grande desafeto e adversário político meu. Também não me interessa, com relação ao assunto abordado na postagem, o problema da prestação de contas da coligação. Com a palavra a Justiça Eleitoral. Não é, ainda, do interesse da emissora que dirijo as dificuldades que existam para a confecção dos programas. Isso é de exclusiva responsabilidade das coligações. Como representante da Rádio Educadora, não faço exigências, elas são da Justiça Eleitoral, apenas veiculo e cumpro a lei.
Respeitosamente,
Raimari Cardoso.
"Caro Amigo Raimari...
Sempre elogiei o trabalho desenvolvido por você a frente deste espaço, porém terei que discordar da postagem atual, e vejo com olhos de preocupação a sua posição em frente ao pleito vindouro de outubro...
Primeiramente porque este espaço sempre primou por tomar partido por um determinado grupo conhecido, e convenientemente nada se foi dito sobre algumas peripécias desse grupo nas ações políticas realizadas ultimamente, como utilização de poder governamental para agarinhar (sic) dividendos políticos para determinados candidatos, estranhamente nesse espaço houve incitação hipotética de que candidatos do PSDB estariam sendo demagogos em seus discursos no que tangia ao Bairro Laranjal, e agora o termo desorganização total.
No tocante à propaganda eleitoral gratuita no rádio, tenho conhecimento de que os condicionantes seriam: comunicar a Justiça eleitoral e à emissora as pessoas que se responsabilizariam pelo material, entregar mídia em formato MP3, com antecedência de um dia anterior à Divulgação do material, entregar mapa de mídia juntamente com o material. Vejo que alguma coisa está estranha, já que assessoro uma equipe e todos os procedimentos foram contemplados, a única discurssão (sic) ainda em termos duvidosos é o termo "mapa da mídia" já que nesta descrição refere-se apenas a um memorial descritivo do material constante no CD ou outro dispositivo de armazenamento, podendo este ser entregue juntamente com o material quando elaborado, agora se houvesse a exigência de um "Plano de mídia" aí seria uma peça mais específica descritiva de todas as informações técnicas e de planejamento ao longo do período eleitoral, porém na Ata da Justiça eleitoral de Xapuri consta o termo "Mapa de Mídia". E esses condicionantes a Coligação Frente Alternativa de Xapuri cumpriu.
Agora o que se é importante ressaltar já que você enalteceu a Coligação Visão de Águia, é perguntar-se porque eles são tão organizados e deixaram de efetuar a Prestação de Contas referente à Primeira Parcial (06 de Agosto, sendo a única que não o fez neste município. isso sim é fator impeditivo que segundo a legislação vigente, ocasiona até perda do Registro da Candidatura. Ressalto que apenas estou contribuindo para esta discurssão, porém acredito que devam ser dados os devidos créditos para outras coligações que também estão se esforçando para se adequar às exigências dessa emissora.
Só para conhecimento o valor de 01 hora de estúdio para gravação de mídia radiodifusiva está em torno de R$ 500,00 se considerarmos a quantidade de candidatos e a necessidade de edição a cada horário a ser divulgado, cada coligação gastaria no mínimo para produzir um programa de 10 min em torno de R$ 1.200,00.
Acredito que talvez não seja desorganização, porém falta de capital e recursos humanos devidamente qualificados até porque vivemos uma eleição pioneira de nova legislação e metodologia diferente das anteriores.
Abraços Fraternais"
◙ Meu comentário: Como diria Jack, o estripador, vamos por partes. Primeiro, não insinuei que qualquer candidato do PSDB estivesse fazendo discurso demagógico, apenas achei interessante ele pedir ajuda de uma população abandonada que é quem realmente carece de total auxílio, sendo lembrada somente nestas épocas. Segundo, nunca tomei partido por grupo nenhum. Tenho minhas posições e defendo minhas convicções, gostem delas ou não. Como petista filiado que sou, já entrei em conflitos com vários "companheiros" por sempre sustentar o penso, sem receio de melindres. Quanto à desorganização das coligações, mantenho o que disse e sugiro ao caro Joscires que releia com atenção a ata do encontro ocorrido na Justiça Eleitoral. Os termos acordados dizem que o Mapa ou Plano de Mídia, documento descritivo de todas as informações sobre os programas encaminhados à emissora, devem ser entregues até às 14 horas do dia anterior ao da veiculação. Já as mídias que vão ao ar às 7 horas da manhã, devem ser entregues à emissora até às 18 horas do dia anterior. Com relação ao programa das 11 horas da manhã, as mídias devem ser entregues até às 7 horas da manhã do mesmo dia. Com exceção da coligação Visão de Águia, nenhuma outra se enquadrou, inicialmente, neste padrão democraticamente combinado. Essa é a verdade e daí minha crítica. Como exemplo, cito o caso da coligação Frente Alternativa. O representante Eucirlei Severino se dirigiu à emissora e entregou um CD sem nenhuma documentação. Ao consultar o Cartório Eleitoral sobre a situação fui informado que poderia haver flexibilidade mediante a cobrança aos representantes para que se enquadrassem rapidamente aos termos consignados em ata. Prestei informações ao representante da Frente Alternativa, que providenciou a documentação exigida e, somente no dia seguinte, a entregou da forma devida. No caso da Frente Popular II, os representantes chegaram a entregar um Mapa de Mídia manuscrito. Tomei a mesma providência no sentido de que a documentação fosse retificada, o que ocorreu. Para finalizar, não enalteci a coligação VISÃO DE ÁGUIA, pois nenhuma razão para isso eu tenho, apenas falei a verdade, apesar do líder dessa aliança ser notoriamente um grande desafeto e adversário político meu. Também não me interessa, com relação ao assunto abordado na postagem, o problema da prestação de contas da coligação. Com a palavra a Justiça Eleitoral. Não é, ainda, do interesse da emissora que dirijo as dificuldades que existam para a confecção dos programas. Isso é de exclusiva responsabilidade das coligações. Como representante da Rádio Educadora, não faço exigências, elas são da Justiça Eleitoral, apenas veiculo e cumpro a lei.
Respeitosamente,
Raimari Cardoso.
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
Desorganização
Começou a propaganda partidária gratuita na rádio e na TV. Em Xapuri, onde existe apenas uma emissora de rádio, destaque para a desorganização das coligações no trato com o material que está sendo enviado à rádio local. Das alianças partidárias que aqui se enfrentam, apenas a Visão de Águia, do prefeito Vanderley Viana, apresentou, até agora, a documentação e as mídias dentro daquilo que foi estabelecido em reunião ocorrida no cartório eleitoral de Xapuri. Depois, depois.
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
O adeus de Geraldo Leite
O cantor xapuriense Geraldo Leite morreu na noite deste domingo, 17, aos 53 anos de idade, no Hospital Santa Juliana, em Rio Branco. O cantor lutava contra o câncer no fígado havia seis anos.
Geraldo Leite começou a carreira musical aos quatorze anos de idade, no conjunto Os Siderais, em Xapuri, cidade onde nasceu. Em 1962 passou a morar em Rio Branco, no mesmo ano integrou os Os Mugs, onde permaneceu até 1976.
Em 1977 passou a cantar na banda Os Bárbaros; em 78, no grupo Face a Face e em 1982, na Banda Tropical. Foi destaque em três edições do Festival Acreano de Música Popular (Famp) - em 1980, com a melhor música, 81, melhor intérprete e melhor música. Gravou dois discos - o primeiro em 1986, e um CD em 2005.
Geraldo Leite esteve em Xapuri pela última vez no dia 11 de junho passado, na última festa de aniversário do bairro Sibéria, onde costumava se apresentar todos os anos.
Fonte: Agência de Notícias do Acre.
Geraldo Leite começou a carreira musical aos quatorze anos de idade, no conjunto Os Siderais, em Xapuri, cidade onde nasceu. Em 1962 passou a morar em Rio Branco, no mesmo ano integrou os Os Mugs, onde permaneceu até 1976.
Em 1977 passou a cantar na banda Os Bárbaros; em 78, no grupo Face a Face e em 1982, na Banda Tropical. Foi destaque em três edições do Festival Acreano de Música Popular (Famp) - em 1980, com a melhor música, 81, melhor intérprete e melhor música. Gravou dois discos - o primeiro em 1986, e um CD em 2005.
Geraldo Leite esteve em Xapuri pela última vez no dia 11 de junho passado, na última festa de aniversário do bairro Sibéria, onde costumava se apresentar todos os anos.
Fonte: Agência de Notícias do Acre.
domingo, 17 de agosto de 2008
Empresas "publica"
Esse cartaz na entrada rua do bairro Cerâmica chama a atenção dos desavisados que aqui chegam para um fictício complexo de empresas públicas alardeado pelo atual prefeito. A fábrica de vassouras foi o grande fiasco conhecido por todos e a cerâmica municipal caiu nas mãos da iniciativa privada. Está arrendada ao empresário Normando Sales, que em pouco tempo mostra que o empreendimento é viável se administrado com responsabilidade.
A cerâmica já está oferecendo tijolos a preços bem mais baixos que a concorrência e, é claro, lucrando com isso, pois empresário bobo nasceu morto. Dinheiro que poderia estar entrando nos cofres da alquebrada prefeitura. Porém, dos males o menor. Se por um lado a arrecadação da empresa não vem para o município, por outro gera-se emprego e evita-se que o dinheiro caia nos bolsos de qualquer um como denunciou a algum tempo a câmara de vereadores. Assunto que caiu no esquecimento.
Alguém me responda: que quantidade de carvão produz e quantos empregos gera essa tal fábrica anunciada no cartaz?
‘O problema não é a política, mas a classe política’
A frase traduz um raciocínio do presidente do Tribunal Superior Eleitoral.
Para Carlos Ayres Britto, o brasileiro já se deu conta: sem política não há democracia.
“O grande problema não é a política”, diz o “xerife” da lei e da ordem nas eleições.
A encrenca se esconde “no descompasso entre a política e a classe política.”
O ministro acha que o país padece de “um certo desalento” com os políticos.
Prescreve o remédio que, a seu juízo, alivia as dores do processo democrático: o voto.
Ayres Britto falou ao repórter Klécio Santos. Clique e leia.
Blog do Josias de Souza
Para Carlos Ayres Britto, o brasileiro já se deu conta: sem política não há democracia.
“O grande problema não é a política”, diz o “xerife” da lei e da ordem nas eleições.
A encrenca se esconde “no descompasso entre a política e a classe política.”
O ministro acha que o país padece de “um certo desalento” com os políticos.
Prescreve o remédio que, a seu juízo, alivia as dores do processo democrático: o voto.
Ayres Britto falou ao repórter Klécio Santos. Clique e leia.
Blog do Josias de Souza
sábado, 16 de agosto de 2008
Bairro Laranjal, Xapuri
Um candidato a vereador pedia ontem, em comício da Frente Alternativa, a ajuda da população para melhorar Xapuri. Se visitasse o bairro do Laranjal, onde a maioria dos moradores vivem abaixo da linha de pobreza, certamente mudaria seu discurso. A população é que precisa de ajuda, não candidatos em busca de uma teta pública.
sexta-feira, 15 de agosto de 2008
Blog muda de nome e de jeito
A partir de hoje o blog muda de nome. Se chamará simplesmente Raimari Cardoso, radialista com 20 anos de estrada e muitos aprendizados. Continuará a mostrar, de um novo modo, as impressões da cidade de Xapuri, esta minha bela e maltratada terra, habitada por gente de boa índole e parasitada por espécimes inferiores que não fazem jus a nenhum tipo de descrição.
O novo cabeçalho traz a imagem de São Sebastião não como recado ideológico-religioso, mas por ser um dos símbolos representativos da cidade, do qual o santo é padroeiro, com todo respeito aos que não professam a fé católica. No mais, agradeço aos que acompanharam esta página até aqui, esperando que permaneçam atentos aos fatos e idéias do nosso rico universo.
Abraços a todos.
O novo cabeçalho traz a imagem de São Sebastião não como recado ideológico-religioso, mas por ser um dos símbolos representativos da cidade, do qual o santo é padroeiro, com todo respeito aos que não professam a fé católica. No mais, agradeço aos que acompanharam esta página até aqui, esperando que permaneçam atentos aos fatos e idéias do nosso rico universo.
Abraços a todos.
É preciso ler
Gabriel Perissé
É preciso ler um pouco de tudo.
É preciso ler um pouco de psicologia, para descobrir o poço sem fundo da alma.
É preciso ler um pouco de poesia, para penetrar nesse poço sem fundo, e nele afundar até o gozo.
É preciso ler um pouco de teologia, para descobrir que indo mais fundo no poço sem fundo encontraremos a Deus.
É preciso ler um pouco do jornal do dia, para descobrir que o mundo já chegou ao fundo do poço, mas ainda continua descendo.
É preciso ler um pouco de geologia, para descobrir novos poços sem fundo nesse mundo fecundo.
É preciso ler um pouco de magia, para descobrir no fundo do poço mais fundo o enigma mais profundo.
É preciso ler um pouco de filosofia, para descobrir que o mundo não é imundo, é apenas um poço sem fundo dentro de outro poço ainda mais fundo.
É preciso ler um pouco de biologia, para descobrir a vida se debatendo no fundo, no fundo mais fundo do poço sem fundo.
É preciso ler um pouco de antropologia, para descobrir que somos esse próprio poço sem fundo, fundamento de tudo o que somos.
É preciso ler um pouco de arqueologia, para descobrir uma cidade no poço sem fundo.
É preciso ler um pouco de astronomia, para descobrir que o céu é também um poço sem fundo, oceano negro em que nadam estrelas e interrogações.
É preciso ler um pouco de espeleologia, para descobrir que a caverna sem fundo guarda outros tantos poços sem fundo.
É preciso ler um pouco de filologia, para decifrar a linguagem do poço sem fundo.
É preciso ler um pouco de metodologia, para descobrir os caminhos que há dentro do poço sem fundo.
É preciso ler um pouco de etruscologia, grafologia, nefrologia, opsologia, ovniologia, papirologia, parapsicologia, piretologia, pomologia, psefologia, selenologia e todas as logias possíveis, para descobrir o poço sem fundo da nossa curiosidade.
É preciso ler um pouco de tudo, embora seja muito pouco.
Que esse pouco, porém, seja suficiente para nos fazer vislumbrar no poço sem fundo a ausência desse fundo. Ler um pouco de tudo, mas ler a fundo esse pouco.
Ler um pouco, tendo como pano de fundo a sede de saber.
Ler um pouco, mas, mesmo sendo pouco, ler contrafundo.
Ler um pouco, a fundo perdido.
Gabriel Perissé é doutor em educação pela USP e escritor.
É preciso ler um pouco de tudo.
É preciso ler um pouco de psicologia, para descobrir o poço sem fundo da alma.
É preciso ler um pouco de poesia, para penetrar nesse poço sem fundo, e nele afundar até o gozo.
É preciso ler um pouco de teologia, para descobrir que indo mais fundo no poço sem fundo encontraremos a Deus.
É preciso ler um pouco do jornal do dia, para descobrir que o mundo já chegou ao fundo do poço, mas ainda continua descendo.
É preciso ler um pouco de geologia, para descobrir novos poços sem fundo nesse mundo fecundo.
É preciso ler um pouco de magia, para descobrir no fundo do poço mais fundo o enigma mais profundo.
É preciso ler um pouco de filosofia, para descobrir que o mundo não é imundo, é apenas um poço sem fundo dentro de outro poço ainda mais fundo.
É preciso ler um pouco de biologia, para descobrir a vida se debatendo no fundo, no fundo mais fundo do poço sem fundo.
É preciso ler um pouco de antropologia, para descobrir que somos esse próprio poço sem fundo, fundamento de tudo o que somos.
É preciso ler um pouco de arqueologia, para descobrir uma cidade no poço sem fundo.
É preciso ler um pouco de astronomia, para descobrir que o céu é também um poço sem fundo, oceano negro em que nadam estrelas e interrogações.
É preciso ler um pouco de espeleologia, para descobrir que a caverna sem fundo guarda outros tantos poços sem fundo.
É preciso ler um pouco de filologia, para decifrar a linguagem do poço sem fundo.
É preciso ler um pouco de metodologia, para descobrir os caminhos que há dentro do poço sem fundo.
É preciso ler um pouco de etruscologia, grafologia, nefrologia, opsologia, ovniologia, papirologia, parapsicologia, piretologia, pomologia, psefologia, selenologia e todas as logias possíveis, para descobrir o poço sem fundo da nossa curiosidade.
É preciso ler um pouco de tudo, embora seja muito pouco.
Que esse pouco, porém, seja suficiente para nos fazer vislumbrar no poço sem fundo a ausência desse fundo. Ler um pouco de tudo, mas ler a fundo esse pouco.
Ler um pouco, tendo como pano de fundo a sede de saber.
Ler um pouco, mas, mesmo sendo pouco, ler contrafundo.
Ler um pouco, a fundo perdido.
Gabriel Perissé é doutor em educação pela USP e escritor.
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
Frase
"Só os tolos acreditam em tudo que lhes é dito; mas também são os tolos que duvidam de tudo". Luiz Ainbinder no prefácio do livro Magnetismo Pessoal.
terça-feira, 12 de agosto de 2008
Meu amigo, o rádio (2)
Edmilson Ferreira (Agência de Notícias do Acre)
A Rádio Difusora Acreana completa 64 anos no próximo dia 24 de agosto. Mais que uma data a ser comemorada, o universo da emissora, especialmente o aparelho de rádio e seus ouvintes, é o destaque de mais de seis décadas afirmando a identidade do Acre.
Mesmo com a chegada de bens de consumo revolucionários, como a energia elétrica do programa Luz Para Todos, o rádio, ao contrário do senso comum, não é automaticamente abandonado ou substituído pela televisão.
Morador da Colocação Morada Nova, no KM 78 da BR 364, no trecho entre Manoel Urbano e Feijó, o jovem Francisco da Costa tem apenas 14 anos, mas gosta tanto de rádio que ele mesmo decidiu montar uma antena para melhorar o sinal. Usando uma vara de bambu de cinco metros e fio chato, Francisco conseguiu ampliar a captação e o aparelho passou a captar melhor a Difusora e outras rádios do Acre, do Brasil e do mundo inteiro.
"O rádio é bom porque a gente pode ouvir notícia e música qualquer hora", diz o rapaz cuja casa recentemente recebeu energia elétrica do Luz Para Todos.
O rádio é um companheiro, dizem comerciantes, colonos, ribeirinhos, jovens ou da melhor idade. Enquanto aparelho que transmite notícia e entretenimento, o rádio é, segundo Zezinho Melo, da Rádio Difusora Acreana, "algo de muita importância principalmente para o homem do campo, o seringueiro". "É através desse aparelho", diz Melo, "que as pessoas recebem música, recado, notícia. Por isso, é de grande importância". Zezinho Melo é um dos radialistas mais antigos do Acre.
Não apenas o aparelho como o locutor da emissora, o qual o ouvinte muitas vezes não conhece pessoalmente, acaba se tornando um companheiro de uma multidão. "O aparelho de rádio substitui a presença de uma pessoa. Dependendo do programa ou da notícia, o rádio provoca emoção como se fosse algum amigo que estivesse ali perto", observa Nilda Dantas, conceituada radialista de grande experiência.
Emissora de rádio, segundo definição de sites especializados, é um meio de comunicação por emissão e recepção de informação, podendo ser realizada por radiação eletromagnética que se propaga através do espaço. A tecnologia de transmissão de som por ondas de rádio foi desenvolvida pelo italiano Guglielmo Marconi, no fim do século 19.
A Rádio Difusora Acreana completa 64 anos no próximo dia 24 de agosto. Mais que uma data a ser comemorada, o universo da emissora, especialmente o aparelho de rádio e seus ouvintes, é o destaque de mais de seis décadas afirmando a identidade do Acre.
Mesmo com a chegada de bens de consumo revolucionários, como a energia elétrica do programa Luz Para Todos, o rádio, ao contrário do senso comum, não é automaticamente abandonado ou substituído pela televisão.
Morador da Colocação Morada Nova, no KM 78 da BR 364, no trecho entre Manoel Urbano e Feijó, o jovem Francisco da Costa tem apenas 14 anos, mas gosta tanto de rádio que ele mesmo decidiu montar uma antena para melhorar o sinal. Usando uma vara de bambu de cinco metros e fio chato, Francisco conseguiu ampliar a captação e o aparelho passou a captar melhor a Difusora e outras rádios do Acre, do Brasil e do mundo inteiro.
"O rádio é bom porque a gente pode ouvir notícia e música qualquer hora", diz o rapaz cuja casa recentemente recebeu energia elétrica do Luz Para Todos.
O rádio é um companheiro, dizem comerciantes, colonos, ribeirinhos, jovens ou da melhor idade. Enquanto aparelho que transmite notícia e entretenimento, o rádio é, segundo Zezinho Melo, da Rádio Difusora Acreana, "algo de muita importância principalmente para o homem do campo, o seringueiro". "É através desse aparelho", diz Melo, "que as pessoas recebem música, recado, notícia. Por isso, é de grande importância". Zezinho Melo é um dos radialistas mais antigos do Acre.
Não apenas o aparelho como o locutor da emissora, o qual o ouvinte muitas vezes não conhece pessoalmente, acaba se tornando um companheiro de uma multidão. "O aparelho de rádio substitui a presença de uma pessoa. Dependendo do programa ou da notícia, o rádio provoca emoção como se fosse algum amigo que estivesse ali perto", observa Nilda Dantas, conceituada radialista de grande experiência.
Emissora de rádio, segundo definição de sites especializados, é um meio de comunicação por emissão e recepção de informação, podendo ser realizada por radiação eletromagnética que se propaga através do espaço. A tecnologia de transmissão de som por ondas de rádio foi desenvolvida pelo italiano Guglielmo Marconi, no fim do século 19.
Hino xapuriense
Xapuri costuma ser motivo de brincadeirinhas de alguns acreanos invejosos. Uma delas é a velha história da caxinguba, comida de veados de quatro pernas, que dizem ser apreciada pelos de duas que aqui vivem. É claro que a fauna da capital é bem maior, todos adeptos da fruta de que desconheço o sabor. Outra história preconceituosa é a de que os xapurienses andam de marcha à ré.
Se não bastasse tudo isso, Altino Machado me pede uma cópia do Hino de Xapuri, que consegui com a ajuda do músico Antônio Magão, e implica com os versos inocentemente escritos por Fernando de Castela: "Xapuri nosso berço e agasalho/ Nós herdeiros de herança viril". Pedi a ele que pegasse leve com os bravos descendentes de nordestinos e índios que aqui habitam. Todos muito machos, sim senhor.
A seguir a letra do hino xapuriense:
HINO DE XAPURI
Letra: Fernando de Castela
Música: José Lázaro Monteiro Nunes
Página viva da história acreana
Recebe o nosso afeto e gratidão
Reverente o teu povo se irmana
Neste hino que é hino e oração
Terra formosa, terra gentil
És Princesa do Acre
Glória dos acreanos (refrão)
Orgulho do Brasil
Teus bravos filhos, afoitos e pioneiros
Deste amado e glorioso rincão
Xapuris que se armaram guerreiros
Neste berço de revolução
Que o exemplo de tanta afoiteza
De indomável coragem e ardor
Seja aos novos lição de grandeza
E esperança de paz e de amor
Xapuri nosso berço e agasalho
Nós herdeiros de herança viril
No teu chão plantaremos trabalho
Para a glória do nosso Brasil
Se não bastasse tudo isso, Altino Machado me pede uma cópia do Hino de Xapuri, que consegui com a ajuda do músico Antônio Magão, e implica com os versos inocentemente escritos por Fernando de Castela: "Xapuri nosso berço e agasalho/ Nós herdeiros de herança viril". Pedi a ele que pegasse leve com os bravos descendentes de nordestinos e índios que aqui habitam. Todos muito machos, sim senhor.
A seguir a letra do hino xapuriense:
HINO DE XAPURI
Letra: Fernando de Castela
Música: José Lázaro Monteiro Nunes
Página viva da história acreana
Recebe o nosso afeto e gratidão
Reverente o teu povo se irmana
Neste hino que é hino e oração
Terra formosa, terra gentil
És Princesa do Acre
Glória dos acreanos (refrão)
Orgulho do Brasil
Teus bravos filhos, afoitos e pioneiros
Deste amado e glorioso rincão
Xapuris que se armaram guerreiros
Neste berço de revolução
Que o exemplo de tanta afoiteza
De indomável coragem e ardor
Seja aos novos lição de grandeza
E esperança de paz e de amor
Xapuri nosso berço e agasalho
Nós herdeiros de herança viril
No teu chão plantaremos trabalho
Para a glória do nosso Brasil
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
Janelas do Tempo
Cronista xapuriense lança livro na sua cidade natal
O cronista acreano José Cláudio Mota Porfiro lançou em Xapuri, neste final de semana, o livro Janelas do Tempo. A obra já havia sido lançada na capital, mas o xapuriense pretendia apresentá-la também à sua cidade natal, uma das suas fontes de inspiração, segundo ele mesmo.
O lançamento aconteceu no auditório da Associação Comercial de Xapuri, reunindo algumas dezenas de pessoas, principalmente velhos amigos do tempo da infância e adolescência do escritor.
José Cláudio Mota Porfiro nasceu em Xapuri, em 23 de abril de 1957, filho de Raimundo Porfiro Soares, estivador dos portos e armazéns de borracha e castanha da cidade natal, e Francisca Mota Porfiro, lavadeira e profissional do lar.
Através de bolsas de favor oficial, do governo do estado, estudou o ginásio em um colégio particular, o Divina Providência, católico, da Ordem das Servas de Maria Reparadoras, onde cursou também o ensino médio.
Formado em letras português e inglês pela Ufac, fez mestrado e doutorado em filosofia e história da educação pela Unicamp - Universidade Estadual de Campinas. O livro Janelas do Tempo é uma reunião de crônicas publicadas em jornais acreanos entre os anos de 2004 e 2006. (Agência de Notícias do Acre).
Aqui e acolá tenho tomado a liberdade de publicar algumas de suas excelentes crônicas, especialmente aquelas em que Zé Cláudio abre as "janelas do tempo" sobre a fascinante Xapuri de momentos passados. Eis o último publicado em seu blog Impressões Gerais.
O estivador
Num dos dias de janeiro de 1996, o velho guerreiro de tantas rusgas e pelejas partiu para a grande viagem. Houvera almoçado fartamente, como sempre. Conservava ainda o mesmo apetite voraz... Depois de algumas espreguiçadas, atou a rede cearense, deitou e dormiu. Ao cabo de uma hora, acordou e foi para a varanda frontal da aprazível vivenda do bairro Cadeia Velha. Lá, conversou, por alguns poucos minutos, com um dos seis filhos, sentado a uma cadeira de balanço. De repente, a cabeça pendeu para o lado e o corpanzil foi amparado pelo Motinha, que lhe fazia companhia e dizia gracejos na ocasião... Pronto. Estava morto o nosso herói particular, o herói lá de casa, a quem, ainda hoje e por todo o sempre, haveremos de render as mais justas e sinceras homenagens.
Em verdade, é preciso deixar para além da saudade o fato de que os grandes homens são maiores na recordação do que ao natural. Aquilo que vimos neles é, ao mesmo tempo, o seu melhor e o melhor de nós próprios. Louvados sejam, então, os nossos heróis caseiros, aqueles que viveram e morreram para ter sempre o que colocar em nossas bocas ávidas por pão e por caráter.
O estivador teve uma infância de privações. Filho de Joaquim e Júlia, era o segundo de um pacote de onze filhos. Raimundo, de batismo. Gibiri, de Xapuri e de Rio Branco, foi uma das criaturas mais amistosas que esta terra já viu.
Joaquim, o velho, veio do Ceará. Nascera num dos sítios das cercanias da Serra da Meruóca, no alto sertão. Chegou a Belém por mar. Veio então subindo o grande rio e, em Óbidos, Pará, conheceu a mãe dos filhos seus, Júlia. Aí nasceu, em 1919, o Estivador.
A família chegou finalmente ao Acre em meados da década de 1930. Xapuri foi o destino combinado com um agente que aconselhara Joaquim a vir trabalhar como seringueiro na Amazônia. Cá chegando, a rotina do trabalho na mata não se fez agradável ao sertanejo que era muito mais habituado ao trabalho agrícola, quando a chuva molhava a Meruóca, a cada dois ou três anos.
Certo é que adquiriu um sítio, cá denominado colônia, e passou a trabalhar as culturas de subsistência, como a mandioca, o milho, o feijão, o arroz, além de algum criame. Três dos filhos mais velhos permaneceram cortando seringa. Mas o Gibiri preferiu trabalhar de fazenda em fazenda (sedes de seringais), na diária, como diziam antigamente, batendo campo de sol a sol... E foi exatamente numa dessas vivendas que conheceu a bela Nicácia, filha do velho Rocha, dono de engenho, que lhe deu quatro filhos, dos quais sobrevivem hoje apenas dois, o Marcos, procurador federal aposentado, e o Manoel, funcionário público em Xapuri.
Numa ocorrência muito trágica, então, uma cobra caiu em cima da tábua em que a esposa lavava roupa e ela, grávida, tomou-se de um susto tal que veio a falecer.
O Estivador, então, transferiu-se para a cidade com as duas crias sobreviventes. Aí, mais uma vez, como por uma graça divina, uma vizinha mais moça e de fino trato, Francisca, condoída com a situação dos órfãos, quis ajudar... E ajudou... E veio o casamento... Era dezembro de 1955 e os meninos logo a chamaram - e até hoje ainda a chamam - mamãe... Certo é que essa mão amiga e condoída criou não apenas o Marcos e o Manoel, mas me colocou no mundo e o Mota e o Jorge e a Socorro, todos, filhos do Gibiri de Xapuri.
A transferência para a cidade exigiu que o batedor de campo tivesse uma profissão especializada. Dos ofícios ditos urbanos, ele não conhecia nenhum; mas, como a época exigia força de mastodonte, a ocupação principal, em 1955, passou a ser a de carregar e descarregar lanchas e navios, de borracha e castanha, no porto de Xapuri, àquela época, ainda bastante movimentado, principalmente, nos períodos de inverno.
O barranco era íngreme. Não eram todos os anos que os comerciantes o aplainavam por faltarem as máquinas próprias para o serviço. A cangalha, uma espécie de acolchoado rústico, de capim e estopa, não permitia que o contato com as mais diversas espécies de mercadorias queimasse as costas dos estivadores que iam e vinham de sol a sol.
Foram muitas as vezes em que vi o herói lá de casa subir rumo ao armazém carregando três sacos de açúcar, cada um com sessenta quilos. Dois iam embaixo dos braços e um equilibrado na cabeça. Outra vez, foi uma caminhada de uns quinhentos metros carregando seis engradadados de cerveja rumo ao Clube Bilhar. (Àquela época, as grades de cerveja eram de madeira.) Depois, uma palheta aflorou na praia hoje localizada em frente ao Mirante. Era de um navio afundado ali no final do século XIX. Juntaram-se os dois sujeitos mais fortes que eu já vi, o Gibiri e o Ismar. Na marra, os dois conseguiram erguer o monumento hoje exposto na praça próxima ao Terminal Rodoviário.
Alguns nomes de amigos do meu pai me vêm à memória, como o Hilário Candiru, um negrão espadaúdo, de uns cem quilos. Havia o Zé Firmino, um cearense que, ainda hoje - parece-me - vende raspadilha nas praças de Xapuri. Lembro o Zé Priquito, engraçado como o próprio nome. O Chico Aquino, falecido, cavalheiro e amigo, apesar da pouca cultura. O Polissi, vivo ainda hoje e residente na Estação Experimental, em Rio Branco, fazia o mesmo serviço de dia e, à noite, fabricava uns colchões de capim sobre os quais a minha plebe dormia morta de cansada. O Seu Paulino Cachimbo era uma espécie de dromedário, que não pedia água em hora de serviço... Eram muitos, enfim, sob o comando do Gibiri que se tornou, depois, o primeiro presidente da associação dos estivadores de Xapuri, apesar de não ser alfabetizado. Não aprendeu a ler, nem a escrever. Mas conseguiu desenhar o nome com a simples finalidade de votar num rapaz muito bom. Era Chico Mendes, o líder seringueiro.
Das chuvas de outubro e novembro vinham o Natal e o Ano Novo. Daí, era um pulinho para o Carnaval, principalmente, porque, neste ínterim, aos domingos, organizávamos os ranchos que nada mais eram que uma banda tocando músicas carnavalescas e a rapaziada pulando e dançando à frente, em cortejo animado e bêbado. Dessas, o Gibiri não participava. Não bebia e, acima de tudo, era essa uma época de muito trabalho em que chegavam muitas embarcações que deveriam ter a mercadoria desembarcada e a borracha e/ou castanha embarcada para os portos de Manaus e Belém. No fim do inverno e mais ou menos coincidindo com o período carnavalesco, então, aparecia um navio de nome Envira, que trazia uns marujos que gostavam mais de farra que de trabalho. Depois, vinham as águas de março em que nenhum embarcadiço confiava e as lanchas e batelões eram colocados para revisão e manutenção.
Onde hoje está a Praça São Sebastião, colocava-se um tronco grosso de mulateiro e, em cruz, amarravam um outro tronco um pouco mais fino. Aí, os estivadores puxavam, por meio de cabos de aço, as embarcações de barranco acima. Os homens fortes, suados e em calções de listas azuis e brancas, traduziam, para a criança que eu era, o significado do que vem a ser um trabalho pesado, muito pesado... O contato da madeira com o aço provocava um gemido que se ouvia ao longe. Então, as lanchas e batelões passavam a ser calafetados pelos embarcadiços liderados por Mestre Amilton e Mestre Sabá, especialistas do ofício. Vi aquela rapaziada botar muita força ali...
Certo é que, se o Estivador tinha uma certeza elaborada em pretérito mais-que-perfeito, agora, todos sabem que o verbo vir-a-ser dos lá de casa sempre estivera conjugado em futuro do presente do indicativo, na graça de Deus Pai.
O cronista acreano José Cláudio Mota Porfiro lançou em Xapuri, neste final de semana, o livro Janelas do Tempo. A obra já havia sido lançada na capital, mas o xapuriense pretendia apresentá-la também à sua cidade natal, uma das suas fontes de inspiração, segundo ele mesmo.
O lançamento aconteceu no auditório da Associação Comercial de Xapuri, reunindo algumas dezenas de pessoas, principalmente velhos amigos do tempo da infância e adolescência do escritor.
José Cláudio Mota Porfiro nasceu em Xapuri, em 23 de abril de 1957, filho de Raimundo Porfiro Soares, estivador dos portos e armazéns de borracha e castanha da cidade natal, e Francisca Mota Porfiro, lavadeira e profissional do lar.
Através de bolsas de favor oficial, do governo do estado, estudou o ginásio em um colégio particular, o Divina Providência, católico, da Ordem das Servas de Maria Reparadoras, onde cursou também o ensino médio.
Formado em letras português e inglês pela Ufac, fez mestrado e doutorado em filosofia e história da educação pela Unicamp - Universidade Estadual de Campinas. O livro Janelas do Tempo é uma reunião de crônicas publicadas em jornais acreanos entre os anos de 2004 e 2006. (Agência de Notícias do Acre).
Aqui e acolá tenho tomado a liberdade de publicar algumas de suas excelentes crônicas, especialmente aquelas em que Zé Cláudio abre as "janelas do tempo" sobre a fascinante Xapuri de momentos passados. Eis o último publicado em seu blog Impressões Gerais.
O estivador
Num dos dias de janeiro de 1996, o velho guerreiro de tantas rusgas e pelejas partiu para a grande viagem. Houvera almoçado fartamente, como sempre. Conservava ainda o mesmo apetite voraz... Depois de algumas espreguiçadas, atou a rede cearense, deitou e dormiu. Ao cabo de uma hora, acordou e foi para a varanda frontal da aprazível vivenda do bairro Cadeia Velha. Lá, conversou, por alguns poucos minutos, com um dos seis filhos, sentado a uma cadeira de balanço. De repente, a cabeça pendeu para o lado e o corpanzil foi amparado pelo Motinha, que lhe fazia companhia e dizia gracejos na ocasião... Pronto. Estava morto o nosso herói particular, o herói lá de casa, a quem, ainda hoje e por todo o sempre, haveremos de render as mais justas e sinceras homenagens.
Em verdade, é preciso deixar para além da saudade o fato de que os grandes homens são maiores na recordação do que ao natural. Aquilo que vimos neles é, ao mesmo tempo, o seu melhor e o melhor de nós próprios. Louvados sejam, então, os nossos heróis caseiros, aqueles que viveram e morreram para ter sempre o que colocar em nossas bocas ávidas por pão e por caráter.
O estivador teve uma infância de privações. Filho de Joaquim e Júlia, era o segundo de um pacote de onze filhos. Raimundo, de batismo. Gibiri, de Xapuri e de Rio Branco, foi uma das criaturas mais amistosas que esta terra já viu.
Joaquim, o velho, veio do Ceará. Nascera num dos sítios das cercanias da Serra da Meruóca, no alto sertão. Chegou a Belém por mar. Veio então subindo o grande rio e, em Óbidos, Pará, conheceu a mãe dos filhos seus, Júlia. Aí nasceu, em 1919, o Estivador.
A família chegou finalmente ao Acre em meados da década de 1930. Xapuri foi o destino combinado com um agente que aconselhara Joaquim a vir trabalhar como seringueiro na Amazônia. Cá chegando, a rotina do trabalho na mata não se fez agradável ao sertanejo que era muito mais habituado ao trabalho agrícola, quando a chuva molhava a Meruóca, a cada dois ou três anos.
Certo é que adquiriu um sítio, cá denominado colônia, e passou a trabalhar as culturas de subsistência, como a mandioca, o milho, o feijão, o arroz, além de algum criame. Três dos filhos mais velhos permaneceram cortando seringa. Mas o Gibiri preferiu trabalhar de fazenda em fazenda (sedes de seringais), na diária, como diziam antigamente, batendo campo de sol a sol... E foi exatamente numa dessas vivendas que conheceu a bela Nicácia, filha do velho Rocha, dono de engenho, que lhe deu quatro filhos, dos quais sobrevivem hoje apenas dois, o Marcos, procurador federal aposentado, e o Manoel, funcionário público em Xapuri.
Numa ocorrência muito trágica, então, uma cobra caiu em cima da tábua em que a esposa lavava roupa e ela, grávida, tomou-se de um susto tal que veio a falecer.
O Estivador, então, transferiu-se para a cidade com as duas crias sobreviventes. Aí, mais uma vez, como por uma graça divina, uma vizinha mais moça e de fino trato, Francisca, condoída com a situação dos órfãos, quis ajudar... E ajudou... E veio o casamento... Era dezembro de 1955 e os meninos logo a chamaram - e até hoje ainda a chamam - mamãe... Certo é que essa mão amiga e condoída criou não apenas o Marcos e o Manoel, mas me colocou no mundo e o Mota e o Jorge e a Socorro, todos, filhos do Gibiri de Xapuri.
A transferência para a cidade exigiu que o batedor de campo tivesse uma profissão especializada. Dos ofícios ditos urbanos, ele não conhecia nenhum; mas, como a época exigia força de mastodonte, a ocupação principal, em 1955, passou a ser a de carregar e descarregar lanchas e navios, de borracha e castanha, no porto de Xapuri, àquela época, ainda bastante movimentado, principalmente, nos períodos de inverno.
O barranco era íngreme. Não eram todos os anos que os comerciantes o aplainavam por faltarem as máquinas próprias para o serviço. A cangalha, uma espécie de acolchoado rústico, de capim e estopa, não permitia que o contato com as mais diversas espécies de mercadorias queimasse as costas dos estivadores que iam e vinham de sol a sol.
Foram muitas as vezes em que vi o herói lá de casa subir rumo ao armazém carregando três sacos de açúcar, cada um com sessenta quilos. Dois iam embaixo dos braços e um equilibrado na cabeça. Outra vez, foi uma caminhada de uns quinhentos metros carregando seis engradadados de cerveja rumo ao Clube Bilhar. (Àquela época, as grades de cerveja eram de madeira.) Depois, uma palheta aflorou na praia hoje localizada em frente ao Mirante. Era de um navio afundado ali no final do século XIX. Juntaram-se os dois sujeitos mais fortes que eu já vi, o Gibiri e o Ismar. Na marra, os dois conseguiram erguer o monumento hoje exposto na praça próxima ao Terminal Rodoviário.
Alguns nomes de amigos do meu pai me vêm à memória, como o Hilário Candiru, um negrão espadaúdo, de uns cem quilos. Havia o Zé Firmino, um cearense que, ainda hoje - parece-me - vende raspadilha nas praças de Xapuri. Lembro o Zé Priquito, engraçado como o próprio nome. O Chico Aquino, falecido, cavalheiro e amigo, apesar da pouca cultura. O Polissi, vivo ainda hoje e residente na Estação Experimental, em Rio Branco, fazia o mesmo serviço de dia e, à noite, fabricava uns colchões de capim sobre os quais a minha plebe dormia morta de cansada. O Seu Paulino Cachimbo era uma espécie de dromedário, que não pedia água em hora de serviço... Eram muitos, enfim, sob o comando do Gibiri que se tornou, depois, o primeiro presidente da associação dos estivadores de Xapuri, apesar de não ser alfabetizado. Não aprendeu a ler, nem a escrever. Mas conseguiu desenhar o nome com a simples finalidade de votar num rapaz muito bom. Era Chico Mendes, o líder seringueiro.
Das chuvas de outubro e novembro vinham o Natal e o Ano Novo. Daí, era um pulinho para o Carnaval, principalmente, porque, neste ínterim, aos domingos, organizávamos os ranchos que nada mais eram que uma banda tocando músicas carnavalescas e a rapaziada pulando e dançando à frente, em cortejo animado e bêbado. Dessas, o Gibiri não participava. Não bebia e, acima de tudo, era essa uma época de muito trabalho em que chegavam muitas embarcações que deveriam ter a mercadoria desembarcada e a borracha e/ou castanha embarcada para os portos de Manaus e Belém. No fim do inverno e mais ou menos coincidindo com o período carnavalesco, então, aparecia um navio de nome Envira, que trazia uns marujos que gostavam mais de farra que de trabalho. Depois, vinham as águas de março em que nenhum embarcadiço confiava e as lanchas e batelões eram colocados para revisão e manutenção.
Onde hoje está a Praça São Sebastião, colocava-se um tronco grosso de mulateiro e, em cruz, amarravam um outro tronco um pouco mais fino. Aí, os estivadores puxavam, por meio de cabos de aço, as embarcações de barranco acima. Os homens fortes, suados e em calções de listas azuis e brancas, traduziam, para a criança que eu era, o significado do que vem a ser um trabalho pesado, muito pesado... O contato da madeira com o aço provocava um gemido que se ouvia ao longe. Então, as lanchas e batelões passavam a ser calafetados pelos embarcadiços liderados por Mestre Amilton e Mestre Sabá, especialistas do ofício. Vi aquela rapaziada botar muita força ali...
Certo é que, se o Estivador tinha uma certeza elaborada em pretérito mais-que-perfeito, agora, todos sabem que o verbo vir-a-ser dos lá de casa sempre estivera conjugado em futuro do presente do indicativo, na graça de Deus Pai.
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
A favor da Lei Maria da Penha
Jorleiva de Araújo
O PMDB mulher, adotou o dia 07 de agosto como DIA NACIONAL EM DEFESA DA LEI MARIA DA PENHA. A lei foi sancionada no dia 25 de setembro de 2006. Nós mulheres, precisamos levantar esta bandeira, pois esta lei se destina a combater e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher.
O PMDB mulher, adotou o dia 07 de agosto como DIA NACIONAL EM DEFESA DA LEI MARIA DA PENHA. A lei foi sancionada no dia 25 de setembro de 2006. Nós mulheres, precisamos levantar esta bandeira, pois esta lei se destina a combater e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher.
Para a Lei Maria da Penha, se constitui violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão que lhe cause morte, lesão, sofrimentos físicos, sexuais ou psicológicos e dano moral ou patrimonial no ambiente doméstico, familiar e em qualquer relação íntima de afeto, independente dos envolvidos morarem no mesmo espaço doméstico.
Mulheres que são julgadas tão sensíveis, mais que tem o poder muitas vezes de sustentar uma família sozinha, trabalhar fora, cuidar dos filhos, do esposo, de casa, enfim temos jornada dupla, mais que conseguimos com muita garra e determinação cumprir todas as nossas tarefas com responsabilidade.
Ironia ou não ainda encontramos em casa homens que ainda se acham no direito nos maltratar, não podemos permitir que coisas como essas aconteçam. Esta lei é mais uma vitória nossa, temos que levantar esta bandeira, nos impor, e jamais ter medo de lutar por nossos direitos.
Jorleiva Araújo é Presidente Provisória do PMDB MULHER DE XAPURI.
Leia ainda A Carta de Brasília
A Favor da Lei Maria da Penha
A Lei Maria da Penha é um marco para os direitos das mulheres porque representa não apenas a incorporação de questão histórica da luta do movimento de mulheres, mas o respeito às convenções internacionais ratificadas pelo Brasil.
Apesar de 7 de agosto de 2008 ser uma data que merece ser comemorada é preciso encarar o problema da violência doméstica na realidade em que se apresenta. O direito exigível nem sempre é respeitado e sua violação observada com a seriedade de que carece. Não raras vezes o próprio Estado, pelo Poder Judiciário, ignora a importância da Lei Maria Penha alegando, equivocadamente, sua inconstitucionalidade. Segue vigente, no Brasil, uma concepção de igualdade que resulta em interpretação da norma constitucional discriminatória e violenta.
O Conselho Nacional dos Direitos da Mulher vem atuando de forma vigilante e resistente no sentido de ver garantida a efetiva aplicação dos dispositivos da Lei Maria da Penha, bem como a incorporação de um sentido de igualdade capaz de incorporar a vulnerabilidade e as diferenças. Sem a superação da opressão e das desigualdades sofridas pelas mulheres não é possível construir uma sociedade justa e solidária.
O discurso hegemônico sobre uma forma de viver a vida impregna as práticas brasileiras e justificou no passado recente argumentos como o da "legítima defesa da honra", quando se trata, por certo, de uma honra masculina. A denúncia a esses modelos de organização social põe em discussão anos de prática preconceituosa, de controle dos corpos e mentes das mulheres e de relações de domínio que tiram de diferentes sujeitos, voz, liberdade e vontade.
Apesar de 7 de agosto de 2008 ser uma data que merece ser comemorada é preciso encarar o problema da violência doméstica na realidade em que se apresenta. O direito exigível nem sempre é respeitado e sua violação observada com a seriedade de que carece. Não raras vezes o próprio Estado, pelo Poder Judiciário, ignora a importância da Lei Maria Penha alegando, equivocadamente, sua inconstitucionalidade. Segue vigente, no Brasil, uma concepção de igualdade que resulta em interpretação da norma constitucional discriminatória e violenta.
O Conselho Nacional dos Direitos da Mulher vem atuando de forma vigilante e resistente no sentido de ver garantida a efetiva aplicação dos dispositivos da Lei Maria da Penha, bem como a incorporação de um sentido de igualdade capaz de incorporar a vulnerabilidade e as diferenças. Sem a superação da opressão e das desigualdades sofridas pelas mulheres não é possível construir uma sociedade justa e solidária.
O discurso hegemônico sobre uma forma de viver a vida impregna as práticas brasileiras e justificou no passado recente argumentos como o da "legítima defesa da honra", quando se trata, por certo, de uma honra masculina. A denúncia a esses modelos de organização social põe em discussão anos de prática preconceituosa, de controle dos corpos e mentes das mulheres e de relações de domínio que tiram de diferentes sujeitos, voz, liberdade e vontade.
Ao se questionar esses padrões se questiona, não raras vezes, verdades solidificadas em uma tradição machista. A beleza das democracias está na possibilidade de que várias vozes se tornam legítimas no processo de construção do pacto social. Ao silenciar a Lei Maria da Penha silencia-se, mais uma vez, a voz de milhares de mulheres que morrem, diariamente por conta de uma violência banalizada.
Ignorar essa violência é tornar-se um cúmplice silencioso desse mal banalizado.
Por essas razões o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher lamenta profundamente as declarações do Juiz de Direito Marcelo Colombelli, da Cidade de Erexim, do Rio Grande do Sul, que em recente entrevista manifestou sua posição quanto à inaplicabilidade da Lei Maria da Penha, por considerá-la inconstitucional ao não tratar como “iguais” homens e mulheres. É preciso ter claro que à instância judiciária cabe fundamentalmente dar efetividade às normas jurídicas e garantir a construção e execução da justiça no país.
Ignorar essa violência é tornar-se um cúmplice silencioso desse mal banalizado.
Por essas razões o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher lamenta profundamente as declarações do Juiz de Direito Marcelo Colombelli, da Cidade de Erexim, do Rio Grande do Sul, que em recente entrevista manifestou sua posição quanto à inaplicabilidade da Lei Maria da Penha, por considerá-la inconstitucional ao não tratar como “iguais” homens e mulheres. É preciso ter claro que à instância judiciária cabe fundamentalmente dar efetividade às normas jurídicas e garantir a construção e execução da justiça no país.
A interpretação da norma jurídica não é um ato arbitrário, tampouco se legitima nas moralidades particulares, é a própria norma jurídica que dá o indicativo de como se deve pensar o direito, e esse indicativo está na Constituição Federal. O parâmetro de razoabilidade é a preservação da dignidade humana, a preservação da integridade, da igualdade, da não discriminação, da construção de uma sociedade livre, justa e solidária. Qualquer interpretação que desrespeite esse parâmetro tem em si problemas básicos de legitimidade, pois viola a própria norma constitucional.
Interpretar a Lei Maria da Penha como inconstitucional é fazer a manutenção não apenas de práticas discriminatórias, mas de um conceito de direito que não cabe em sociedades democráticas. Essa posição provoca uma lógica de exceção, na qual o Estado não está presente no cuidado, na hora de evitar a violência e, igualmente se ausenta na hora de responsabilizar àquele que violou o direito, como se os direitos das mulheres fossem questões menores. A mulher, assim, torna-se, por uma prática do Estado, duplamente vulnerável.
A violência doméstica é um problema mundial e em sua maioria suas vítimas são mulheres. Quando o juiz compara situações diversas para justificar a não concessão das medidas protetivas da Lei Maria da Penha provoca algo "draconiano", isso é, tal qual o Código Draconiano, não contempla os problemas econômicos e sociais, mantendo-se distante de qualquer noção de discernimento e coerência com a realidade e a previsão legal e, pior, ignora a própria finalidade imposta pela norma jurídica.
A lógica da Lei Maria da Penha é muito simples e serve, para entendê-la, a metáfora de um navio. Para parar um navio não basta desligar os motores; é preciso acioná-los com toda a força no sentido contrário, sob o risco do navio continuar a navegar por algum tempo. O ponto é que o 'navio' das práticas da violência doméstica contra as mulheres e sua insistente banalização devem parar imediatamente.
O tratamento protetivo é um sintoma da necessidade real que o exige, quando as relações de gênero estiverem isonômicas e as mulheres puderem exercer, de fato, sua plena cidadania, leis, como a Maria da Penha, terão sido estratégias necessárias de um tempo de construção da justiça e da igualdade, podendo, então, não existir mais.
Conselho Nacional dos Direitos da Mulher.
quarta-feira, 6 de agosto de 2008
106 anos da Revolução
Há 106 anos começava em Xapuri a Revolução Acreana
Revolução Acreana é o termo pelo qual se conhece, no Acre, o processo político-social que levou à incorporação do território desse estado ao Brasil. O período começa em julho de 1899, quando o território é proclamado estado independente, sob Luis Gálvez Rodríguez de Arias, e termina em 1903, depois que os brasileiros residentes no local vencem a disputa pela força das armas, comandados por José Plácido de Castro.
A Revolução Acreana chegou ao fim com a assinatura do Tratado de Petrópolis, em 1903, pelo qual a Bolívia cedeu o território ao Brasil (e o Peru aceitou a divisão de fronteiras) em troca de 2.000.000 Libras esterlinas e da construção da ferrovia Madeira-Mamoré (apelidada "Mad Maria").
A chamada "Revolução Acreana" ocorreu no âmbito da disputa pela posse do território entre três países vizinhos: Brasil, Bolívia e Peru. Entre 1899 e 1903, o território do atual Acre (em disputa entre Bolívia, Peru e Brasil) foi proclamado autônomo por três vezes como Estado Independente do Acre, embora a independência só tenha sido reconhecida pelo lado brasileiro.
O tema serviu de inspiração a uma minissérie da TV Globo, escrita por Glória Perez, exibida no início de 2007.
Texto retirado da Wikipédia
Na foto, o senhor Antônio Zaine, dono de um museu informal na cidade de Xapuri, exibe um rifle "Papo-amarelo" e uma bala de canhão utilizados nas batalhas.
Represália
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Acre (Sinjac) publicou nota em seu site destacando a tentativa do prefeito Vanderley Viana de me intimidar através de ação judicial. Fui acionado no Juizado Especial Cível da Comarca de Xapuri por, segundo o prefeito, agredir a sua "imagem moral". Piada à parte, eis o texto na íntegra.
Prefeito de Xapuri processa jornalista
O jornalista Raimari Cardoso, diretor da Rádio Educadora 6 de Agosto de Xapuri, está sendo processado pelo prefeito daquela cidade, Vanderley Viana de Lima, sob a acusação de publicar em seu blog particular (Xapuri Agora) agressões e ataques "à imagem moral" do dirigente municipal.
A ação defendida pelo advogado Roberto Duarte no Juizado Especial Cível daquela comarca é, segundo o jornalista, um ato de represália à sua atuação profissional naquele município, que tem se pautado em denunciar os atos de desequilíbrio do prefeito e os desmandos praticados na prefeitura, constituindo-se em um ataque à liberdade de imprensa.
O profissional garante que em seus textos jamais utilizou termos que atacassem ou denegrissem a imagem do prefeito. "As postagens se baseiam em fatos do dia-a-dia da Administração Municipal e dos atos notoriamente tresloucados de Vanderley Viana na condução do poder executivo municipal. Ofensas e achincalhamentos nunca fizeram parte de minha escrita", diz ele.
Ao contrário do que a defesa do prefeito diz, é Vanderley Viana quem tem contra si um extenso histórico de agressões físicas e verbais que o tornam o campeão ocorrências na polícia e de processos da comarca. O próprio Raimari Cardoso foi vencedor em uma ação movida há algumas semanas, por danos morais contra o prefeito que foi condenado a lhe pagar uma indenização de R$ 2 mil por ofensas e calúnias proferidas em canal de televisão.
Um fato interessante é que Raimari Cardoso está sendo acusado na denúncia de publicar um texto que sequer é de sua autoria. O jornalista afirma que o trecho de uma postagem que o advogado transcreve na reclamação foi publicado por outro blogueiro, o ex-assessor e agora desafeto do prefeito Vanderley Viana, Joscíres Ângelo.
A audiência de conciliação entre as partes vai acontecer no próximo dia 11 de agosto.
Sindicato dos Jornalista Profissionais do Acre (Sinjac).
Prefeito de Xapuri processa jornalista
O jornalista Raimari Cardoso, diretor da Rádio Educadora 6 de Agosto de Xapuri, está sendo processado pelo prefeito daquela cidade, Vanderley Viana de Lima, sob a acusação de publicar em seu blog particular (Xapuri Agora) agressões e ataques "à imagem moral" do dirigente municipal.
A ação defendida pelo advogado Roberto Duarte no Juizado Especial Cível daquela comarca é, segundo o jornalista, um ato de represália à sua atuação profissional naquele município, que tem se pautado em denunciar os atos de desequilíbrio do prefeito e os desmandos praticados na prefeitura, constituindo-se em um ataque à liberdade de imprensa.
O profissional garante que em seus textos jamais utilizou termos que atacassem ou denegrissem a imagem do prefeito. "As postagens se baseiam em fatos do dia-a-dia da Administração Municipal e dos atos notoriamente tresloucados de Vanderley Viana na condução do poder executivo municipal. Ofensas e achincalhamentos nunca fizeram parte de minha escrita", diz ele.
Ao contrário do que a defesa do prefeito diz, é Vanderley Viana quem tem contra si um extenso histórico de agressões físicas e verbais que o tornam o campeão ocorrências na polícia e de processos da comarca. O próprio Raimari Cardoso foi vencedor em uma ação movida há algumas semanas, por danos morais contra o prefeito que foi condenado a lhe pagar uma indenização de R$ 2 mil por ofensas e calúnias proferidas em canal de televisão.
Um fato interessante é que Raimari Cardoso está sendo acusado na denúncia de publicar um texto que sequer é de sua autoria. O jornalista afirma que o trecho de uma postagem que o advogado transcreve na reclamação foi publicado por outro blogueiro, o ex-assessor e agora desafeto do prefeito Vanderley Viana, Joscíres Ângelo.
A audiência de conciliação entre as partes vai acontecer no próximo dia 11 de agosto.
Sindicato dos Jornalista Profissionais do Acre (Sinjac).
terça-feira, 5 de agosto de 2008
Deus não dorme, não!
Essa figurinha da foto leva meu nome. É o mais novo entre as quatro grandes paixões da minha vida. Além dele, tenho Alanna (19), Patrícia (14) e Matheus (09).
O pivete tem cinco anos e nos últimos doze meses atravessou instantes difíceis de sua ainda curta caminhada. Inicialmente sofreu com um problema de pele que lhe tirou muitas noites de sono. Em seguida engoliu uma moeda que ficou temporariamente retida no intestino delgado. Os médicos chegaram a pensar em cirurgia.
Os momentos de aflição nos tornaram mais unidos e lhe ensinaram uma grande lição ainda no amanhecer de sua vida. Encontrei-o em uma inocente conversa com amiguinhos da mesma idade. A discussão precoce girava em torno de Deus.
- Deus não dorme, não. Ele fica todo o tempo de olho na gente, dizia ele, para minha surpresa, respondendo a um outro garoto que sugerira que o Todo-Poderoso fosse adepto de uma sonequinha. Fiquei pasmo e refleti: sim, eles sabem mais do que nós, ingênuos adultos que acreditam saber tudo.
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