terça-feira, 21 de julho de 2020

40 anos da morte de Wilson Pinheiro

Wilson Pinheiro foi assassinado no dia 21 de junho de 1980 com vários tiros pelas costas. Precursor do sindicalismo na região e dos “empates”, ações que mobilizavam as comunidades, unindo seringueiros, ribeirinhos e colonos para impedir a derrubada da mata nativa, inscreveu seu nome como um dos precursores da árdua batalha pela preservação ambiental. 

Chico Mendes, que posteriormente transformou-se num ícone da luta ambientalista, compunha a diretoria do Sindicato comandada por Wilson Pinheiro, vindo posteriormente a ser a principal liderança do movimento em defesa dos povos da floresta. Em virtude deste compromisso, também foi assassinado, oito anos depois, em 22 de dezembro de 1988.

Wilson de Souza Pinheiro nasceu dia 15 de fevereiro de 1933, no município de Carreiros, estado do Amazonas. Migrou para Acre em meados dos anos 1960, com o objetivo de cortar seringa. Em sua ampla trajetória de luta sindical, destacou-se desde cedo como ativista e militante do movimento sindical pela sua coragem e fé em uma vida melhor aos seus companheiros.

Em 1979, foi eleito presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Brasiléia e em 1980 fez parte da Comissão Organizadora da fundação do Partido dos Trabalhadores no Acre. Era um homem alto, determinado de fala mansa e rara e olhar poderoso, além de ser um trabalhador e pai de família exemplar. Partiu deixando esposa e 8 filhos e um legado eterno, a este município e ao estado do Acre.


Nesta terça-feira, 21 de julho, foi homenageado pela Câmara Municipal e por representantes do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Brasiléia, cidade onde morreu.

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