Museu Casa Branca

Dez anos depois de ter passado pela última reforma de sua estrutura física, em março de 1998, ainda na primeira administração do prefeito Júlio Barbosa, o prédio do Museu Casa Branca não se encontra hoje nas suas melhores condições, apresentando vários pontos de deterioração na parte de madeira e na pintura.

O aspecto físico, no entanto, não é o maior problema do patrimônio. Na realidade, o prédio está longe de parecer com o que se chama, propriamente, de um museu, mais parecendo um velho casarão abandonado, onde se pode encontrar algumas peças da época da Revolução Acreana, dispostas de maneira desorganizada.

Tombada como patrimônio histórico e cultural do município em 1996, por projeto de lei do então vereador Vanderley Viana, a Casa Branca foi construída em 1910 - para servir como hotel e restaurante - e, de acordo com o historiador Marcos Vinicius Neves, nunca foi intendência boliviana como tenta fazer crer a placa abaixo.



No interior do prédio, está também o que restou do acervo da velha Biblioteca Pública de Xapuri. Na foto abaixo, uma demonstração de total falta de juízo de quem utilizou um termômetro de 1912 para firmar as pernas de uma velha mesa onde estão expostos alguns documentos antigos.



No lado de fora, na praça que leva o nome do comandante da Revolução Acreana, está exposto o primeiro gerador de energia que iluminou Xapuri, na década de 1940, e que tinha como operador da usina o cidadão xapuriense Elias Cher Sarkis, na administração do prefeito Minervino Bastos.



A Casa Branca também já foi sede da Banda de Música Dona Júlia Gonçalves Passarinho, outro patrimônio xapuriense que está relegado ao abandono. Na próxima administração municipal, o prédio, que é um dos cartões postais da cidade, deve voltar a abrigar algumas iniciativas em favor da cultura local.