O desmatamento na Amazônia caiu cerca de 8% no mês de outubro em relação a setembro deste ano, segundo levantamento divulgado nesta sexta-feira, 5, pelo Inpe. Já o desmatamento anual, medido entre agosto de 2007 e julho de 2008, pelo Prodes, cresceu 3,8%.
O desmatamento na Amazônia diminuiu cerca de 8% no mês de outubro em relação a setembro, segundo levantamento divulgado nesta sexta-feira (5). Segundo o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), foram devastados 541 km² da Amazônia contra 587 km² registrados no mês anterior. Em agosto, foram desmatados 756 km². Do total devastado em outubro, a maior parte foi registrada nos Estados de Mato Grosso (233 km²) e Pará (218 km²).
A devastação diz respeito a áreas de corte raso - remoção total da cobertura florestal em um curto intervalo de tempo - e degradação progressiva - é um processo gradativo, com perda parcial e contínua da floresta.
O desmatamento no ano
O desmatamento anual da Amazônia, medido entre agosto de 2007 e julho de 2008, cresceu 3,8%. Os dados do Prodes (Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal) foram divulgados no último dia 28. Mas na avaliação do ministro Carlos Minc, a tendência é de queda na davastação
No último dia 28, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, já havia adiantado que o desmatamento de outubro teria queda de cerca de 10%. Minc afirmou na época que ações como a aprovação da Lei de Crimes Ambientais, o bloqueio de crédito a produtores que desmatam ilegalmente e a fiscalização reforçada em 36 municípios com os maiores índices de desmatamento evitaram um crescimento maior no índice de desmatamento.
Sistema de registro
Os dados divulgados hoje foram colhidos pelo sistema Deter (Detecção do Desmatamento em Tempo Real), que é considerada uma ferramenta de suporte à fiscalização. O sistema só detecta áreas devastadas com tamanho superior a 25 hectares.
Segundo o Inpe, os dados não representam uma avaliação fiel do desmatamento mensal devido à resolução das imagens de satélite e da cobertura de nuvens que variam de um mês para o outro. Os satélites deixaram de verificar 33% da Amazônia Legal em outubro devido às condições de visibilidade. "Estados como o Amapá, e parte do Amazonas e Pará, por exemplo, não puderam ser monitorados adequadamente, pois apresentaram um alto índice de cobertura de nuvens no período", indicou o Inpe. Por estas razões, o instituto prefere considerar os números apenas tendência do desmatamento.
Por causa do aumento da intensidade de nuvens na Amazônia, previsto para os próximos meses, o Inpe vai interromper a divulgação dos dados do Deter. "Todos os dados apurados pelo Deter neste período serão publicados até o final de fevereiro [de 2009], assim como o respectivo relatório de avaliação", informou o instituto.
Do Uol Notícias, com informações da Agência Brasil.
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