Recebi um telefonema, ontem à tarde, do cientista político Ermício Sena, me deixando a par de uma história confusa de que um jornalista de Rio Branco, de nome que ele não soube informar, estaria atribuindo a mim informações caluniosas e prejudiciais à memória do líder sindical Chico Mendes. Eu seria a fonte das informações ou teria publicado aqui neste blog algo neste sentido.
Não sei de quem se trata o tal jornalista, mas conheço o assunto. Trata-se da questão entre a aposentada Carmem Rodrigues Moreira que afirma há algum tempo que o líder sindical não lhe pagou pela compra da casa onde viveu e foi assassinado em 1988, e a viúva do seringueiro, Ilzamar Mendes, que já ganhou uma causa na justiça contra a aposentada.
Tratei do tema aqui no blog na postagem intitulada Polêmica e desconheço qualquer conteúdo calunioso no texto que publiquei. Como a polêmica era - e ainda é - bastante comentada na cidade, relatei as alegações da professora aposentada e confrontei com a argumentação de Ilzamar Mendes, que havia prestado informações ao jornalista Gilberto Lobo, autor de reportagem sobre a questão.
Segundo Ilzamar, as acusações de Carmem Rodrigues são infundadas. A viúva apresenta documentação comprobatória de que os débitos referentes à casa foram quitados e informa que a aposentada já havia sido condenada em ação na justiça por denegrir a imagem do líder sindical. Portanto, o que fiz foi cumprir com a obrigação de colocar luz sobre os fatos boatados na cidade e não prejudicar a imagem de Chico Mendes e de seus familiares.
O jornal Página 20, na sua edição desta terça-feira (4), traz uma reportagem sobre o assunto que também se refere a uma suposta reportagem caluniosa sem citar os autores (Carmem sofre novo processo por mentir sobre casa de Chico Mendes). Que fique claro que não há erro em dar espaço às afirmações da aposentada. Erro seria não garantir o direito ao contraditório à viúva Ilzamar para que ela pudesse apresentar os argumentos e documentos que possui.
Na foto, do Página 20, Ilzamar apresenta documento que comprova que Chico Mendes realmente pagou pela casa que comprou de Carmem Rodrigues.
Esta é verdade dos fatos. O resto é puro melindre ou total incapacidade de interpretar um texto escrito.
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