sábado, 29 de novembro de 2008

A maldição do samba



Hoje é sábado, dia de pagode no chapéu-de-palha do professor Julinho Figueiredo. O ex-atleta, além de professor de educação física, é dono de letras de sambas de enredo que já fizeram sucesso em carnavais do tempo em que havia alguma vida inteligente à frente dos destinos da cidade de Xapuri.

Reza, no entanto, uma lenda de que as letras do professor Julinho trazem consigo uma espécie de maldição: os homenageados pelas composições costumam morrer logo que os sambas ganham o gosto popular. Constam como exemplos os históricos Canela Varredor, Hélio Rodrigues e outros.

Julinho Figueiredo afasta as desconfianças sobre suas letras com um argumento que considera convincente. "Homenageei dona Zélia Abuache em uma composição e ela está aí, vivinha da silva". Por via das dúvidas, não há alma vivente em Xapuri que deseje ser lembrado pelos arroubos músico-poéticos do ex-jogador de futebol.

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