Um dos mais prestigiados centros internacionais de pesquisa, o Instituto Evandro Chagas está dando este ano dois passos da maior importância para a ampliação do conhecimento científico na Amazônia. Um deles já está em movimento e começa exatamente agora a produzir ações concretas: a criação de uma unidade descentralizada em Rio Branco, capital do Acre. A outra – a transformação do Instituto em Fundação, nos mesmos moldes da Fiocruz (RJ) –, está ainda condicionada a procedimentos burocráticos e na dependência de decisão do Congresso Nacional, o que é um complicador a mais em ano de eleições. “Mas nada impede que a gente possa esperar um milagre”, afirma com uma ponta de confiança a diretora do IEC, Elisabeth Santos.
Para a implantação da unidade no Acre, lembra a diretora do IEC que os entendimentos começaram em meados de 2008, numa conversa que ela teve com o senador acreano Tião Viana (PT). O projeto foi recebido com entusiasmo pelo senador, conforme admite Elisabeth Santos. As conversações não evoluíram mais rapidamente na época, porém, porque ela estava então direcionando o máximo de seus esforços para a solução de dois problemas antigos, que causavam graves prejuízos ao desempenho do Instituto: a aprovação de um plano de carreira para os pesquisadores e funcionários e a realização de concurso público.
No ano passado, com o equacionamento dos dois problemas – a prova do concurso vai ser realizada no próximo dia 25 de abril, para o preenchimento de 396 vagas, sendo 120 para pesquisadores –, as conversações foram retomadas. Nessa nova audiência, Elisabeth Santos encontrou na companhia de Tião Viana o secretário de Saúde do Acre, Osvaldo de Souza Leal, e o diretor do Laboratório Central do Estado, Tiago Viana. Para praticamente concluir as negociações, os dois vieram a Belém duas semanas depois, no início de novembro.
No mês seguinte (dezembro), a diretora do IEC foi a Rio Branco para uma visita protocolar às autoridades locais, às quais fez a entrega de uma correspondência de apresentação do instituto e comunicando seu interesse em implantar naquela capital uma unidade descentralizada. As visitas se estenderam aos órgãos de governo ligados à área de saúde, nas três esferas de poder, ao Ministério Público (Federal e Estadual) e à Universidade Federal do Acre.
Leia a reportagem completa no Diário do Pará.
Nenhum comentário:
Postar um comentário