domingo, 19 de junho de 2011

Sugestão de cinema

apocalypto

Assisti, neste final de semana, o vibrante filme Apocalypto, de Mel Gibson (2006).

O filme é um emocionante épico histórico que se situa nos minutos finais da estranha civilização Maia, que avança sobre os povos vizinhos escravizando-os com o fim de serem usados em sacrifícios humanos ao deus Sol. O enredo conta a saga de Pata de Jaguar (Jaguar Paw), que vive atormentado pelo medo depois de ver outros povos terem suas terras devastadas e serem escravizados.

Antes de ser capturado pelos Maias, Pata de Jaguar, consegue esconder o filho e a esposa grávida dentro de um buraco. É o amor pela família que lhe dá forças para escapar da morte certa, se livrar de seus perseguidores, voltar ao lugar onde a mulher já havia dado à luz seu outro filho, salvá-los, e ir em busca de um novo começo. O filme termina no momento em que caravelas começam a aportar na praia.

O filme é muito bom e traz alguns momentos de reflexão com relação ao futuro da humanidade. Um desses momentos ocorre quando, sentados ao redor de uma fogueira, os índios ouvem os ensinamentos de um ancião que lhes conta a seguinte fábula:

E o Homem sentou sozinho, numa tristeza profunda. E todos os animais sentaram e disseram: "Não gostamos de ver você tão triste. Peça-nos o que quiser e você o terá."

O Homem disse: "Quero ter boa visão."

A águia respondeu: "Terá a minha."

O Homem disse: "Quero ser forte.

A onça disse: "Vai ser forte como eu."

Então o Homem disse: "Quero saber os segredos da Terra.”

A serpente respondeu: "Vou revelá-los a você."

E assim foi com todos os animais. E quando o Homem tinha tudo que eles podiam dar ele partiu. E então a coruja disse aos outros animais: "Agora o Homem sabe muito e pode fazer muitas coisas. De repente tenho medo."

A corça disse: "O Homem tem tudo de que precisa. Agora sua tristeza vai acabar."

Mas a coruja respondeu: "Não. Eu vi um vazio no Homem. Grande como uma fome que ele nunca vai saciar. É isso o que o deixa triste e isso o que o faz querer mais. Ele vai pegando e pegando, até um dia em que o mundo dirá: 'Não mais existo e nada mais tenho para dar'."

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