Sempre fui apaixonado por rios. Talvez por ter crescido nas barrancas do rio Acre e navegado muito suas águas eu tenha tanta fascinação por esses cursos naturais que cortam a Amazônia deixando marcas tão profundas na vida e na própria identidade daqueles que povoaram suas margens. É pena que, como retribuição, tenhamos, de modo contrário, marcado os rios com tanta destruição e menosprezo.
Na viagem que fiz à região do Juruá, na semana passada, realizei o sonho de conhecer alguns rios que existiam apenas no meu pensamento. Eu ficava imaginando se eram maiores ou menores que o meu rio Acre e se como tal seriam tão maltratados. Voltei deslumbrado com a beleza do que vi e também triste de perceber que o descaso com os rios não é exclusividade dos habitantes do baixo e alto Acre.
O rio Envira, da imagem acima, é o último a ser atravessado por balsa no trajeto entre Rio Branco e Cruzeiro do Sul. E por pouco tempo. A ponte que liga os dois lados no município de Feijó já está quase pronta, restando apenas a conclusão das duas cabeceiras para que os veículos comecem a transitar tornando um pouco mais rápida uma viagem que atualmente pode ser feita em um tempo médio de 10 horas.
Na imagem abaixo, o rio Purus, que nas aulas de geografia, ainda nas quatro primeiras séries, eu ouvia uma professora ensinar repetidamente que era ali onde o rio Acre desembocava, no município amazonense de Boca do Acre. Último grande afluente da margem direita do rio Solimões (nome dado ao rio Amazonas antes do encontro com o rio Negro), o Purus é um dos rios mais bonitos e sinuosos da Amazônia.
Mais abaixo, o rio Gregório, que corta terras onde vivem os povos Katukina e Yawanawá, do tronco étnico Pano, em Tarauacá. Os Katukina vivem também em outra porção de terra, no igarapé Campina. A terra indígena do rio Gregório foi a primeira demarcada no Estado do Acre, em 1983, e homologada definitivamente em 1991, enquanto a terra indígena Campinas foi demarcada em 1984 e homologada em 1993.
Ainda na ponte do Gregório, o blogueiro mais simpático do Acre posa para a posteridade.
“A vida é um rio e nós somos canoas”.
2 comentários:
Não ofusque a beleza dos rios meu nobre!! rsrsrsr, brincadeira. Só quero lhe parabenizar pelas postagens feitas durante a viagem. Deram belas leituras. Seus leitores e eu, ficamos a companhando suas peripércias pelo Juruá. É um cantinho do Acre que todo acreano deva querer conhecer. Espero um dia também poder desbravar a "grande 364" e conhecer lugares que só imaginamos como é.
Forte abraço meu amigo "velho" e seja bem vindo de volta à "terrinha".
ESSA TUA VIDA É FODA EM. TU GANHA BEM MAIS EM COMPENSAÇÃO SE DIVERTE.KKKKK
INVEJA DO CACETE
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