Eduardo de Souza
Big Raimari. Cá com meus botões, lendo as contendas, debates, opiniões sobre Xapuri, de ontem, hoje e sempre, divulgadas no seu Blog, resolvi entrar também no “caldeirão”, tipo meio “entrar de gaiato no navio”, com sua permissão, obviamente.
Muito salutar essa Ágora Xapuriense acontecendo dentro das regras democráticas, as vezes com temperaturas um tanto acima da média, mas nos conformes da etiqueta, da ética, como todo bom debate. Como você bem descreveu, XAPURI VALE UMA BOA BRIGA, e como vale!!
Pegando carona na literatura, eu ousaria até parafrasear Cervantes, tornando Xapuri nossa Dulcinéia (personagem do livro Dom Quixote de La Mancha), musa inspiradora do cavaleiro andante, que na descrição do escritor espanhol, afirma:
“...por sua qualidade hão de ser, pelo menos, Princesa, pois é Rainha e senhora minha; sua formosura sobre humana, pois nela se realizam todos os impossíveis e quiméricos atributos de formosura, que os poetas dão as suas damas...”Vamos ser todos Dom Quixotes da vida, a defender nossa Dulcinéia. O ditado popular diz que panela que muitos mexem ou sai insossa ou salgada, no caso vamos burlar essa máxima e tentar acertar esse tempero na medida certa, a causa é mais que justa.
Repetindo o que comentei outro dia, com o xapuriense Éden Mota, num e-mail, não me venham ingênuos de plantão dizer que quem mora fora de Xapuri, não tem “direito” de opinar. Minha ligação com Xapuri é INTRANSFERÍVEL, além do fato de ter residido na city por mais de 12 anos, de ter tido ótimas e excelentes passagens enquanto morei na cidade, experiências profissionais e pessoais inesquecíveis, foi onde minha filha Izadora nasceu. Tenho um apreço especial por Xapuri.
Das comparações, analogias e/ou sugestões feitas por xapurienses me chamou atenção a do Carlos Estevão. Num de seus esclarecimentos ele escreve como gostaria de ter visto o prefeito “chateando” secretários de estado (no bom sentido e dentro do respeito), alguns deles xapurienses, indo mais a Brasília com bons projetos, cavando recursos nos ministérios, alguns a fundo perdido, cobrando mais os parlamentares, cutucando, provocando mais órgãos como Suframa, CEF, BNDES, enfim, mais atividade na área. Achei relevante essa tomada do economista xapuriense. Um caso a refletir, na minha modesta opinião.
Não quero aqui minimizar o que já foi feito e está sendo feito de bom na cidade, dentro das possibilidades, como disse o Haroldo Sarkis, longe disso, mas acho que Xapuri pode mais, tem cacife para reivindicar muito mais do que já foi feito, e ainda é tempo, sempre existe tempo quando o bem comum é o objetivo principal.
Particularmente, gostaria de ver mais gente nesse “caldeirão” do bem, opinando, sugerindo, dentro das suas respectivas óticas. Que tal outros nativos da terra dando “pitacos”, como bem o fez o Sérgio Roberto?
Que tal mais “Dom Quixotes” e, porque não, “Dulcinéias” também, aqui nessa Ágora Xapuriense que o Raimari edificou no seu Blog? Tenho até propostas de nomes, alguns com apelidos, todos conhecidos xapurienses que espero não se aborreçam por serem citados por mim. O fato de nomear alguns que lembro no momento, não os obriga a proferir suas ideias ou entrar nesse “caldeirão”. Minha intenção é apenas estimular mais debate, mais ideias, esquecendo filiações partidárias que possam existir ou antagonismos que não levam a nada, objetivando tão somente o bem comum da nossa “Dulcinéia”.
Nos “Dom Quixotes”, eu citaria, por exemplo, o Badaró, o Bila, o Fefa, o Paulinho, o Broca, os Sarkis como o Andrias, Tadeu, Afonso. No lado das meninas, que tal adentrando na Ágora a Dorotéia, a Vaniscléia, Vanúbia, a Rannife, a reserva moral e cultural na pessoa da prof.ª Euri Figueiredo. Talvez isso seja uma ideia maluca minha, e claro, existem muitos, muitos outros nomes de homens e mulheres de bem na cidade, mas como disse, são apenas sugestões para mais gente nesse debate, nessa “briga”.
O Raimari tem toda razão, XAPURI VALE UMA BOA BRIGA! Habilite-se quem quiser nesse “caldeirão”. A democracia agradece.
Eduardo de Souza é cirurgião dentista, potiguar, radicado em Rio Branco depois de ter vivido 12 anos em Xapuri, onde foi professor de língua inglesa, gerou sua única filha, Izadora, e bebeu muita água do Rio Xapuri na companhia do saudoso Chico Silva.
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