sábado, 17 de outubro de 2009

Na hora errada, no lugar errado

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O último dia 13 de outubro, uma sexta-feira, foi uma data para nunca ser esquecida na vida da estudante Thailane Dantas da Silva Nascimento, 18. Aluna do 3º ano do Ensino Médio da Escola Divina Providência, a garota conta que dobrava as roupas do irmão, Thales, que acabara de ser preso em um flagrante de tráfico de drogas, feito pela Polícia Civil de Xapuri, quando os agentes voltaram ao local da apreensão e prenderam mais quatro pessoas, entre elas Thailane e uma prima, menor de idade, que a acompanhava naquele momento.

A estudante afirma que estava em hora e lugar errado quando os policiais chegaram à residência e efetuaram a prisão. Sem entender direito o que estava ocorrendo, ela e sua prima foram algemadas e levadas para a delegacia junto com dois homens que estavam no local, Ítalo Ferreira da Silva e um menor de idade. As garotas passaram cerca de 6 horas detidas e foram liberadas após a polícia averiguar que as mesmas não tinham relação com a venda de drogas naquela localidade.

Preocupada com a repercussão que episódio teve na cidade, por envolver jovens bastante conhecidos, e com o fato de seu nome ter sido divulgado na imprensa com envolvimento no caso, ela procurou o blog para dar sua versão dos fatos e esclarecer para toda a sociedade que, apesar de estar naquele local no momento em que a polícia chegou, nada tem a ver com tráfico ou consumo de drogas. Thailane diz que a experiência foi muito traumática e que está tendo dificuldades para dormir e ir à escola.

- Foi muito traumático para mim tudo o que aconteceu. Não consigo dormir direito e tenho tido dificuldade de ir para a aula. Sou uma pessoa humilde, mas tenho coragem para trabalhar e sou totalmente contra quem vende ou consome drogas. Peço para que ninguém me julgue para que não sejam julgados também, disse ela.

A história de Thailane é mais um exemplo de como a droga está destruindo a juventude de Xapuri. Mesmo inocente no caso, ela sofre as consequências do envolvimento do irmão com o tráfico. Mais uma prova de que há de se fechar o cerco contra aqueles que dominam o comércio de entorpecentes na cidade. Muitos desses jovens, muitos deles menores de idade, são recrutados por gente maior, que raramente cai nas mãos da polícia. 

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