terça-feira, 20 de outubro de 2009

Antoine Olivier e J. L. Bulcão

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O fotógrafo brasileiro J. L. Bulcão, radicado em Paris, conhecido pelo seu trabalho em grandes agências internacionais e algumas das principais revistas do Brasil, como a extinta Manchete e Veja, está de volta a Xapuri, onde no ano passado realizou um trabalho sobre o universo dos 20 anos da morte do líder sindical Chico Mendes.

Desta vez, ele está acompanhado do designer fotográfico Antoine Olivier, francês radicado faz 6 meses no Rio de Janeiro. Bulcão fotografará para um trabalho de Antoine - ele não aprecia ser chamado de Olivier - sobre as pessoas que vivem na (e da) floresta sem ameaçá-la de destruição.

Demonstraram surpresa quando falei da "crise" do extrativismo e da presença do gado na Reserva Extrativista Chico Mendes. "Então vamos embora que acabou nossa reportagem", disse Bulcão, antes de pegarem a estrada para a colocação Fazendinha, seringal Cachoeira, onde está o Projeto de Assentamento Extrativista Chico Mendes.

No caso do Acre, o principal alvo do trabalho de Antoine, que resultará em livro-exposição, é a atividade da extração da seringa. Eles irão a outros estados da Amazônia Legal para produzir sobre outras atividades. O guaraná, em Maués, no Amazonas; o açaí, no Pará; e o babaçu, na região do Bico do Papagaio, no norte do Tocantins.

Bulcão já é acostumado com a Amazônia. No final da década de 90, ele percorreu um trecho da estrada Transamazônica de 198 quilômetros de buracos e atoleiros – devidamente fotografados. Na sua página na internet http://www.jlbulcao.com/ você encontra imagens fantásticas da vida e da destruição na Amazônia.

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