Montezuma Cruz
Está de volta no Senado Federal a polêmica criação de um fuso horário único no País, que proporciona algumas vantagens, mas leva um caminhão de problemas à Amazônia. A hora legal brasileira é fixada com três horas de atraso em relação ao Meridiano de Greenwich, que passa sobre a localidade do mesmo nome, nos arredores de Londres (Reino Unido). Por convenção, este meridiano divide o globo terrestre em ocidente e oriente, permitindo a medição da longitude e a criação dos fusos horários no mundo.
Em entrevista, hoje, o autor da proposta, senador Arthur Virgílio (PSDB-AM), descartou um possível plebiscito para debater o assunto, algo sugerido por políticos acreanos, insatisfeitos com o senador Tião Viana (PT-AC), que apresentou o primeiro projeto para diminuir o fuso daquele estado em relação ao horário de Brasília.
"Se for por aí, daqui a pouco vão querer plebiscito para o que eu corte o cabelo, ou não", brincou Virgílio. Ele acredita que a unificação de horários beneficiará diretamente às populações que atualmente têm horários diferentes da hora legal (horário de Brasília). Uma das vantagens, conforme o senador, é "a maior integração econômica, especialmente bancária".
Depois de ter mantido durante décadas quatro horários diferentes, dependendo da região, o Brasil conta desde abril do ano passado com três faixas: o horário de Brasília (maioria dos estados), o horário dos estados localizados mais a Oeste (Amazonas, Acre, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Roraima), e o horário do arquipélago de Fernando de Noronha.
O projeto (PLS 486/08) tem parecer favorável do relator, senador Gim Argello (PTB-DF). Se for aprovado, ainda irá ao exame da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional.
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