Briga política relacionada à disputa pela direção do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri tem continuidade mesmo depois de realizada a eleição, que no dia 30 de maio passado deu vitória à sindicalista Dercy Teles Carvalho Cunha. A chapa 2, encabeçada pelo petista Francisco de Assiz Monteiro, requereu à comissão responsável pelo processo de eleição a anulação do resultado do pleito sob a alegação de que houvera irregularidades.
Segue mensagem divulgada por Dercy nesta semana, denunciando supostas manobras políticas do grupo adversário para anular as eleições:
"Mais uma vez dirijo-me ao seu blog para denunciar as manobras adotadas pela Chapa 01, denominada "Unidos na Luta", derrotada nas eleições do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri no último dia 30, embora contasse com total apoio do governo do Acre e da prefeitura de Xapuri.
No dia do pleito, estiveram presentes em Xapuri cinco secretários de estado e foi dispensado à chapa derrotada todo apoio institucional concernente ao transporte dos trabalhadores, sendo usados carros do município e do estado, e até mesmo do governo federal, como foi o caso do carro do Ibama, que também estava a serviço dos mesmos.
Apesar disso, foram derrotados porque a maioria dos trabalhadores soube separar o joio do trigo, em que pese as calúnias e difamações que foram feitas a nosso respeito. Perderam, mas não se deram por satisfeitos. Apesar da eleição ter ocorrido no dia 30, somente no dia 4, cinco dias depois, o cidadão que presidiu a comissão eleitoral apareceu com uma ata na qual consta que não foi homologada a posse dos eleitos.
Ao ser questionado, apresentou um requerimento impetrado pelo candidato da chapa 01, alegando irregularidades no processo eleitoral. Segundo consta na ata, esse requerimento deu entrada após a divulgação do resultado da eleição. Porém, o presidente da comissão deu por recebido às 16h45 do dia 30. Mas os demais membros da comissão não tomaram conhecimento do mesmo. O candidato da chapa 01 já pedia no requerimento que não fosse homologada e nem empossada a chapa vencedora.
Vejamos as contradições: na hora que o presidente da comissão deu recebido ao requerimento, ninguém sabia quem eram os eleitos, pois sequer tinha encerrado a votação. Então está claro que tudo foi forjado porque, no decorrer da apuração, além dos fiscais, havia dois advogados. Eu também estava na mesa e não vi a entrega desse requerimento.
No requerimento o candidato da chapa 01 relacionou os motivos da irregularidades:
1º - Que votaram vários fazendeiros, inclusíve citando total de cabeças de gado e hectare de terra que cada um possui;
2º - Que outros são taxistas , professor, auxiliar de enfermagem ou apenas moram na cidade e não tem vinculo com zona rural.
Vale ressaltar que a maioria dessas pessoas, mesmo não morando na zona rural, todas elas são proprietárias de área rural, estando na mesma condição do referido canditato, e da maioria dos componentes de sua chapa, que detém uma propriedade rural mas mora na cidade.
Com relação aos fazendeiros que o candidato se referiu, ressaltamos que os mesmos só estão sendo questionados agora, porque deixaram de fazer parte da sigla partidaria do candidato. Todos esses fazendeiros filiaram-se ao sindicato quando o mesmo era gerido pelo grupo a qual o candidato derrotado pertence, que administrou a organização por 17 anos - não só o sindicato, mas as entidades de Xapuri, inclusive a prefeitura, sendo que todas ficaram falidas.
Outro fator que revela a falta de honestidade na condução do processo eleitoral, tanto do candidato já mencionado quanto do cidadão que presidiu a comissão, é o fato deles só terem mencionado os nomes de pessoas que são suas adversárias partidárias. Porque essas pessoas não foram as únicas que moram na cidade que votaram. É muito mais: porque vereador da situação, ocupantes de cargos comissionados, tanto do gaverno do Acre como da prefeitura de Xapuri, não foram citados. Por que?
Por tudo isso, nós da chapa eleita democraticamente no último dia 30, denunciamos e repudiamos a farsa que aqueles que tratam as pessoas de companheiros tramaram contra a diretoria eleita e os trabalhadores que o elegeram por vontade própria, por entenderem que nós os representamos durante os três anos de nosso primeiro mandato, com muito respeito, responsabilidade e honestidade.
Concorremos numa condição humilde e pacífica, contando apenas com a confiança que adquirimos ao longo dos três anos que conduzimos a entidade. Ganhamos a eleição porque construímos mérito ao longo de nossa vida. Não temos nada a temer, porque não devemos até hoje nada que nos envergonhe perante a sociedade xapuriense.
Mas confessamos a nossa indignação com aqueles que posam de defensores dos trabalhadores, mas quando vêem seu poder de controle ameaçado, se utilizam dos métodos mais inescrupulosos e injustos para conseguir seus objetivos pessoais, que é o de retomar o controle do sindicato a qualquer custo e de continuar usando os trabalhadores como massa de manobra.
Nós, da diretoria eleita, exigimos exigimos respeito e estamos decididos a lutar até as últimas conseqüências em defesa dos direitos dos trabalhadores, sobretudo o direito de escolher seus representantes sem interferências externas, respeitanto o que preceitua nosso estatuto.
Agradeço-lhe antecipadamente,
Dercy Teles de Carvalho Cunha"
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