segunda-feira, 15 de junho de 2009

Do outro lado do rio



Do outro lado do rio Acre, em Xapuri, está o bairro Sibéria, comunidade das mais organizadas e lutadoras por melhores condições de vida. Foi lá onde nasceu a Saboaria Xapuri, iniciativa comunitária premiada por mais de uma vez, mas que a despeito disso ainda não conseguiu deslanchar como alternativa de geração de emprego e renda por pura falta de apoio governamental.
Na última semana, a associação de moradores do bairro Sibéria realizou pelo sexto ano seguido a festa do aniversário de fundação da organização, evento que já faz parte do calendário cultural de Xapuri. De acordo com João Jorge Cosmo da Silva, eterno presidente da associação, esta foi uma das melhores festas já realizadas. "Não houve nenhuma ocorrência policial", comemorou ele.
O nome do bairro vem do seringal Sibéria, de onde seringueiros e seringalistas, ao viajar para a cidade, guardavam neaquele local seus animais e suas mercadorias, enquanto resolviam seus negócios em Xapuri. Construíram, então, por volta da primeira década do Século XX, naquela margem do rio Acre, uma arrearia, espaço feito de madeira roliça e coberto com palhas.
As terras pertenciam ao Sr. Armando Braga, que residia em Belém-PA, que vinha vistoriá-las uma vez por ano. Essas eram doadas aos seringueiros que, por motivos diferentes, ali chegavam à procura de moradia. Era através do Sr. Raimundo Soares Cavalcante – na época gerente do Seringal Bosque – que as terras eram transferidas aos seringueiros. Para saber mais sobre as origens do bairro Sibéria visite o site História Multimídia de Xapuri, de onde coletei essas informações.

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