terça-feira, 20 de janeiro de 2009
Salve, São Sebastião!
Cerca de 20 mil pessoas, de acordo com estimativa da Polícia Militar, participaram da procissão de São Sebastião, em Xapuri, na tarde desta terça-feira. Desde as primeiras horas da manhã, os milhares de fiéis que lotaram a cidade passaram pela igreja do soldado cristão que desafiou o império romano em nome da fé.
Durante todo o período que antecedeu a procissão, devotos permaneceram na igreja fazendo preces e oferecendo ex-votos à imagem postada ao lado direito do altar sagrado. A movimentação de pessoas aumentava com a proximidade do horário da missa que todos os anos antecede a saída do santo da igreja.
Na praça São Gabriel, localizada em frente à igreja, reinaugurada ontem para a festa deste ano, os fiéis se preparavam para o momento esperado de agradecer ao santo pelos pedidos atendidos. Pessoas descalças, umas trajando roupas vermelhas, outras nuas da cintura para cima, repetiam um ritual que completou 107 anos de história.
Por volta das 16 horas, uma grande multidão acompanhava a missa do lado de fora da igreja através dos carros de som distribuídos por vários locais da praça e das ruas próximas. A procissão saiu da igreja de São Sebastião às 17h14m e ganhou corpo no decorrer do trajeto de pouco mais de três quilômetros pelas principais ruas da cidade.
No percurso, quatro paradas tradicionais: no ginásio de esportes Álvaro Mota, onde o padre Francisco das Chagas proferiu mensagem à juventude; no museu Casa Branca, onde foi lembrada a Revolução Acreana; na praça de São Sebastião, quando o pároco pediu proteção do santo aos xapurienses; e no hospital da cidade, onde o padre rezou pelos enfermos.
Muita gente acompanhou o cortejo das sacadas e varandas das casas. Nas ruas do centro comercial, o raro momento em que os muitos bares que povoam essa região da cidade param em respeito à passagem do santo padroeiro. Ao final da procissão, de volta à igreja, o padre Chagas abençoou e se despediu dos romeiros que participaram de mais uma festa do santo padroeiro.
Problemas
A procissão deste ano foi marcada por alguns fatos inusitados e outros recorrentes. Numa das quatro paradas programadas, o inusitado: o caminhão de som que puxava o cortejo passou do ponto combinado, interrompendo a caminhada por alguns minutos, tempo que o padre aproveitou para conceder entrevista a uma emissora de TV.
O fato recorrente foi a péssima sonorização que mais uma vez prejudicou o andamento da procissão. Apesar da melhor qualidade dos carros de som contratados este ano, em vários pontos ocorreram interferências e perda de volume do áudio emitido pelo equipamento. Outro contratempo foi causado pelas falhas do microfone sem fio utilizado pelo padre.
Uma pane da operadora de telefonia Brasiltelecom - fato comum nos últimos tempos - causou prejuízos à transmissão da emissora de rádio local. Por cerca de uma hora os telefones fixos e celulares ficaram totalmente mudos na cidade. O problema tornou a transmissão precária e deixou os ouvintes em alguns momentos sem saber o que estava acontecendo durante a procissão.
Apesar dos problemas, a festa mostrou que continua forte e deve continuar movimentando a cidade até o próximo final de semana. O prefeito Bira Vasconcelos estima que R$ 1 milhão circulem no comércio local durante o período dos festejos. Os marreteiros tem permissão da prefeitura para permanecer até o dia 26, sem prorrogação de prazo.
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