O jornal Ac24horas (leia aqui) dá como certo o fechamento da fábrica Pisos Xapuri, localizada na BR-317 a cerca de 15 quilômetros de Xapuri. De acordo com o jornal online, o investimento, que custou mais de R$ 32 milhões, fecha as portas, demite 80 funcionários e se torna o primeiro grande fracasso da era industrial acreana.
O governo, através do secretário de Indústria e Comércio, Edvaldo Magalhães, negou que a fábrica esteja fechando, mas apenas passando por uma mudança na composição societária formada pelas empresas Albuquerque Engenharia, Madeireira Ouro Branco e Laminados Triunfo. Com a redefinição, segundo Magalhães, o controle da indústria ficaria nas mãos apenas da última, a Laminados Triunfo.
Sobre as demissões, assunto sobre o qual se formou rumor em Xapuri no começo do mês de julho, conforme foi noticiado aqui no blog, o secretário afirmou que a medida se constitui apenas numa questão burocrática e que os funcionários que estão de aviso prévio serão recontratados após a redefinição administrativa da fábrica.
Através de contato mantido agora há pouco com um dos funcionários de aviso prévio, fui informado de que a maior parte deles foi dispensada nesta tarde devendo, segundo orientação da gerência, retornar no próximo dia 20 de julho para assinar a rescisão contratual. A informação dada a esses funcionários é de que serão recontratados a partir do dia 15 de agosto pela empresa que permanecer no controle da fábrica.
Outra parte dos funcionários permanecerá trabalhando até o dia 20 de julho recebendo por diária. O serviço, segundo a mesma fonte, se resume a tarefas como organização dos espaços e limpeza de máquinas, o que significa que não está havendo, no momento, nenhum funcionamento relacionado com o processamento de madeira.
Quando divulguei aqui no blog, no dia 5 de julho, a informação de que poderia haver demissão em massa de funcionários da fábrica, o secretário de Floresta do governo, João Paulo Mastrângelo, também negou que haveriam demissões e descartou qualquer possibilidade de a indústria parar o seu funcionamento.
“A fábrica vai entrar em um momento de reavaliação do processo de aquisição da matéria-prima, mas continua funcionando normalmente”, afirmou ele.
O secretário explicou também que o fato de os funcionários estarem de aviso prévio não passava de uma estratégia comum em indústrias desse tipo de atividade em época de entressafra, não significando, necessariamente, que os trabalhadores contratados pela indústria fossem demitidos.
Resta aguardar pela posição oficial do governo a respeito da situação por que passa o empreendimento industrial que chegou a ser considerado, junto com a fábrica Natex, como a redenção da economia florestal do Acre e como alternativa para o escasso mercado de empregos formais do município de Xapuri.
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