Recebo telefonema nervoso do sempre bem informado “João do Jornal” dando conta de que a Casa de Leitura Chico Mendes fora invadida no último sábado por dois cavalos que, como lembrança da visita inesperada, deixaram a área externa repleta de esterco fresco e mal cheiroso. A informação coincidiu com a leitura do Desabafo do jornalista Silvio Martinello, que esteve em Xapuri na quarta-feira da semana passada.
A Casa de Leitura, assim como a casinha onde Chico viveu e morreu e a fundação que também leva seu nome, estão efetivamente fechadas desde que a relação entre a família do seringueiro e o governo do Estado, mantida à base de convênios para a manutenção e funcionamento dos espaços de memória, azedou por razões como falta de prestação de contas e denúncias de improbidade na gestão dos recursos.
Antes de chegar ao ponto de ser frequentada por equinos, a Casa de Leitura atendia a crianças e adolescentes do município não somente como espaço de leitura e videoteca, mas também com um projeto de inclusão digital que envolvia principalmente pessoas de baixa renda residentes nas zonas urbana e rural. Iniciativas importantes para a terra de Chico Mendes que infelizmente estão indo por águas abaixo.
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