Estou em Brasiléia, nesta segunda-feira, dando uma ajustada na saúde. Aqui, fui informado que boa parte da população do município não está satisfeita com a mão única da ponte que liga a cidade à vizinha Epitaciolância.
A ponte é metálica com pista de rolamento em madeira. O tráfego é controlado por semáforo e o tempo de espera é relativamente pequeno. Quem a atravessa a pé sente um inevitável desconforto pelo balançado causado pela passagem dos carros.
Na pracinha em frente à Rádio Aldeia FM, ouvi a informação de que uma vereadora, Alda Pacheco (PMDB), teria solicitado ao deputado Flaviano Melo a alocação de recursos de emenda ao orçamento para a construção de uma ponte de mão dupla entre as duas cidades em substituição à atual.
Com meus botões, pensei que o que representa pouco para Brasiléia e Epitaciolândia constitui o sonho de consumo de grande parte da população de Xapuri, que sonha há muitos anos com uma ponte sobre o rio Acre, mesmo que fosse de mão única, ligando as duas partes da cidade.
É claro que não estou fazendo comparações entre as duas situações. Brasiléia e Epitaciolândia são duas cidades. Sibéria é apenas um bairro. Mas a situação dos políticos do Acre com os xapurienses ficaria insustentável se o anseio da fronteira ganhasse mais atenção que o sonho dos filhos do Berço da Revolução.
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