terça-feira, 16 de junho de 2020

Trairagens e fake news em tempos de pandemia

Na lagoa mal cuidada da politicagem xapuriense, quem mais se ocupa da produção dos dejetos são os lambaris, espécie miúda sob a ordenança das traíras, que lhes atribui a responsabilidade pelo serviço sujo a ser feito.

E a principal atribuição dessa ralé ignorante e subserviente aparenta ser a produção de mentiras e contrafações que, na modernidade, são chamadas de fake news. O objetivo desse trabalho rasteiro não se resume apenas à promoção político-eleitoreira, mas também a perseguir e a prejudicar os adversários.

Xapuri, nos últimos 18 meses, tem sido palco de uma verdadeira cruzada contra aqueles que são considerados inimigos de um grupelho que se arvora a dono da cidade. Isso meramente em razão do apoio à ascensão do atual governo e pela retribuição que consistiu em entregar nas mãos da citada panelinha os principais postos da governança estadual.

Do fundo das grotas, de maneira ardilosa e camuflada, emanam as licenças para o desfile de perseguições, desde a remoção injustificada de servidores efetivos de seus postos de trabalho a demissões, algumas sumárias, daqueles que pertencem a empresas terceirizadas ou que foram admitidos via processo seletivo simplificado.

A ordem é passar a régua em todos aqueles que não somam politicamente para o grupo vigente. Exemplos podem ser pontados em vários setores da administração pública estadual, com destaque para o Depasa, onde funcionários denunciam assédio moral e péssimas condições de trabalho, segundo endossa o Sindicato dos Urbanitários do Acre.

A base de todo o trabalho asqueroso tem sido a mentira, no formato das famigeradas fake news. Na ótica deturpada dessa gente pequena, uma pessoa que se submete a um transplante de coração ou a uma cirurgia plástica se torna nova criatura. Foi assim, recentemente, a título de exemplo, com um aparelho de raio-x reformado que, à revelia da Secretaria Estadual de Saúde, se tornou um equipamento novo, recém adquirido pelo governo.

Em meio à pandemia que o Brasil e o Acre vivem, enquanto o governador do estado declarou guerra ao novo coronavírus e, visivelmente, colocou de lado a política partidária para se dedicar a salvar vidas, seus apoiadores em Xapuri se ocupam de perseguir e discriminar pessoas que possuem história de dedicação à cidade, com folha corrida de integridade e respeito à vida em comunidade.

É certo que a pandemia passará, deixando sequelas irrecuperáveis, mas também grandes aprendizados. As mazelas da perseguição e da mentira, essas não passarão, mas o seu exagero poderá ser contido caso ocorra uma reação, pelos meios constitucionais, para que a justiça e a legalidade preponderem. Assim como se o próprio governo, cujo chefe maior não demonstra ser pessoa beligerante, abra os olhos e enxergue os absurdos que está permitindo acontecer. 

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