Querido Raimari,
A alegria de saber que você está lendo meu livro é equivalente à vergonha de lembrar que me comprometera a enviar-lhe um exemplar pelo Badaró. Como não o encontrei, o assunto foi sendo relegado - mas nunca esquecido.
Agradeço pela deferência e pela citação em seu blog. Também estimo que você e o Wanderley Viana tenham chegado a um entendimento. Como fiz parte dessa história, sei o quanto erramos uns com os outros, e acrescento a de vocês a minha parcela de penitência.
Wanderley é uma boa pessoa, e não fosse o problema do qual tenta se recuperar - e oxalá tenha sucesso -, e algumas víboras que dia após dia inoculavam-lhe o veneno da discórdia, teria feito um governo decente em Xapuri. Da mesma forma, aprendi a ter respeito e, acredite, até um grande carinho por você. O tempo e a convivência nos ensinam muitas coisas. Nem sempre, como você mesmo já disse, as pessoas que estão ao nosso redor fingindo amizade são aquelas que nos querem bem. A você desejo tudo de melhor que a vida pode proporcionar.
Mais uma vez obrigado pela citação ao romance, que é uma forma - desproporcional, eu sei - de compensar os acreanos por tudo que já recebi nesta terra que tanto amo.
Forte abraço.
Meu comentário: Pura verdade, Archibaldo. O tempo nos ensina muito e nos transforma mais ainda. Acho que uma das coisas mais importantes na vida é descobrir ser possível haver respeito e até mesmo carinho entre as pessoas ao mesmo instante em que se diverge de ideias e pensamentos. Desejo que a vida possa continuar nos mudando, sempre para melhor, é claro. E digo-lhe que o livro não é a primeira leitura sua que faço. Já conhecia sua prosa de excelentes textos que escrevia na revista Outras Palavras, de cuja equipe você fazia parte.
Grande abraço.
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