Eduardo de Souza
Numa terra mui distante, habitada por sofridos aldeões, dizer o óbvio era muito arriscado. Lá, o chefe da aldeia, tinha hábitos e procedimentos insalutares, que eram comentados por todos os moradores da povoação, indistintamente, mas que não podiam ser repetidos nos painéis de informação da aldeia.
A regência desse chefe era caótica e causava prejuízos aos aldeões. Entretanto, um dos aldeões, redator de um dos painéis, ao tentar repetir comentários gerais e óbvios, foi multado em vários "dinheiros" pela sua escrita.
Não li essa história na terra de Oz, portanto não posso aconselhar o redator, a seguir pela estrada dos tijolos amarelos. Ela o levaria a encontrar o grande mágico de Oz, que num piscar de olhos diria: “A interpretação de prejuízo ao repetir o óbvio, é baseada numa linha tão tênue, que os aldeões a discutiriam por anos, sem chegar a uma conclusão... óbvia!"
Nesse caso, melhor não irmos para Pasárgada com o Manuel Bandeira. Porque não vamos todos para a terra do Mágico de Oz? A Judy Garland com seu Totó, o homem de lata, o espantalho e o leão, vão gostar, pode crer.
Da estrada dos tijolos amarelos para Xapuri, SAUDAÇÕES!
◙ Meu caro amigo Edu, você agora me fez lembrar de um poema de Amanda Maia, diretora teatral e estudante da Universidade Federal da Bahia, que nos remete a um lugar que não temos, mas que não desistimos de buscá-lo, sem temores e sem pressa:
"Até chegar àquele moinho,
Processador de pensamentos,
Lá no reino do nunca,
Onde o amor toca o tempo.
Onde as palavras são danças,
Onde o pequeno ser é guerreiro,
Onde os medos não entram.
Lá a Coragem é rainha,
Coroada pelo rei Coração,
Lá a morte não passa de um barco,
Lá, o que é solidão?
Lá não importa o que sei,
Ou o que fui, ou o que serei,
Lá o juiz é o perdão.
Lá o que sinto é o que farei,
Sem olhar pra trás, sem nem respirar,
Direi que amo você, direi, direi e direi,
E tudo será seu sorriso, tudo será seu olhar,
E então, meus sonhos realizarei,
E então, já poderei acordar".
Um grande abraço!
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