segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Anvisa libera funcionamento da Natex

A fábrica, no entanto, precisa passar por mais uma vistoria para poder comercializar as camisinhas. O Instituto Falcão Bauer de Qualidade será o responsável pela última etapa do processo de liberação da indústria: a auditoria do produto.




A Fábrica de Preservativos Masculinos Natex acaba de dar mais um passo importante para finalmente começar a produção de camisinhas para o programa de DST/AIDS do Ministério da Saúde. A ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária – já emitiu o registro do produto, o que significa que a fábrica, que está operando atualmente em apenas um turno e fabricando preservativos apenas com a finalidade de testar o produto e treinar os funcionários, já pode operar regularmente.

A obtenção do registro no Ministério da Saúde não significa, porém, que a indústria já possa comercializar a produção. Ainda falta um último passo para que a primeira carreta carregada com os preservativos verdes made in Xapuri possam deixar a Natex. As camisinhas precisam ainda ser vistoriadas por um órgão credenciado pelo Inmetro. Para isso, a fábrica já contratou o renomado Instituto Falcão Bauer de Qualidade para realizar a última etapa do demorado processo de funcionamento da usina.

A demora do funcionamento da fábrica de preservativos de Xapuri é motivo de críticas por parte de políticos da oposição, que cobram do governo do Estado uma resposta para os altos investimentos feitos no empreendimento. Considerada o principal modelo de desenvolvimento sustentável do Acre, a Natex caminha a passos lentos no seu processo de implantação há mais de 4 anos e já consumiu 30 milhões de reais em recursos do Governo Federal e do BID.

O diretor-presidente da Funtac, César Dotto, explica que o processo implantação de uma fábrica como a Natex é muito complicado e passa por inúmeros processos burocráticos que dependem de inspeções e vistorias rigorosas para chegar ao momento do início efetivo da produção. Segundo ele, apesar da demora na conclusão desse todo esse processo, a fábrica está obedecendo a todas as etapas e atendendo a todos os critérios exigidos pelos órgãos responsáveis pela certificação e autorização de funcionamento e comercialização do produto.

Inaugurada com o que há de mais moderno em tecnologia no país, a fábrica capacitou 700 famílias de seringueiros para atender as exigências técnicas do projeto. Destas, 250 estão vendendo o látex extraído da Reserva Chico Mendes. A fábrica também gera 150 empregos diretos e possui uma meta de produção anual de 100 milhões de camisinhas, que deverão ser destinadas a atender as campanhas do Ministério da Saúde contra as DST e AIDS nos estados da região Norte.

A gerente da Natex, Dirlei Bersch, informa que não pode precisar em quanto tempo a vistoria do Instituto Falcão Bauer estará pronta, mas há a expectativa de que até o mês de dezembro a fábrica despache a primeira remessa de preservativos para o Ministério da Saúde. Um convênio assinado entre o MS e o governo do Acre, no valor de 22 milhões de reais, garante a compra antecipada da produção.

Para o Ac24horas.com

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