sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Denúncias contra prefeito de Xapuri são vazias e têm claro objetivo de fraudar eleição

Se a averiguação preliminar que a Delegacia de Combate a Crimes de Corrupção e Contra a Ordem Tributária e Financeira (Decor) faz com relação a denúncias anônimas formuladas contra o prefeito de Xapuri, Ubiracy Vasconcelos (PT), não trouxer à tona alguma evidência mais consistente do que as que têm sido repercutidas na internet nas últimas semanas, se tornará comprovado aquilo o que é quase certo.

O enredo contra Bira, que é candidato à reeleição, se baseia em boatos de que ele manteria duas amantes como “funcionárias fantasmas”, ou seja, essas mulheres estariam nomeadas em cargos comissionados da prefeitura sem que lá jamais houvessem comparecido para trabalhar. Já está claro que existe calúnia e difamação contra as moças, pois ambas exercem, de fato, as funções para as quais foram contratadas.

Ainda com relação às duas servidoras, envolvê-las em insinuações de manter casos amorosos com quem quer seja, mesmo no caso de uma pessoa pública como o prefeito, não passa de promoção de fofoca barata, de maledicência e de uma condenação prévia e criminosa de pessoas que têm por trás de si filhos, pais, mães e irmãos. Uma covardia sem tamanho que parte de gente que não possui o menor escrúpulo quando o assunto diz respeito a poder político e dinheiro.

Numa segunda acusação sem qualquer fundamento, um motorista da Secretaria Municipal de Agricultura é acusado de estudar medicina na Bolívia enquanto recebe salário da prefeitura sem exercer a função. A própria vítima da armação foi a público, para dizer que não se trata dele a pessoa mostrada em uma foto com colegas no país boliviano. E mesmo o estudante que aparece na imagem não possui qualquer vínculo com a prefeitura.

Na última quinta-feira, 29, o delegado que cuida do caso, Pedro Resende, ouviu os secretários das pastas onde os servidores acusados de serem “fantasmas” estão lotados e colheu documentos relativos à frequência destes, como folhas de ponto e escalas de plantões estabelecidas em razão da pandemia. Nos próximos dias, deve sair posicionamento oficial da Decor sobre o caso.

Chama a atenção que em uma matéria divulgada pelo site acjornal e compartilhada efusivamente pela internet por correligionários das candidaturas de oposição aparece um "print" com fotografias que mostram a falsa presença do motorista da prefeitura em uma reunião de estudantes na Bolívia. Neste print, a redação do jornal esqueceu de cortar o nome de quem enviou um conjunto de 11 imagens ao site: Diego Xapuri.

Como Diego não é um nome muito incomum e existem muitas pessoas na cidade com essa denominação, talvez não se possa afirmar com precisão quem é o responsável pela onda de denúncias infundadas contra o prefeito e por ordem e pagamento de quem elas estão sendo disseminadas, mas fica claro que parte de algum lugar de Xapuri e não de investigação própria do jornal a divulgação das supostas irregularidades.

Quanto aos supostos casos amorosos, tanto o prefeito quanto as mulheres vítimas da difamação negam veementemente as acusações. Evidente que essa parte não diz respeito à polícia, pois se refere a pessoas adultas e donas de suas vidas. Óbvio também que não seria ético da parte de um gestor público esse tipo de coisa, mas ninguém pode ser acusado de tal ato meramente com base em boatos e fofocas de fim puramente eleitoreiro.

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