sábado, 8 de agosto de 2020

O adeus do boiadeiro

Os dois últimos dias foram de perdas significativas de figuras emblemáticas da comunidade xapuriense. No dia 6 partiu Zé Lulu, baluarte do bairro da Bolívia, e cerca de 24 horas depois, nesta sexta-feira, 7 de agosto, cumpriu sua jornada outro sujeito de primeira grandeza entre aqueles trabalhadores honrados que não deixam esse mundo sem antes nos legar um enorme exemplo de vida baseado na retidão e na simplicidade.

Anivaldo José da Silva, ou simplesmente Nivaldo, era assim. O eterno peão de boiadeiro passou a maior parte da vida sobre um cavalo. A dedicação ao trabalho foi a sua maior marca. Ele amava o que fazia e, por isso, exerceu seu ofício por mais de 60 anos. A imagem acima foi feita em 2009, quando Nivaldo tinha 73 anos e estava em plena atividade. Aos 84 anos, completados no dia 29 de maio passado, Nivaldo deu por cumprida a sua missão neste plano terreno. 

Anivaldo foi um dos exemplos de gente simples e trabalhadora que simboliza a força e a determinação de um povo que verdadeiramente ama esta terra. Deixou 11 filhos, 31 netos, 15 bisnetos e 5 tetranetos. Foi um sujeito do bem que merece todas as homenagens e consideração por parte de seus conterrâneos.

A morte em plena pandemia, apesar de as causas de seu falecimento terem sido outras, não permitiu a devida despedida, com a presença de todos aqueles que desejaram dar a ele o último adeus. Mas pôde ser velado, na capela municipal, e seu enterro ocorreu na manhã deste sábado, no cemitério São José.

A solidariedade e o abraço fraterno do blog à família do Anivaldo. 

Ele seguiu em paz.

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