Lendo o blog Xapuri News fui lembrado por Joscires Ângelo do “tempo do pisca” época saudosa em que o motor acima – hoje exposto ao lado do Museu Casa Branca - era operado pelo igualmente saudoso Elias Cher Sarkis em uma pequena usina termelétrica localizada onde hoje está o escritório da famigerada Eletroacre.
Contam os mais antigos que por volta das 21 horas era feita uma rápida interrupção na força – coisa não muito superior a um ou dois segundos – que ficou conhecida como “pisca”. Servia para comunicar à população do povoado que haveria apenas mais uma hora de “luz elétrica. Ocorria, então, uma grande correria dos moleques que brincavam pelas ruas da cidade rumo as suas casas.
Certamente não é em homenagem ao grande Elias Sarkis que os responsáveis por nos vender a peso de ouro a luz nossa de cada dia realizam tantos piscas e apagões seja noite ou seja dia. Pelo contrário, é por pura afronta à memória daqueles que tanto lutaram pelo progresso que nunca chega e mero desrespeito aos que continuam lutando e reservando um quarto da renda aos Césares de plantão.
As pessoas que viveram o tempo do pisca não tinham computadores, condicionadores, nem televisores Full HD e DVD - e a luz apagava às 22 horas - mas tenho certeza de que elas eram mais felizes que nós, modernos clientes/escravos das inimputáveis Eletros que corroem nosso orçamento familiar e carbonizam impunemente nossos tão caros e úteis equipamentos eletrônicos.
Até quando será assim?
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