“Do rio que tudo arrasta se diz que é violento. Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem”. Bertolt Brecht.
O Rio Acre baixou em Xapuri depois de impor à cidade a maior enchente de sua história. Essa alagação quebrou o conceito equivocado de que o rio apenas chegava até certo ponto. Que o risco de arribar de casa com o colchão na cabeça e de passar dias em abrigos públicos ou de favor em casas de parentes era exclusividade daqueles que vivem pendurados no barranco do rio.
A natureza mostrou e continuará mostrando que ninguém está impune aos desmandos ambientais que desde sempre têm tido a nossa conivência. Protestamos contra a corrupção, pedimos o impeachment de presidentes, mas muito pouco reagimos com relação à forma como o sistema trata o meio ambiente e, principalmente, quanto à própria maneira com que nós mesmos cuidamos do planeta em que vivemos.
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