Xapuri costuma ser motivo de brincadeirinhas de alguns acreanos invejosos. Uma delas é a velha história da caxinguba, comida de veados de quatro pernas, que dizem ser apreciada pelos de duas que aqui vivem. É claro que a fauna da capital é bem maior, todos adeptos da fruta de que desconheço o sabor. Outra história preconceituosa é a de que os xapurienses andam de marcha à ré.
Se não bastasse tudo isso, Altino Machado me pede uma cópia do Hino de Xapuri, que consegui com a ajuda do músico Antônio Magão, e implica com os versos inocentemente escritos por Fernando de Castela: "Xapuri nosso berço e agasalho/ Nós herdeiros de herança viril". Pedi a ele que pegasse leve com os bravos descendentes de nordestinos e índios que aqui habitam. Todos muito machos, sim senhor.
A seguir a letra do hino xapuriense:
HINO DE XAPURI
Letra: Fernando de Castela
Música: José Lázaro Monteiro Nunes
Página viva da história acreana
Recebe o nosso afeto e gratidão
Reverente o teu povo se irmana
Neste hino que é hino e oração
Terra formosa, terra gentil
És Princesa do Acre
Glória dos acreanos (refrão)
Orgulho do Brasil
Teus bravos filhos, afoitos e pioneiros
Deste amado e glorioso rincão
Xapuris que se armaram guerreiros
Neste berço de revolução
Que o exemplo de tanta afoiteza
De indomável coragem e ardor
Seja aos novos lição de grandeza
E esperança de paz e de amor
Xapuri nosso berço e agasalho
Nós herdeiros de herança viril
No teu chão plantaremos trabalho
Para a glória do nosso Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário