Pousada Ecológica do seringal Cachoeira

Falta de iluminação pública
Falta de remédios nas unidades de saúde
Programa de recuperação de ramais
Atraso de salários de funcionários provisórios
Falta de investimentos nas áreas de esporte, lazer e cultura
Esses são apenas alguns dos itens para os quais os vereadores de Xapuri resolveram exigir explicações do prefeito Vanderley Viana, que deverá comparecer à Câmara no prazo de 15 dias para ser sabatinado pelos representantes da população que sofre com a inoperância da atual administração municipal. É verdade que dificilmente Viana comparecerá, mas vale a iniciativa, que já não era sem tempo, da grande maioria dos vereadores que atendem, assim, a uma legítima reivindicação popular.
O requerimento solicitando o comparecimento de Vanderley Viana à Câmara foi assinado por 8 vereadores e entregue na última segunda-feira. Apenas o vereador Iran Vasconcelos (Dem) não assinou o documento. Nem poderia. Ele é um dos mais beneficiados com os favores do prefeito. Exemplo? Vive a fazer a entrega, no lugar da prefeitura, de implementos agrícolas e outras miudezas para as comunidades rurais como forma de se promover politicamente e fazer sua campanha para a reeleição às custas do erário público.
A medida é um claro sinal de que o prefeito de Xapuri não possui mais o apoio incondicional da maioria dos vereadores, como ocorreu até pouco tempo atrás. Da sua base de apoio, Vanderley perdeu a simpatia dos vereadores Pedro de Aquino (Dem), Ronaldo Ferraz (sem partido e afastado temporariamente) - seu substituto é Selmo Dantas, do PT - e até mesmo do atual presidente em exercício Raimundo Francisco Gondim, o França (PPC), que já não é mais o mesmo na sua posição de fiel escudeiro de Vanderley na Câmara de Xapuri.
Sobraram, então, Clemilton Lima (PSDB) e Iran Vasconcelos (Dem). O primeiro, não se pode confiar na fidelidade, pois age ao sabor de conveniências políticas alheias à vontade popular; o segundo, enquanto estiver com seus caprichos atendidos pelo prefeito, deverá permanecer no papel de mero serviçal investido de mandato.
Francisco Braga
As pessoas do resto do Brasil ainda são tão desinformadas a respeito do Acre e da Amazônia, que me dá nos nervos. Chego a ficar mal humorado com a ignorância de gente que deveria saber até mais do que eu sobre o assunto: alguns de meus professores, jornalistas e artistas de TV que estiveram pelas bandas da Terra de Galvez gravando a minissérie Amazônia.
Leia algumas pérolas:
Professor de geografia e história:
- O ex-presidente José Sarney foi eleito senador pelo Acre, apesar de ser do Amapá e viver no Maranhão.
- Isso que tá passando na minissérie Amazônia é tudo mentira. O Acre foi trocado por um cavalo, mas o presidente Evo Morales devolveu o animal para Getúlio Vargas porque não sabia cavalgar.
Ator de TV:
- Cara, vocês tinham que provar a ayauasca. É um tipo de sopa feita à base de caiçuma, com camarão e uma folha lá, que eu não lembro o nome. Chama chacrinha, eu acho. Em toda esquina tem uma senhora vendendo. O Acre todo pára pra tomar numas cuias feitas pelos índios caiapós.
Jornalista:
- Quer dizer que tem índio na política, no Acre? Como é que pode? Tem tanto índio assim lá no Acre, que dá pra eleger uma pessoa? Pô, num sabia não, aí ó! Como é que eles conseguem fazer campanha falando em guarani?
Aí eu me irritei:
- Pois é. E eu vim morar aqui, fugindo das flechas perdidas e aproveitei para estudar, mas acho que não fiz um bom negócio.
◙ O autor é cearense, morou no Acre e mantém o blog Cartunista Braga.
Copiado do blog do Altino