Rubens Menezes de Santana
Na década de 70, o Banco da Amazônia ainda funcionava na rua 6 de agosto, em Xapuri, e ocupava uma das antigas casas comerciais em frente à praça São Sebastião.
Ao findar o expediente da tarde, por volta das 17:00, o happy hour reunia Paulo Cruz, Joroca, Bedeu, Arivaldo, Roberto Batista, Chiquinho Calixto, Jia e quem mais estivesse disposto a uma boa conversa sobre os mais variados temas.
E ali esperavam o sol se por atrás da Ilha Bela, até ser necessário ligar a iluminação da pracinha, por meio de um interruptor estrategicamente localizado a uma altura inacessível às pessoas de estatura média. Como apenas Jia, nas pontas dos pés, conseguia executar a tarefa, foi encarregado pela confraria de assumir esta função.
De certa feita, já passara a hora de acender as velas, e o Jia ocupado em outros afazeres, ainda não estava em seu posto de trabalho. Com certa contrariedade, aventou-se necessidade de encerrar o “expediente” mais cedo.
Recém-chegado de Guiratinga-MT, o fiscal rural Ângelo, um crioulo de dois metros de altura, três de envergadura e voz de Anderson Silva, buscou informar-se sobre o motivo da brusca interrupção e foi informado que por falta de maior estatura, não seria possível iluminar a prosa.
- E como se faz para ligar as luzes? Perguntou o gigante.
- Através daquele interruptor, lááá no alto. Informou Paulo Cruz.
Ângelo aproximou-se do poste e ligou a energia sem nenhum esforço, o que foi observado por todos.
Logo após o reengate da conversa, chega o Jia esboçando justificativas.
Joroca, o gozador de Guajará-Mirim, foi logo atalhando a conversa.
- Jia, você tá demitido! Agora temos um “acendedor” mais alto que você!
Rubens Menezes de Santana, o Rubinho, é professor aposentado.
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