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terça-feira, 29 de janeiro de 2013

“Foi Deus quem me deu”

Nada me soa mais ímpio e mundano que a mensagem acima, que costuma ser estampada no vidro traseiro de carros recém comprados. O hábito é comum tanto entre os que se dizem “religiosos”, sejam católicos ou evangélicos/protestantes, quanto em meio aos que não têm com a Divina Providência qualquer tipo de relação ou compromisso.

Revela, antes de tudo, uma devoção maior ao bem material que ao próprio Deus, reduzido à mera condição de premiador de quem faça jus à sua caridade. Por fim, demonstra quão mercantilista se tornou a compreensão do homem para com a sua relação com o Todo poderoso.

“Fui bonzinho e Deus me deu”.

A frase se encaixa melhor no culto que havia, na era pré-cristã, a falsos deuses, entre os quais estava Mamom, entidade pagã relacionada à riqueza e à avareza, que carregava um grande saco de moedas de ouro e subornava os humanos para obter suas almas.

Quanto mais o tempo avança, mais distantes ficam de Deus as igrejas e as religiões.

2 comentários:

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