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segunda-feira, 30 de maio de 2011

Armas

Novo acidente fatal com arma de fogo na zona rural de Xapuri chama a atenção para a ausência de medidas, por parte do Estado, responsável pela autorização do porte para caçadores de subsistência, para evitar ou diminuir a frequência de episódios como esse.

Desta vez, a tragédia ocorreu no seringal Albrácia, colocação Bolívia (veja as informações no blog Xapuri Amax). O disparo acidental de uma espingarda calibre 20, feito por um garoto de 12 anos, matou na hora um seringueiro de 50 anos de idade.

Segundo relata a nota da Polícia Militar, uma pessoa de 20 anos de idade deixou a espingarda ao alcance de uma criança enquanto amarrava um cachorro. Ao brincar com a arma o menino acionou o “cão” e o disparo atingiu a cabeça do agricultor.

O acidente evidencia a forma banal como as espingardas geralmente são manuseadas na zona rural. Não possuem lugar específico para depósito, são dependuradas na parede, muitas vezes municiadas e ao alcance de menores de idade.

Conheço algumas famílias de seringueiros onde é comum que adolescentes de 12, 13 ou 14 anos cacem ou “esperem” com a autorização dos pais, que muitas vezes se orgulham da habilidade precoce de seus filhos no manuseio da arma.

Será que o Estado, que através da Polícia Federal autoriza o porte de arma para pessoas que comprovam depender delas para a subsistência alimentar da família, não deveria ser responsável por prover programas de prevenção e até mesmo orientação psicológica para essas famílias? Acredito que sim.

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