Carne clandestina

A apreensão de carne clandestina em Xapuri pela vigilância sanitária municipal, na semana passada, é um alerta para autoridades e consumidores em geral de que o respeito pela saúde pública ainda é uma questão secundária para um bom número de empresários que lidam com a comercialização de produtos destinados, principalmente, à alimentação da população.

É fato comum, no cotidiano da cidade, a constatação, por consumidores, de produtos vencidos nas prateleiras de mercearias e mercadinhos de maior porte. Na maioria dos casos não se configura uso de má-fé, o que não exime o comerciante de culpa nem dos rigores da lei, mas em outros existe a real intenção de se tentar evitar um prejuízo em detrimento da saúde alheia.

Em casos como esse da carne, faltou à vigilância divulgar os nomes do responsável pelo crime e da casa de carnes autuada para que os próprios consumidores também possam tomar sua providência de agora por diante evitar comprar neste verdadeiro açougue, usando o sentido pejorativo da palavra. No mais, o caminho é a denúncia. Não deixe de comunicar a vigilância qualquer ocorrência desse tipo.



Acima, o funcionário da vigilância sanitária, Manoel Faustino, responsável pela apreensão. Depois de alguns anos, o setor ganha a autonomia que necessita para autuar infratores. Até o ano passado, o trabalho da vigilância era embaraçado pelo próprio prefeito, que não queria se indispor com o empresariado local.