domingo, 28 de fevereiro de 2010

A dengue em Xapuri

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Demonstrativo do Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD) para o município de Xapuri aponta o bairro Raimundo Hermínio de Melo como a região de maior infestação predial pelo mosquito Aedes aegipty, transmissor da doença. Na bairro, segundo o estudo referente ao primeiro ciclo de 2010, foram inspecionados 438 imóveis, com a presença do mosquito sendo registrada em 22 deles, o que corresponde ao índice de 5,02%, que é considerado muito alto.

Em segundo lugar está o centro da cidade, com 970 imóveis inspecionados e a constatação da presença do mosquito em 34 deles (3,51%). A grata surpresa ficou por conta do bairro do Laranjal, um dos mais pobres e desestruturados da cidade, onde não houve nenhum registro em 641 imóveis inspecionados. Outros locais onde o Aedes não foi detectado são o bairro Constantino Melo Sarkis e a região da Cageacre.

O índice total de infestação em Xapuri é de 1,95% em 3.947 imóveis inspecionados. Foi feita a coleta de 77 amostras em 91 depósitos. O índice de Breteau - valor numérico que define a quantidade de insetos em fase de desenvolvimento encontradas nas habitações humanas pela quantidade de total vistoriada – é de 2,31%.

Originário da África, o Aedes aegypti é também responsável pela transmissão da febre amarela urbana. Está presente em todos os continentes e foi detectado em Xapuri pela primeira vez em abril de 2002, capturado em uma armadilha localizada na Praça São Sebastião.

As informações detalhadas estão no blog Entomologia, assinado pelo técnico na área, Joaquim Vidal.

Patrimônio ameaçado

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Remete-me à infância a imagem deste casarão abandonado que é história pura do processo de formação urbana de Xapuri, durante o século passado. O lugar foi palco dos primeiros e maravilhosos anos de minha vida, depois que subi o Rio Acre para viver na cidade.

Localizada à margem direita do rio, onde hoje é feita a travessia por balsa entre os dois lados da cidade, a antiga casa foi sede da fazenda Monte Líbano, cujas terras há muitos anos vêm sendo loteadas e vendidas pelos herdeiros da família Koury, e onde, em consequência disso, tem se formado a parte mais recente do espaço urbano do município.

Não sou muito conhecedor dos primórdios da história da fazenda e da família Koury, e a quem possuir informações que possam enriquecer este post ou mesmo corrigir as poucas que vão aqui, digo que será de uma grande satisfação recebê-las.

Quando cheguei a Xapuri para estudar, lá pelo fim dos anos de 1970, vindo do seringal Novo Catete, onde fui criado, entre as primeiras amizades que fiz estava um moleque de cabelos loiros, franzino e medroso chamado Cléber, um dos netos do professor Joffre Alves Koury, de saudosíssima memória.

Naquela época, Cléber e sua mãe Marion viviam na casa junto com o professor Joffre que estava viúvo há alguns anos. Nos fundos da residência, debaixo de uma velha mangueira, vivia uma senhora, também viúva, chamada dona Lúcia, que vem a ser mãe de dona Leuda, esposa do bancário aposentado Orlando Reis Praxedes. Dona Lúcia era surda e tinha um neto que a ela dava mais trabalho do que deu Euristeu a Hércules, na mitologia grega. O nome do moleque era Charles, que hoje é exemplar pai de família e reside em Rio Branco, segundo informação de seus familiares.

Foi na companhia dessa dupla fantástica que vivi minhas primeiras aventuras em Xapuri, para mim um mundo até então praticamente desconhecido. E o nosso universo girava em torno do velho casarão dos Koury. Das brincadeiras, do gosto pelas mangas e cajus que ali eram abundantes, dos abius, cujo leite pregava a boca da molecada, até a paixão pelo futebol, que nasceu no campinho do “Centro Social”, que ficava ali pertinho. 

Daquele tempo, sobrou apenas o casarão. Há mais de 20 anos não vejo Charles nem Cléber. Professor Joffre, dona Lúcia e Marion já não estão mais entre nós. E o que me deixa triste não é a boa saudade daqueles bons tempos nem dos velhos amigos, mas a possibilidade desse verdadeiro patrimônio da história de Xapuri e de nossas vidas se perder pela ação inexorável do tempo e do abandono.

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Soube, certa vez, que o Patrimônio Histórico Estadual havia demonstrado interesse em restaurar e tombar a velha casa, mas que as negociações com os representantes do espólio de Joffe Koury não prosperara, o que é uma pena tanto para história de Xapuri como  para a própria família do professor de língua inglesa que chegou a ser prefeito da cidade e um dos nossos mais importantes educadores.

Em tempo: Para que não haja má interpretação, quando uso, no primeiro parágrafo, a expressão “casarão abandonado”, quero dizer que a casa não está sendo habitada. Representantes da família em Xapuri guardam o local.

“Acre-Doce”

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“Onde estás rio Acre?
Por que rio Acre
se suas águas são doces como "alfinim"
no mapa de minha infância?”

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Sinfonia da infância:

rumor de chuva no telhado de zinco,
tão bom para dormir!
- rumor de chuva na floresta, besourada distante,
rumor das águas escachoando nas ruas,
caindo das calhas nas barricas cheias,
(que banho gostoso!)
- sinfonia da infância!

Música da banda passando na rua: do grande trombone
rebrilhante, caramujo de cobre
gorda espiral soprando rolos de "dobrados"
que eu ouvia embevecido e curioso, trepado no gradil
do coreto da praça.

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Sinfonia da infância:

- o apito das "chatas" na curva da cadeia, rompendo a madorra
dos dias parados, iguais;
o tchá-tchá dos remos das catraias
chapinhando na água do rio, ritmados dentro da noite,
indo e vindo, Penápolis-Empresa, - Empresa, do outro lado
as luzes tremendo em fieiras nas águas do rio, -

(ó meus barcos de sonho, em rios de sombra
que ainda hoje correm sem margens, no tempo).

Onde estás
rio Acre, de Rio Branco,
rio vermelho que o tempo azulou,
que corres para a distância
e que foges de mim?

Rio Acre da minha infância
que sempre vais
de onde vim...”

Trecho do “Poema Acre-Doce”, de J. G.  de Araujo Jorge 
in " O Poder da Flor  " – 1969.

PS.: As fotos são do Rio Acre em frente a Xapuri, tiradas por este blogueiro.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Bom senso, cautela e caldo de galinha

A foto postada lá embaixo de uma viatura da Polícia Rodoviária Federal estacionada em local proibido para que os patrulheiros almoçassem tranquilamente em um restaurante no cento da cidade causou aqui no blog uma agradável discussão sobre o assunto.

O oficial reformado da PM do Acre, Perli Dias, defendeu que viaturas policiais, ambulâncias, carros do Corpo de Bombeiros e outras que prestem serviços públicos essenciais possuem a prerrogativa do livre estacionamento.

O também policial Éden Mota (federal) discordou afirmando que somente em situações emergenciais as viaturas policiais dispõem de prerrogativas, o que não foi o caso em questão, uma vez que alimentação é geralmente uma necessidade e não uma emergência.

Com todo o respeito às diferentes opiniões, estando elas baseadas na lei ou não, prefiro a força do bom senso à letra fria do Código. Não consigo aceitar como adequado, ético ou de bom exemplo que policiais lancem mão de prerrogativas, que por ventura venha a possuir, em situações em que isso seja claramente desnecessário.

Para mim é o caso em tela. Os policiais estacionaram do lado proibido da rua, prejudicando o trânsito, enquanto o local permitido estava a apenas alguns a poucos metros, do outro lado da rua. E não para atender a uma emergência policial, mas sim para recarregarem o estômago e espalitarem os dentes.

Dessa forma, normal também seria, em minha maneira de pensar, que outro policial ou socorrista do Samu estacionasse em local proibido em frente à sua casa para também fazer sua refeição, ou ainda para comprar um remédio na farmácia, também um caso de necessidade que apenas vez por outra pode vir a ser uma emergência.

Insisto, então, que em casos como o que rendou a foto e a polêmica em torno do assunto, o bom senso de policiais militares, civis ou federais, assim como de qualquer outra autoridade que se sinta investida de tal “prerrogativa”, seria como cautela e caldo de galinha: não faria mal a ninguém.

A foto dos assassinos

Fátima Almeida

Se existe uma coisa que me incomoda muito é o fato de que, todas as vezes que policiais atiram e matam civis "por engano", somente as vítimas e seus familiares são expostos pela mídia.

A moça que foi assassinada em Rio Branco com um tiro de fuzil pelas costas, por um policial que estava dando apoio a uma blitz no trânsito, foi fotografada já sem vida estirada no asfalto.

As fotos do corpo dela no caixão também foram expostas ao público, de bom tamanho, até nos jornais impressos. O desespero da mãe e do namorado pelos canais de televisão. Mas ninguém viu até agora as fotografias dos homicidas.

Uma coisa em que acredito piamente é no poder da execração pública. As fotografias dos policiais homicidas deveriam aparecer na mídia ao lado do corpo da moça estirado no asfalto.

Por que não? Por que são protegidos? Por temor às represálias, a si mesmos e aos seus familiares? Esse temor deve ser um princípio ou uma condição para que não atirem em civis desarmados.

Leia o artigo completo da historiadora no Blog do Altino.

Reforma no Código Florestal

Júlio Barbosa

O presidente do Conselho Nacional dos Seringueiros (CNS), o ex-prefeito de Xapuri, Júlio Barbosa de Aquino, declarou em depoimento na 19ª audiência pública para debater a reforma do Código Florestal Brasileiro, criado em 1966, que a área de reserva florestal e as APPs (Áreas de Proteção Permanentes) deverão se revistas.

Segundo Aquino, todo o debate sobre a reforma está girando em torno da redução dessas áreas e da anistia das multas ambientais. Júlio Barbosa explicou que tem acompanhado as atividades da comissão da Câmara e das discussões junto com outras entidades do movimento social como os sem-terra e os produtores de projetos de assentamento.

Júlio Barbosa afirmou ainda que o Acre pode contribuir muito com o projeto de reforma do Código com suas políticas fundiária e de valorização dos produtores agroflorestais. “Aqui não existe mais conflito pela posse de terras a não ser arengas entre vizinhos”, lembrou o presidente do CNS.

As audiências públicas estão sendo realizadas em todo o país e o relatório preliminar da comissão especial da Câmara Federal criada para dar um parecer sobre projeto de lei que modifica o Código será encaminhado à Câmara na primeira quinzena de março e levado à discussão no Grande Plenário do Congresso em abril.

A discussão em torno do tema é grande. Governo do Acre e Ministério Público são contra mudanças no Código. Políticos e representantes de seringueiros e pecuaristas possuem opiniões diversificadas sobre a questão. Acompanhe todo o debate sobre o assunto aqui no Acre no Portal da Assembléia Legislativa.

Com informações da Agência Aleac.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Proibido estacionar

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O técnico em informática Júnior Moreira é o responsável pelo flagrante acima. Com o seu celular, Moreira registrou, no último dia 16 de fevereiro, uma prática que tem sido comum no horário de almoço no restaurante Tia Vicência, na rua 6 de Agosto, pleno centro comercial da cidade: a viatura da Polícia Rodoviária Federal estacionada em local proibido, onde muitos cidadãos comuns já foram multados pela violação da lei. Dizer o quê?

O BB lucra e o povo padece

O Banco do Brasil divulgou o lucro líquido que obteve no ano passado (veja aqui). Mais de 10 bilhões de reais. O maior lucro de um banco brasileiro na história. Em relação a 2008, houve aumento nos ganhos da instituição de 15,3%.

Mas apesar de faturar tanto, o banco estatal não converte o bom desempenho do exercício financeiro em qualidade de atendimento ao cliente. Pelo menos no Acre, o BB é um dos campeões de reclamação do público, já tendo, inclusive, alguns de seus terminais de atendimento eletrônico atacados por clientes furiosos com a ineficiência dos serviços em municípios acreanos.

Em Xapuri, a situção não é diferente. A fama da agência local do banco é a pior possível. Nem Lei Municipal, de autoria do vereador Erivélton Soares (PSB), contra a demora exagerada no atendimento ao público em instituições bancárias e afins, pegou no caso do BB, que continua a ser alvo de reclamações.

Outro vereador, Zeca da Emater (PMDB), em maio do ano passado, também se empenhou em defender os interesses dos clientes do banco em Xapuri, que protestavam contra a demora no atendimento e o mau funcionamento dos caixas eletrônicos (leia aqui). O vereador procurou a imprensa e exigiu -  em vão - que a superintendência do BB tomasse providências com relação à situação.

Nos últimos dias, recebi a boa notícia de que a promotora de justiça da comara de Xapuri, Diana Soraia Tabalipa Pimentel, está tomando medidas quanto às reivindicações da população por melhorias no atendimento que o banco recordista de ganhos oferece à população do município. Vamos aguardar que com o aperto do MP, o BB – com o perdão do trocadilho – resolva dispensar maior respeito ao povo que padece dos seus maus, mas lucrativos serviços.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Era só o que faltava

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Manchete principal do jornal Página 20, edição desta quinta-feira (24), alerta sobre possível apagão de telecomunicações no Acre a partir desta sexta (25) em razão de greve que pode ser desencadeada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações – Sinttel.

158 funcionários da Telemont - empresa terceirizada que presta serviço para a Oi no Acre e que tem sede em Belo Horizonte - podem declarar greve em retaliação à demissão de 40 profissionais do setor. De acordo com a direção do Sinttel, outras 30 almas devem ser mandadas para casa até final de março.

O sindicato culpa a Oi pelas demissões, alegando que os cortes são o resultado da adequação dos contratos da empresa de telefonia com a Telemont. O resultado do imblóglio poderá ser o colapso dos já nada maravilhosos serviços de telefonia e transmissão de dados prestados ao sofrido consumidor acreano.

Era só o que nos faltava. Já vivendo a mercê dos constantes apagãos de energia e de respeito impostos pela Eletroacre, agora somos ameaçados de ficar isolados do resto do mundo por culpa da também famigerada empresa que “dá”, a peso de ouro, a internet nossa de cada dia.

Peculiaridade

Texto do blogueiro Maxsuel Maia sobre uma interessante peculiaridade xapuriense:

“É típico de cidadezinhas do interior as pessoas serem conhecidas não só pelo seu nome, mas também por apelidos e pseudônimos. Ao pensar nisso, pude perceber que Xapuri tem uma peculiaridade bem própria, lá os apelidos não são a regra, além deles a regra é associar as pessoas ao seu trabalho, bairro, seus pais ou esposos(as). Confira essa pequena lista:

O Zeca é da Emater

O Manoel é do Ibama

O Careca é do Correio

A Fátima é do Vaisquerê

A Raimunda é do Emílio

A Maria é do Piaba

O Joãozinho é do Ary

O Zeca é da Pessília

O Manoel é da Birra

Só alguns exemplos dessa curiosidade, bom humor e criatividade, típico do povo xapuriense”.

O blog acrescenta mais alguns à lista:

O Valdir é da Bia

O Chico é do Pixico

A Fátima é do Pingo

A Raimunda é do Barrigudo

E a Nena é do Coco

Maxsuel Maia é funcionário público estadual, graduando em História pela Universidade Federal do Acre e, agora, blogueiro.

Coisas de Xapuri

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Enfim, os primeiros movimentos quanto à recuperação da rua Dr. Batista de Moraes. A execução dos serviços estava prevista nos convênios referentes ao Pacto Pelo Desenvolvimento Social dos Municípios (Pró-Município), firmado no ano passado (veja aqui) com todos os municípios do Alto Acre, totalizando mais de R$ 16 milhões em investimentos nos municípios da região.

A obra, orçada em R$ 340 mil, prevê a pavimentação em tijolos de  7.040m², além da drenagem com tubo de concreto de 1.200 milímetros de diâmetro para acabar com o problema da incômoda presença de um buraco fétido nas proximidades da Casa de Chico Mendes, patrimônio histórico nacional. A retirada do antigo calçamento da rua começou a ser feita na tarde dessa quarta-feira.

Apesar de animadora, a informação traz também um lado triste. Sob o novo calçamento ficará enterrada parte dos três mil e duzentos metros de rede de esgotamento sanitário que visavam atender cerca de duzentos e cinqüenta domicílios no centro de Xapuri. Depois de pronta, a obra que começou a ser executada no primeiro semestre do último ano de administração do ex-prefeito Wanderley Viana livraria o rio Acre de grande parcela dos esgotos da cidade.

Fruto de um convênio entre o município de Xapuri e o Ministério da  Saúde, através da Funasa (relembre aqui), o projeto foi um dos muitos fiascos protagonizados pelo ex-prefeito, que resultaram em prejuízo para a população. Dos recursos da ordem de R$ 500 mil destinados pelo MS para a obra, foram liberados R$ 400 mil, de acordo com o Portal da Transparência dos Recursos Públicos da Controladoria Geral da União, e que foram para o ralo da história.

Eivada de irregularidades e nas mãos de uma empresa moral e tecnicamente incapaz de executá-la, uma das obras mais importantes da história da cidade para a qualidade de vida da população e para o meio ambiente, foi embargada pela Funasa e o projeto não pôde ser resgatado pela atual administração, uma vez que quase todo o recurso financeiro destinado aos serviços já havia levado sumiço.

Coisas de Xapuri.

Fatalidade ou negligência?

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Clique na imagem para ler o texto de Alexandre Lima sobre a tragédia. Vale ressaltar que a ocorrência não é tão rara como se pode pensar. Vez por outra recebemos notícias desagradáveis como essa, que deixam claro que o hábito de manter armas de fogo dentro de casa, principalmente onde residem crianças, sem cuidados rigorosos, é uma grande insensatez. Defendo a opinião de que os responsáveis pela arma devam responder por homicídio culposo.

Fiscalização na BR-317

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A presença permanente da Polícia Rodoviária Federal no posto do Entroncamento de Xapuri, no km 239 da BR 317, complicou a vida de quem tinha por hábito atravessar a fronteira e pegar a estrada com produtos importados da Bolívia sem tomar as providências exigidas pela legislação brasileira. No início desta semana, somente em duas abordagens de rotina, os patrulheiros federais apreenderam 15 equipamentos de informática e 12 eletrônicos no interior do veículo VW/Gol, placa MZT 5977/AC, e ainda 37 pacotes de cigarro da marca Point, de procedência estrangeira, no interior do veículo M. Benz/Buscar Jum Buss, placa JZZ 7248/MT. As ocorrência foi encaminhadas à Secretaria de Receita Federal em Epitaciolândia. A foto é do jornal O Alto Acre.

Acre e Xapuri

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Vista privilegiada do castigado rio Acre recebendo, ao fundo, as águas calmas do rio Xapuri. Bom perceber que a mata ciliar, pelo menos em frente à cidade, está se recuperando. Cliquei do alto de um barranco no bairro da Sibéria, na tarde da última terça-feira.

Dê um clique na imagem para ampliar.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Rota do tráfico

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Lamentável a informação da prisão de mais duas conhecidas pessoas de Xapuri por envolvimento com o tráfico de drogas. A Polícia Federal divulgou apenas as iniciais dos acusados: J.G.D., agricultor de 53 anos, e C.F.S, comerciante, de 34 anos. Os movimentos de ambos já vinham sendo monitorados desde a cidade de Epitaciolândia. A reportagem completa está no jornal O Alto Acre.

Irregularidades em Xapuri

A pressa é inimiga da perfeição

Sem título

Sedento por escândalos e malfeitorias alheias, o site Ac24horas recorre no equívoco de não informar bem os seus leitores ao relacionar a foto do atual prefeito de Xapuri, Ubiracy Vasconcelos, à informação cuja lead vai acima (clique na imagem para ler).

A reportagem feita pelo repórter Jairo Carioca trata de uma série de irregularidades apontadas pelo Tribunal de Contas da União nos municípios de Rio Branco, Xapuri, Plácido de Castro e Acrelândia.

Em Xapuri, as irregularidades são relacionadas ao financiamento das atividades do grupos de escoteiros que é mantido no município, no valor de R$ 7.997,35, e que estaria em desacordo com a categoria dos serviços elencados no art. 4º, caput, da Portaria MDS nº 442/05. Além disso, recursos sociais teriam sido utilizados pela prefeitura na compra de combustível para uso da Secretaria Municipal de Saúde.

Falei agora há pouco, por telefone, com o secretário de Ação Social da prefeitura de Xapuri, José Maria Miranda, que está participando do Encontro Regional Norte do CONGEMAS – Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social. Vieram algumas informações importantes sobre o caso.

Sobre a situação em que se encontram atualmente as auditorias que se referem ao município de Xapuri, o secretário informa que dispõe de toda a documentação referente às denúncias de irregularidades, que são relativas aos anos de 2007 e 2008, quando o município era administrado pelo ex-prefeito Wanderley Viana de Lima. José Maria Miranda afirmou também que o Tribunal ainda não encaminhou ao município o relatório com o resultado das auditorias.

“Estamos inteiramente a par dos fatos, acompanhando o desenrolar dos processos e aguardando a comunicação oficial do Tribunal de Contas da União, assim como as devidas orientações para que possamos proceder com relação às providências que deverão ser tomadas. Mas queremos deixar claro o fato que a reportagem do Ac24horas procura esconder com o intuito de vincular as irregularidades com a atual administração. Os atos averiguados como irregulares ocorreram na administração anterior e não na nossa”.

Citada no relatório, a ex-secretária municipal de Ação Social de Xapuri, Iracema Cecília, e os demais titulares das pastas da Ação Social nos município à época dos fatos, estão sendo convocados pelo Tribunal para prestar informações sobre a aplicação dos recursos do Programa de Atenção Integral à Família – PAIF – durante sua gestão. Os municípios têm o prazo de 6 meses para adequar suas estruturas às exigências da lei.

No município, no período da manhã, a reportagem de Jairo Carioca fez ganhar corpo um boato sobre irregularidades cometidas pela atual direção da Secretaria de Ação Social. Intencional ou não, o erro mostra mais uma vez que, como em tudo o que se quer fazer bem nesta vida, a pressa é sempre inimiga da perfeição.

Prefeito em exercício

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Acompanhei, nessa terça-feira (23) visita do prefeito em exercício de Xapuri, Eriberto Mota (PC do B), ao bairro Sibéria. Foi o primeiro dia de trabalho do vice-prefeito no cargo de chefe do executivo municipal desde a posse, em janeiro de 2009. No dia anterior, Eriberto havia sido recepcionado no gabinete com um café da manhã organizado por componentes da equipe de governo.

Bira, como todos sabem está em viagem de 15 dias com passagem por Brasília, ontre trata de convênios municipais com o governo federal, e cujo destino final é Fortaleza, onde, de acordo com a mensagem enviada à câmara pedindo autorização para a ausência mantém “intercâmbio” com a prefeitura da capital cearense, e também onde aproveita para dar uma esticada nas pernas.

No bairro Sibéria o prefeito em exercício verificou a precariedade do sistema de iluminação pública e determinou de imediato a recolocação das lâmpadas quebradas por vândalos. Ainda vistoriou o serviço de limpeza (capina) da rua principal do bairro e verificou que uma enorme cratera está prejudicando o tráfego de veículos logo no início da estrada de Petrópolis.

No lado de cá do rio, na Rua 6 de Agosto, anunciou melhorias na escadaria que leva até as catraias, cumprimentou o suplente de vereador Chiquinho Barbosa (PT), que assume o cargo na próxima terça-feira, e sentou com populares em um banquinho em frente ao hospital Epaminondas Jácome.

Eriberto é um sujeito muito simples e a função não parece lhe causar nenhuma vaidade.

Ausência

O artigo abaixo foi enviado pelo cirurgião dentista e colaborador eventual do blog, Eduardo de Souza. Numa realidade onde teoricamente o concurso é o único caminho para se adentrar ao serviço público (na prática sabemos que isso não é verdade absoluta) o texto pode ser útil a quem resolva “deliberar” por essa opção. Um bom dia a todos e boa leitura.

Sylvio Motta

Deliberar fazer um concurso demanda uma opção por uma modalidade de vida que envolve uma rotina pautada pelo sacrifício diário da ausência. Talvez aí resida o maior desafio, a ausência.

A ausência significa perder momentos de convivência com as pessoas de quem se gosta.

Todavia para isso dar certo se torna necessário que a ausência seja verdadeira. Que ela comece com disciplina e que, lentamente se torne uma virtude. A diferença entre a virtude e a disciplina é que a primeira é espontânea e a segunda forçada.

O verdadeiro candidato vira um ausente presente, mais ausente do que presente, frise-se. Ele está e não está ao mesmo tempo. Está em casa, mas enquanto todos estão assistindo o desfile das escolas de samba, ele estuda. Enquanto todos vão à praia, ele fica saboreando o silêncio que passa a imperar no ambiente.

O ausente é um herói! Longe de ser um “herói do Bial” que tão presentes se ausentam de si mesmos, o nosso herói é tão anônimo quanto valente. A diversão está ali, tão fácil, ao alcance da mão, basta fechar os livros e enveredar por mundo de prazerosas distrações. No entanto, ele estoicamente resiste. Resiste até mesmo às provações maldosas daqueles que por não compreenderem sua odisséia, escarneiam de sua opção pela introspecção.

Mesmo quando o barulho ensurdecedor das gargalhadas, dos risos, dos surdos e das cuícas o cercam, ele resiste bravamente e mantém a concentração nos estudos.

A recompensa, no entanto, surge no final, quando todos exaustos pelo vazio existencial que se insinua ao final de um grande desperdício de tempo com energias deletérias, ele sai fortalecido pela aquisição de novas informações e, principalmente, por ter se vencido.

Sylvio Motta é professor de direito constitucional há mais de 24 anos, editor de concursos da Campus/Elsevier e autor de várias obras.

O sono dos justos

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“Sonhe com aquilo que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que quer.
Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.
As pessoas mais felizes não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor das oportunidades
que aparecem em seus caminhos.
A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem
a importância das pessoas que passaram por suas vidas”.

Clarice Lispector, O sonho.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Fim da folga

Encerrou-se nesta na manhã desta terça-feira o recesso da Câmara Municipal de Xapuri. Espero que o termo “folga” não melindre alguém por lá como aconteceu há alguns dias quando utilizei outro vocábulo parecido em uma outra história já conhecida dos leitores deste espaço. Mas vamos ao que interessa.

Já cobrei aqui e volto a fazer isso por mais que possa parecer perseguição. Apesar do reinício dos trabalhos na “Casa do Povo”, aquela bendita página no portal da Assembléia Legislativa que se ocupava em fazer ‘recortagens’ deste blog não dedicou uma única vírgula  ao assunto.

Já ouvi de muitos vereadores a queixa de que não têm espaço nos veículos de comunicação para divulgar suas ações, reclamação com a qual concordo, em parte. Mas o que dizer de um razoável canal de informação que foi disponibilizado pela Assembléia e que na reabertura dos trabalhos legislativos se limitou a postar fotos do carnaval?

Estou divulgando aqui no blog a página para que a população que possui internet possa ter acesso às informações sobre o trabalho dos vereadores. E essa busca deve crescer com advento do projeto Floresta Digital, anunciado para breve em Xapuri, tornando maior ainda a importância desse espaço público de informação.

Segue o link para a página: Notícias das Câmaras de Vereadores do Acre.

Novo comando na ‘Voz das Selvas’

A jornalista Jacira Maria Abdon Ferreira é a primeira mulher a assumir a direção da Rádio Difusora Acreana. Formada em comunicação social pelo Instituto de Educação Superior do Acre, Jacira Abdon começou sua carreira na RDA com apenas 16 anos de idade. Leia mais na Agência de Notícias do Acre.

Pau de arara público

Vexatório para  Secretaria de Transportes da prefeitura de Xapuri o episódio noticiado nesta terça-feira (23) pelo jornal online O Alto Acre, de Brasiléia.

De acordo com Alexandre Lima, a Polícia Rodoviária Federal notificou um caminhão pertencente ao município fazendo transporte irregular de colonos quando este passava pelo posto de fiscalização do Entroncamento, na BR-317.

Misturados a mulheres, idosos e crianças, numa superlotação de 54 pessoas, haviam botijas de gás, sacas de castanha, galinhas, cachos de bananas, motores e moto-serras.

Esse tipo de transporte é muito comum na região, além de bastante necessário para atender as populações do interior que não dispõem de meios para se locomover até a cidade, mas o que custa um cuidado maior com a segurança das pessoas?

Com a palavra os responsáveis pelo setor de Transportes da prefeitura de Xapuri.

Página parada

Ponte Sobre o Igarapé Santo Rosa

É realmente uma pena que o espaço dedicado pelo portal da Assembléia Legislativa do Acre à Câmara Municipal de Xapuri esteja sendo tão mal utilizado (clique aqui para descobrir o porquê).

A página, que é uma grande oportunidade para que os vereadores mostrem ao público xapuriense o resultado de suas atuações, está sendo alimentada com informações vazias, mal escritas e totalmente alheias ao trabalho da câmara.

Causa admiração que nenhum dos vereadores tenha se atentado para isso, uma vez que, acompanhando as páginas dos demais municípios, se percebe que as casas legilsativas municipais estão fazendo bom uso do espaço.

A foto acima foi extraída de lá, numa postagem que tenta expressar a insatisfação dos moradores do bairro Bolívia com a lentidão da recuperação da ponte que dá acesso à comunidade. Muito mais proveitoso seria, se a notícia trouxesse a preocupação que a câmara está tendo com a inexplicável demora.

Lembram dele?

É ele mesmo. O delegado Pedro Henrique Teixeira Campos comandando a prisão dos latrocidas que mataram o colono Edvaldo Moraes de Brito, natural de Xapuri, crime ocorrido na última quinta-feira, 18, em uma chácara no Ramal Guarani km 01, zona rural do município de Senador Guiomard. Leia a reportagem completa sobre o crime na Agência de Notícias do Acre.

Vigilância

É de locais imundos como esse das fotos a seguir que sai parte da carne de porco que é consumida em Xapuri. As imagens falam por si.

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Abaixo, os funcionários da Vigilância Sanitária Municipal, Mário Sérgio, o Maroca, e Faustino, responsáveis pela providencial interdição do insalubre local.

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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Programa Banda Larga

O Programa Banda Larga, lançado em abril de 2008, já beneficiou 43.192 escolas públicas urbanas em todo o país, com acesso à internet de alta velocidade. Entre as unidades federativas, as que foram menos assistidas pelo programa foram Roraima (68 escolas), Amapá (131) e Acre (138).

A previsão da Anatel é de que esses Estados sejam completamente atendidos até o fim de 2010. O projeto atendeu, em todo o país, 66,57% de todas as 64.879 instituições pertencentes ao projeto. No ano de 2009, foram conectadas à banda larga 25.331 escolas e, em 2008, 17.861. A expectativa para este ano a de é conectar cerca de 37 milhões de estudantes, beneficiando escolas públicas urbanas.

O projeto é resultado de uma parceria entre o Ministério das Comunicações e o da Educação, com um compromisso voluntário das concessionárias de telefonia fixa. As informações são do Jornal Folha de Boa Vista.

Joaquim Vidal

O técnico em entomologia Joaquim Vidal, funcionário da Funasa, está prestes a trocar o incansável trabalho de combate às endemias em Xapuri pela tranquilidade da aposentadoria.

No momento em que o Acre vive uma epidemia de dengue e Xapuri apresenta um quadro preocupante relacionado à ocorrência de leishmaniose tegumentar americana, principalmente entre crianças menores de 5 anos, o profissional afirma que os governos e a população estão perdendo a guerra para as endemias por falta de vontade política e conscientização.

Vidal ressalta que a falta de apoio ao trabalho do Setor de Endemias é uma das principais razões para a ideia de se aposentar. A falta de estrutura para que o órgão realize de forma eficiente o trabalho de combate à dengue é, segundo ele, a principal razão para o município ter apresentado o grande número de notificações da doença que estão sendo registrados neste ano. “Outros municípios estão sendo beneficiados com caminhonetes, como Brasiléia, por exemplo, e Xapuri não foi contemplado por falta de alguém que faça o trabalho político de trazer para cá o que precisamos”, protesta.

Outro grande problema, de acordo com Joaquim, é a falta de conscientização da população, que apesar das campanhas educativas continua a não se preocupar com os riscos de conviver harmoniosamente com o mosquito transmissor. O técnico explica que a maior ocorrência de criadouros do Aedes está no lixo doméstico, que continua a ser mal cuidado pelas pessoas. “Somos nós que estamos facilitando a vida do vetor. Se cada pessoa se preocupasse em fazer a sua parte na prevenção, ainda teríamos, possivelmente, o problema da dengue, mas numa escala muito menor”, garante.

Quanto à política de saúde que vem sendo desenvolvida pela atual administração municipal, Joaquim Vidal é enfático. “Temos muita gente inteligente, graduada, bem intencionada mas que não entende nada de saúde pública.

Vidal pretende protocolar seu pedido de aposentadoria no Ministério da Saúde até a metade de 2010.

Clique aqui para acompanhar o trabalho de Joaquim Vidal no Setor de Endemias de Xapuri.

O que é o futebol…

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Caro torcedor vascaíno, clique na imagem para ampliar, imprima, assine o seu nome e não se irrite com a brincadeira. Leia mais na coluna Bola nas Costas.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Os 81 anos de ‘tia’ Vicência

Dizem que não é elegante, da parte de um homem, revelar a idade de uma mulher. Mas no caso de dona Vicência Bezerra da Costa, proprietária do mais famoso restaurante de Xapuri, onde ainda se pode apreciar a verdadeira comida caseira com “gosto de seringal”, os anos 81 anos bem vividos e comemorados nesse sábado (20) entre parentes e amigos são motivo apenas de orgulho e alegria pela trajetória de muito trabalho desde que chegou ao Acre, no ano de 1943, em plena Segunda Guerra Mundial.

Profundamente identificada com a história de Xapuri e devota fervorosa de São Sebastião, padroeiro da cidade, dona Vicência conta que a fé foi trazida do Ceará, sua terra natal, e que já na viagem que teria como destino final o Acre, sua família foi abençoada pelas graças do santo protetor dos xapurienses. “O navio em que eu viajava com meus pais rumo ao Pará esteve na mira de um submarino. Foram momentos de pânico, mas graças a São Sebastião nada aconteceu e escapamos todos”.

Mãe de Francisco, Getúlio, Maria de Lurdes e Maria das Graças, além de cerca de 40 netos e bisnetos, Vicência se diz seringueira na alma e no coração. Chegou a compor um hino aos soldados da borracha, que gosta de cantar às pessoas que vistam seu restaurante, como forma de enfatizar que o trabalho dos nordestinos que para cá vieram mandados pelo governo para cortar seringa durante o grande conflito armado era realmente um esforço de guerra.

O blog parabeniza dona Vicência pela passagem do seu 81º aniversário e pelo exemplo de trabalho e dedicação que essa verdadeira guerreira dos seringais acreanos continua a oferecer à sociedade xapuriense, desejando-lhe saúde para que possa continuar, ainda por muitos anos, atendendo com sua simpatia, a população de Xapuri e de outros lugares do Brasil, que todos os anos frequentam o restaurante “Tia Vicência”.

Férias, sim

A primeira-dama Dayana Castelo confirmou a seu primo (e novo blogueiro na praça) Maxsuel Maia a finalidade da viagem que está fazendo junto com o prefeito Bira Vasconcelos neste período pós-carnavalesco. Sim, o casal está aproveitando a viagem para descansar, mas, de acordo com o ofício que foi encaminhado à câmara solicitando autorização para a ausência de 15 dias, constam alguns compromissos de trabalho em Brasília e em Fortaleza.

“Dayana me informou ainda que Bira está muito cansado, mas que viaja preocupado com Xapuri e já pensando na data da volta”, afirma o blogueiro.

Mais informações sobre a viagem do prefeito vem da própria Câmara Municipal.

Do vereador José Gonçalves, o Zeca da Emater (PMDB):

“Não há nada de anormal ou irregular na viagem do prefeito. A câmara recebeu a mensagem do gabinete e autorizou a ausência do chefe do executivo municipal. Quanto às férias, todo mundo tem direito a um descanso e não vejo nenhum problema nisso”, afirmou o parlamentar.

Já o presidente da Casa, Ronaldo Ferraz, também do PMDB, informou o teor do pedido de autorização encaminhado ao parlamento mirim:

“O prefeito enviou ofício à câmara informando de compromissos de trabalho em Brasília, com relação a convênios do município, e um intercâmbio a ser feito com a prefeitura de Fortaleza”, explicou.

Em tempo: visitem o bom blog do Maxsuel. Simples, objetivo e de qualidade.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

PT & PMDB

Análise do colunista do iG Brasília, Tales Farias, estado por estado, mostra que, hoje, há muito mais proximidades do PMDB nos estados com o PT do que, por exemplo, com o PSDB, o que dificultaria uma mudança de rumos. Por exemplo:

Nordeste

Por conta da alta popularidade do presidente Lula no Nordeste, esta é a região onde os acordos do PMDB com o PSDB tendem a ser mais difíceis. 

Mesmo em lugares difíceis, como na Bahia, já se vislumbra acordo entre PT e PMDB. O pré-candidato peemedebista ao governo, Geddel Vieira Lima, ainda não emplacou nas pesquisas e o presidente Lula já começa a trabalhar para tentar convencê-lo a se acertar com o governador petista Jaques Wagner.

“Nós estamos abertos a um acordo. É só o grupo do Geddel concordar. Temos conversado, inclusive, com muitos peemedebistas aqui do Estado”, afirma o presidente do PT na Bahia, Jonas Paulo.

Em Sergipe, no Piauí, no Ceará e na Paraíba a aliança PMDB-PT é tida como muito bem encaminhada. E onde ela é mais difícil de ocorrer no nível local, como em Alagoas, Maranhão, Bahia e Rio Grande do Norte, está livre o caminho para que os dois partidos abram palanque para Dilma Rousseff. Só em Pernambuco os peemedbistas já decidira apoiar o tucano José Serra.

Sul

O PMDB do Rio Grande do Sul já foi visto como um aliado em potencial do candidato do PSDB a presidente, José Serra. Hoje a hipótese mais provável é que o PMDB saia com José Fogaça como candidato ao governo, contra o petista Tarso Genro.

Mas, a nível nacional, os peemedebistas gaúchos ficariam liberados: a maioria, liderada pelo senador Pedro Simon, manifestando simpatia pela gaúcha Dilma Rousseff. A governadora tucana Yeda Crusius anunciou a disposição de ser candidata, monopolizando o palanque de Serra e liberando mais ainda os peemedebistas.

Serra mantém a preferência do PMDB de Santa Catarina, que vai apoiar a candidatura a governador de Raimundo Colombo (DEM). Mas, no Paraná, o partido, liderado pelo imprevisível governador Roberto Requião, pode seguir para qualquer lado. Inclusive lado nenhum.

Sudeste

O candidato do PSDB, José Serra, deve conseguir o apoio oficial do PMDB de São Paulo, para montar chapa com Orestes Quércia como candidato ao Senado. Mas, se Michel Temer for mesmo vice de Dilma, uma parcela dos peemedebistas no Estado deve fazer campanha para Dilma.

Em Minas, quem mais teria de se preocupar era Hélio Costa, o peemedebista primeiro colocado nas pesquisas para governador, já que o PT tem batido pé pela candidatura do partido – ou do ministro Patrus Ananias, ou do ex-prefeito Fernando Pimentel. Mas  próprio Hélio Costa diz ao iG que agora está otimista: “Acho que do nosso lado e do lado deles está havendo uma boa vontade cada vez maior. Acredito muito num acordo.”

No Rio de Janeiro, o apoio do PT à reeleição do governador Sérgio Cabral (PMDB) já é certo.

Centro-Oeste

O maior problema para Dilma Rousseff é no Mato Grosso do Sul, onde o governador, Andre Puccinelli (PMDB), é candidato à reeleição sob forte oposição dos petistas. Daí ele ter dito que apoiará José Serra. “É jogo de pressão, mas nós continuaremos com o Zeca do PT”, insiste o presidente do diretório regional petista, Marcos Garcia.

Mas já no Estado do Mato Grosso o PT deverá apoiar o PMDB, assim como em Goiás. Em Brasília, depois que estourou o escândalo em torno do governador José Roberto Arruda, o líder local do PMDB, Tadeu Filipelli, se aproximou do PT e tende a apoiar o candidato petista.

Norte

Na região Norte, somente no Acre os peemedebistas tendem a apoiar o candidato tucano a presidente. Lá o PT é governo e o PMDB faz oposição cerrada.

Mas, no Amazonas – Estado do virulento ex-líder do PSDB no Senado Arthur Virgílio Netto - o próprio presidente Lula entrou nas articulações para isolar os tucanos, com um chapão liderado pelo ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento (PR), como candidato ao governo e o ex-governador Eduardo Braga (PMDB) para o Senado.

No Pará, Jader Barbalho (PMDB) e a governadora Ana Julia Carepa (PT) fazem uma tremenda mise-en-scéne antes do acerto. Mas, mesmo que não fechem o acordo, Jader Barbalho e os peemedebistas estarão no palanque de Dilma, que também já tem como certo o apoio do PMDB em Rondônia e Roraima.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Briga de cachorro grande

Veja aqui e aqui que o Carnaval Digital do governo do Acre rendeu uma boa queda de braço entre o jornalista Archibaldo Antunes e o deputado estadual Luiz Calixto (PSL).

Antunes foi à Assembleia e viu exagero nas críticas “comezinhas” da oposição à folia cibernética. Calixto desmente que lá Archibaldo tenha estado e afirma que o jornalista “emprenha” pelos ouvidos.

O interessante é que ambos, cada um de sua trincheira, comungam da raríssima boa crítica – no sentido de qualidade - que atualmente se faz ao governo da floresta.

Nesse campo, os dois são ilhas bastante isoladas nas águas calmas do mar da política acreana. Mesmo assim se desentendem, e proporcionam debate quente e muito bom de acompanhar.

Archibaldo Antunes tem, como disse o deputado Moisé Diniz, pena mordaz e língua ferina; Luiz Calixto já enfrentou no tabefe uma guarnição inteira da Polícia Militar em Xapuri.

É briga de cachorro grande. No bom sentido, é claro.

A viagem do prefeito II

Faço neste post coisa que jamais fiz neste blog: justificar o teor de uma postagem e dela tirar algumas vírgulas em virtude da repercussão que a mesma tenha causado ou desagradado a quem quer que seja. Mas explico nos próximos parágrafos o porquê desta exceção que espero jamais ter que repetir. É mais uma das grandes lições que estou aprendendo nos últimos tempos.

Pois então, mãos à obra:

Escrevi em post anterior que o vice-prefeito Eriberto Mota será prefeito de Xapuri pelos próximos 15 dias, em razão de viagem de Bira Vasconcelos. Não há nenhuma incorreção na informação, mas o fato de eu haver usado o termo “férias” e divulgado a fonte da informação, no caso o diretor de Divulgação Social Haroldo Sarkis, que me confirmou a viagem, gerou insatisfação de alguém da cúpula da assessoria do prefeito.

Esclareço que Haroldo não me afirmou que o prefeito estaria “saindo de férias”. Isso fui eu mesmo quem presumi, uma vez que nenhuma informação sobre o caráter oficial da viagem foi divulgada e mais ainda pelo fato de que já corria aos quatro ventos a notícia de que o prefeito tiraria uns dias de descanso. Como não posso negar esses fatos, retiro do post anterior o termo ofensivo “férias” e suprimo, a pedido, a fonte.

Acrescento que ainda não consegui ver onde as pessoas que assessoram Bira enxergaram tanta maldade em minha nota. Uma quinzena de descanso para o prefeito é coisa ilegal? A viagem é desconhecida da câmara? Se há algum compromisso de trabalho na parte inicial da viagem por que isso não foi devidamente divulgado à imprensa?

Confesso que não estou entendendo bulhufas.

Mas para não causar prejuízos a quem não merece, já fiz, lá embaixo, as devidas alterações que, é claro, não modificam o contexto da notícia, e assumo a total responsabilidade pelas informações dadas, colocando-me, sem dúvidas, à disposição para qualquer esclarecimento.

Boas notícias

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Uma das grandes razões de vergonha para a administração pública de Xapuri começou a ser resolvida na semana passada com o início da recuperação das ruas Pio Nazário e Dr. Batista de Moraes. As duas ruas, até então intrafegáveis, dão acesso ao único patrimônio histórico nacional tombado no Acre, a casa onde Chico Mendes viveu e foi assassinado, em 1988, que pode ser vista bem ao fundo, na foto.

Certa vez, Elenira Mendes, presidente do Instituto Chico Mendes, chegou a dizer que se sentia constrangida ao receber turistas e autoridades na sede da entidade, pois para se chegar aos locais de visitação era necessário deixar os veículos a cerca de 300 metros de distância para caminhar pelas vias cheias de crateras e esgotos fétidos a céu aberto.

Se cumprido o que está no papel, as obras não ficarão apenas na drenagem das ruas, serviço que começou a ser realizado já na rua João Antônio de Carvalho – a Rua do Ibama – antes que essa recebessa a atual pavimentação asfáltica. Em parceria com a prefeitura, o governo do Estado pretende revitalizar as imediações da Casa de Chico Mendes.

Segundo a prefeitura de Xapuri, já foram resolvidas as questões relacionadas aos imóveis que fazem limite com o patrimônio. De um lado, onde hoje existe um velho bar, deve ser construído, segundo o projeto, um café ou lanchonete para oferecer opção de alimentação nas proximidades aos visitantes e turistas. No outro, o que era uma antiga residência dará lugar a mais um centro de memórias, este destinado aos seringueiros.

Na parceria entre governo e prefeitura constam ainda a recuperação da praça São Gabriel, que será transformada em uma grande área de eventos mantendo o nome do jovem Kaleb do Nascimento Mota; a recuperação da praça Getúlio Vargas, que terá espaços reservados ao bar Bebum e ao tradicional café da Dona Maria, hoje localizado ao lado da agência do Basa e a conclusão do deck do Bairro Sibéria.

Em torno dos projetos acima, Xapuri receberá cerca de 1 milhão de reais do governodo Estado. Isso sem falar na restauração da antiga e histórica casa A Limitada, que abrigará um centro de atendimento ao cidadão depois de sua inauguração, a OCA – Organização Central de Atendimento, que concentrará os principais serviços ao cidadão xapuriense. Lá, funcionará também o propalado projeto Floresta Digital que disponibilizará internet sem fio gratuita para a população.

A viagem do prefeito

Eriberto Mota será prefeito de Xapuri pelos próximos 15 dias. Neste período, Bira Vasconcelos estará viajando com a primeira-dama Dayana Castelo.

O fato - sem nenhuma semelhança com o que vem a seguir – me faz lembrar de um episódio hilário, protagonizado pelo ex-prefeito Vanderley Viana no primeiro ano de seu segundo mandato. Numa de suas viagens a Brasília, Viana passou o cargo ao vice, João Dias.

O ato de transmissão foi sucupiresco, com direito a fogos de artifício, banda de música e discursos apaixonados. Logo após o retorno, Vanderley comprou briga com Dias e o afastou da administração. As discussões travadas pelos dois eram impublicáveis.

Dessa vez não houve solenidade de transmissão de cargo, discursos ou foguetório. O que me faz acreditar que no retorno do descanso do atual prefeito, Bira e Eriberto continuarão como na foto acima, na posse de ambos, em janeiro de 2009.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Apagão

A gerência da Eletroacre em Xapuri explicou nesta quinta-feira que o apagão que deixou a cidade sem energia elétrica das 7 horas da noite da quarta-feira de cinzas até as 4 da manhã do dia seguinte foi um curto-circuito ocorrido em um local ainda não identificado entre o município de Epitaciolândia e a princesa do Acre.

Uma equipe da empresa percorreu os ramais Filipinas e Porto Rico, atendidos pelo programa Luz para Todos, onde provavelmente, segundo a empresa, aconteceu o curto. As vistorias ainda seguem com o objetivo de identificar qual dos dois locais foi o responsável pelo apagão.

A energia elétrica que aqui chega é enviada pela estação de Epitaciolândia, mas somente Xapuri ficou sem luz.  A empresa informou ainda que os consumidores que tiveram prejuízos em razão do blecaute têm 30 dias para solicitar o ressarcimento dos danos.

Agora há pouco, recebi telefonema do deputado Manoel Moraes (PSB), que informou ter acabado de conversar com Celso Matheus, presidente da Eletroacre. Moraes, que saiu de Xapuri com destino a Rio Branco durante o apagão, manifestou indignação com a recorrência do problema em Xapuri.

O deputado afirmou que solicitou do presidente da empresa toda a atenção para com as quedas e outros defeitos no fornecimento de energia que assolam a população de Xapuri desde que a usina termelétrica da Guascor do Brasil foi desativada no ano passado. Só resta aguardar.

Axé, marchinhas e samba-enredo

O Carnaval 2010 em Xapuri já virou cinzas. Restaram a ressaca e as costumeiras reclamações e críticas dos foliões contra os promotores da festa. Sobraram também os elogios, é verdade, à organização e à ornamentação do evento, segurança, iluminação e etcetera e tal.

Uns reclamaram do repertório, que trazia axé demais e marchinhas de menos. Uma das bandas que tocou em Xapuri nem mesmo instrumentos de sopros possuía. Outros estão reclamando até agora do excesso de “falação” nos intervalos entre as bandas.

Mas unanimidade mesmo somente quanto ao horário de encerramento da folia na última noite, às 4 horas da manhã, quando os foliões estavam no auge da alegria e da diversão. Revoltados, os brincantes entonaram um sonoro coro de vaias contra os músicos e contra o prefeito Ubiracy Vasconcelos, que não estava lá para ouvir o apupo.

Este blogueiro não brincou nem apreciou uma noite sequer do Carnaval Ecológico, e disso não se arrepende. Mas, como linguarudo que é, desde que o assunto seja de interesse público - que isso fique bem claro - vai dar palpite e meter o bedelho no trabalho alheio.

Para mim as vaias contra os músicos são injustas. Eles encerraram a folia por ordem da organização que, por sua vez, recebia pressão da polícia que, por sua vez, alegava fazer cumprir a portaria baixada pelo prefeito estabelecendo os horários de término da fuzarca.

Merecedores das vaias são aqueles – que a carapuça se encaixe nas cabeças em que couber – que ainda não compreenderam que o carnaval é uma festa popular, tendo o povo todo o direito de opinar e de participar das decisões acerca da organização, repertório das bandas e, é claro, dos horários de funcionamento da folia.

Nos antigos e saudosos carnavais de Xapuri, nos tempos do Bilhar e depois Assemux, a folia ia até às 4 horas da manhã nas três primeiras noites, e se encerrava, na última, às 7 horas da manhã, com o sol brilhando,  no simbólico e festejado enterro do carnaval, que ocorria na praça Getúlio Vargas ou na praça São Sebastião, arrastando centenas de pessoas rua afora.

Nos dias de hoje, além do carnaval de Xapuri ter perdido toda a sua tradição e magia, nos deparamos com uma total falta de bom senso e excesso de má vontade de um punhado de gente que em pleno século 21 ainda vislumbra demônios e maldições por trás daquilo que representa apenas um dos poucos momentos em que o sofrido povo brasileiro pode extravasar a sua alegria de viver, apesar de não possuir muitos motivos para isso.

Nas reuniões da prefeitura com a segurança pública, que sempre antecedem as festas, todo ano é o mesmo samba-enredo: decide-se à revelia do povão tudo o que vai acontecer, inclusive os benditos horários de início e término dos eventos. Na atual mentalidade dos pensadores da segurança, festa é sinônimo de violência, onde menos tempo de festa representa, simples assim, menos criminalidade, menos brigas, menos sangue. Pura balela.

Nesta lógica, para não haver ocorrências policiais, a população deve ficar em casa, confinada, lendo a Bíblia ou assistindo os desfiles das escolas de samba. Essa ideia, perversa e cerceante do direito do cidadão, tem sido disseminada há algum tempo e tem servido para pressionar os organizadores de eventos, inclusive o maior de todos, a prefeitura, a estabelecer, via decreto, limites de horários que desagradam sobremaneira a população.

Foi assim com os bares, onde o sujeito que passa toda a semana trabalhando para recolher 40% do que ganha aos cofres do governo não pode permanecer após a meia-noite nos dias úteis ou um pouco mais tarde nos finais de semana. Tem sido assim com as festas noturnas e tem sido assim com o carnaval, de época ou fora de época. Tudo, segundo eles, para o próprio bem do cidadão.

Ora bolas, entendo eu que o cidadão xapuriense tem direito à segurança onde quer que esteja e em que hora for. Para isso pagamos os impostos que pagam as polícias e os políticos que deveriam - os primeiros - nos proteger sem reclamar e - os segundos - criar meios eficazes para nos fazer felizes. Como nem um nem outro cumpre bem o seu papel, que deixem o folião amanhecer o dia, que seja ao som de axé, marchinhas ou samba-enredo.

Atualização: Segue, em rima, o bem humorado comentário do leitor Maxsuel sobre o Carnaval Ecológico de Xapuri:

Como foi bom o carnaval em Xapuri…

Como foi bom ver minha cidade cheia

rever velhos amigos e brincar o carnaval

como foi bom ver a festa ornamentada

a segurança reforçada e um clima fraternal

Que bom foi ver o sempre afinado Nader de volta ao palco

e os "frutitos" (Frutos da Terra) dando um show de alto-astral

Nem tão bom assim estavam os banheiros

a qualidade do som, será que era do Bial? (Bial Som)

Quanto ao horário de encerramento

uma vergonha, autoritarismo banal

Não preciso da polícia, nem do prefeito, sou maior, vacinado

e sei bem que horas terminar meu carnaval.

Entre elogios e críticas, salvaram-se todos,

Como foi bom o carnaval em Xapuri.

Alguém nos ajude

Cidade no escuro 1 (10/11/09) por Brunno Marchetti.

Novo apagão deixou Xapuri por mais de 8 horas sem energia elétrica entre o final da tarde da quarta-feira de cinzas e às 4 horas da manhã desta quinta-feira. Foi uma noite de tortura para a população, que além da escuridão teve que enfrentar um calor sufocante.

Através de contatos telefônicos com pessoas da capital e da vizinha Brasiléia, pôde-se constatar que o problema foi restrito à região de Xapuri, mas até o momento a direção da Eletroacre no município não se interessou a prestar nenhuma informação sobre o blecaute.

São muitos, também, os prejuízos materiais causados pela má qualidade do serviço que é pago a peso de ouro. Somente este blogueiro tem em casa um aparelho de ar condicionado e uma televisão, ambos novos em folha, queimados por conta das constantes interrupções e oscilações da energia.

Que alguém neste Estado saia em defesa da população, que já é escrava desse sistema escroto, responsável por vender uma energia que imagino ser uma das mais caras do país, e que não demonstra nenhum respeito pelos cidadãos pagadores dos escorchantes impostos cobrados pelos governos.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

“Se não fosse…”

Carlos Estevão Ferreira Castelo

Uma de minhas paixões, sem dúvidas, é a música. Pode ser coisa de DNA, pois tenho vários familiares que tocam algum instrumento. Eu toco violão (meu instrumento preferido) e, também, teclado.

Certa noite estava eu acompanhando, do palco, os “The Supersônicos” na antiga boate São Sebastião (aquela do “Seu Flauzino”), quando aconteceu algo que jamais vou esquecer. Na época, os supersônicos tinham a seguinte formação: Zequinha do correio no velho Yamaha (dono do conjunto), Luiz Brejeira na guitarra, Delmo Nicácio na bateria, e meu tio Carlinhos (irmão de meu pai) no contrabaixo.

Nesta noite, em particular, o conjunto estava sem vocalista, por isso Brejeira arranhava nos vocais ajudado por Zequinha. Observa-se que nesse período, anos 80 do século passado, eu ensaiava meus primeiros acordes. Como queria aprender a tocar algum instrumento, ficava no palco a festa toda acompanhando os músicos. Além do aprendizado através da observação, tinha a prática. Para mim era o momento mágico, exatamente quando  Zequinha, ou Carlinhos, cediam o instrumento para eu “levar uma” (o Luiz nunca  deixava). Nesta noite, lembro perfeitamente, toquei Rádio Pirata do RPM. Rádio Pirata era uma música que estava estourada na época, música simples, de dois acordes apenas. O salão fervia, e euzinho tirando uma no contrabaixo.

Depois da Rádio Pirata fazer ferver o salão, aconteceu o intervalo. Nesse momento, Zequinha percebeu que seu velho Yamaha apresentava problemas. E agora? a festa teria que continuar. Eu sugeri, então, que poderia ir buscar meu teclado em casa para substituir o que havia apresentado defeito. Seria rápido, pois estava naquela noite motorizado. Meu pai havia cedido seu velho Corcel II. Assim se deu.

O Carro estava estacionado em frente da antiga “A limitada”. Eu liguei o velho amarelinho e resolvi seguir em frente, objetivando fazer o contorno pela rua do mercado passando em frente da casa do “prezado”. Em seguida, pegaria a Floriano na primeira esquina rumo à minha residência.

Quando passava em frente da casa onde já funcionou a agência dos Correios pensei: “vou cruzar direto a rua vinte e quatro e entrar na garagem lá de casa para ganhar tempo”. Sabia que a preferência era dos veículos, e motos, que poderiam aparecer de um dos lados da rua “vinte e quatro de janeiro” (ainda hoje é assim), mas Xapuri quase não tinha carro nessa época. Além disso, era quase uma da manhã...

Puro engano, quando acelerei pela Floriano cruzando a Vinte e Quatro, na esquina da Maçonaria, percebi um barulho intenso de freio. Depois vi uma moto no chão. Logo percebi que o velho Corcel II de meu pai não havia colidido com a moto, mesmo assim o motoqueiro caiu. Acho que da “freiada” que deu para evitar a batida e, principalmente, devido o susto que tomou.

Percebi o motoqueiro levantando e seguindo em frente. Pequei o teclado e rumei novamente para o “Flauzino”. Entretanto, quando me aproximava da casa de Guilherme Zaire notei que o mesmo motoqueiro, parecendo me aguardar, estava em baixo do velho pé de mangueira. Parei o carro. Ele veio em minha direção. Olhou fixamente para mim e disse: “tu é filho do Estevão né? Se não fosse .......”.

O rapaz era um dos filhos de Darli Alves.

Carlos Estevão é xapuriense. Clique aqui para ler seu blog.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Morre o ator Arnaud Rodrigues

O Brasil perdeu nesse Carnaval um dos grandes nomes de sua cultura, o ator, cantor, compositor e humorista Arnaud Rodrigues, aos 68 anos de idade.

O artista nascido em Serra Talhada (PE) em 1942 estava em uma embarcação com mais 10 pessoas que virou na tarde desta terça-feira em um lago no estado do Tocantins.

O piloto, Francisco da Silva, continua desaparecido. As outras nove pessoas sobreviveram.

Arnaud Rodrigues trabalhou nos programas de Chico Anysio na TV Globo, entre eles "Chico City" (1973), e em vários programas humorísticos. Ao lado de Chico Anysio formou o grupo musical Baiano e os Novos Caetanos, na década de 70.

Entre seus trabalhos em novelas destacam-se "Roque Santeiro" (1985), "Partido Alto" (1984), "Pão Pão, Beijo Beijo" (1983), "Bandidos da Falange" (1983) e uma participação especial em "Lampião e Maria Bonita" (1982).

No cinema, atuou em "A filha dos Trapalhões" (1984), "Os Trapalhões e o Mágico de Oroz" (1984), "O doce esporte do sexo" (1971) e "Uma negra chamada Tereza" (1973).

Um de seus personagens mais populares de Arnaud, no entanto, foi Soró. O imigrante nordestino ingênuo e bem humorado, criado pelo escritor Walter Negrão para a novela Pão Pão, Beijo Beijo fez tanto sucesso entre o público em geral que Arnaud voltou a interpretá-lo no filme Os Trapalhões e o Mágico de Oroz.

Recentemente ele atuava no humorístico "A praça é nossa".

O texto original é do G1, São Paulo.

Proteção ecológica no Carnaval

No Carnaval ecológico de Xapuri a não menos ecológica camisinha Natex é adereço indispensável. E país afora também. Às vésperas da folia deste ano, a fábrica estatal da terra de Chico Mendes distribuiu 10 milhões de unidades para sete estados das regiões Norte e Centro-oeste do Brasil, além do Acre.

Em Xapuri foram distribuídos dez mil preservativos durante os três primeiros dias de folia numa campanha intitulada "coloque a proteção antes do prazer", além de leques informativos sobre Aids e DST'S. Estiveram de prontidão durante as primeiras noites dois agentes comunitários de saúde, dois enfermeiros e um carro de apoio.

O coordenador do Núcleo de Educação do município, Wilker Oliveira, alertou, porém, que além da camisinha outros cuidados devem ser tomados durante a folia. "É necessário se ter um cuidado especial com a alimentação, fazer a reposição de líquidos e evitar o abuso no consumo das bebidas alcoólicas, dentre outros comportamentos típicos do feriado mais famoso do país".

Em todo o país, o Ministério da Saúde distribuiu 55 milhões de preservativos no período pré-carnavalesco, atingindo o número recorde de 465 milhões de unidades no decorrer de 2009 contra os cerca de 400 milhões do ano anterior. A previsão do MS é de que a fábrica de Xapuri atinja a produção anual de 270 milhões de unidades, futuramente.

Coisa feia

Estou me tornando especialista em desmascarar plagiadores baratos, mas desta vez a vítima em questão sou eu mesmo, como alertei em post anterior a este. Convém, no entanto, esclarecer melhor o fato para que o leitor entenda a forma desavergonhada com que agem algumas pessoas que tentam fazer de um computador plugado à internet uma ferramenta de trabalho.

Por informação de um vereador, descobri que a Assembléia Legislativa do Acre disponibilizou em seu sítio na internet uma página para cada uma das câmaras de vereadores dos 22 municípios acreanos. Para alimentar as páginas agregadas ao seu site, a Aleac recrutou 22 pessoas que passaram por capacitação em Rio Branco para depois atuarem nos municípios.

No caso de Xapuri, a pessoa escolhida para tal missão foi a estudante Elaine Barbosa, cuja tarefa seria atualizar a página com informações da câmara de vereadores. Em vez disso, talvez para evitar a fadiga, Elaine se pôs ao cômodo trabalho de copiar os textos deste blog e do site da prefeitura e colá-los descaradamente sem oferecer nenhum crédito ao blogueiro ou mesmo citar as fontes.

Cheguei a postar uma mensagem no próprio site da Aleac solicitando que os créditos fossem dados ao autor dos textos, mas o silêncio foi a única resposta que obtive. Esperei que pelo menos os textos parassem de ser religiosamente copiados a partir dali, mas ao contrário disso a prática foi intensificada. Crendo que alguém estaria ganhando dinheiro às minhas custas, botei a boca no mundo.

Encaminhei nova mensagem à Aleac solicitando informações sobre o verdadeiro responsável pela página, se a Assembléia ou a câmara de Xapuri, e outra à candidata ao prêmio Óleo de Peroba do ano, Eliane Barbosa, exigindo explicações para a imensa falta de respeito que a mesma vem dispensando ao trabalho que faço neste blog sem o objetivo de ganhar um único tostão furado por isso.

A imagem que ilustra o post é de autor desconhecido.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Capoeira Comunitária

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O projeto Capoeira Comunitária, que envolve atualmente cerca de 40 crianças ameaçadas pelo chamado “risco social”, é uma das ações mais importantes do Programa de Policiamento Comunitário, desenvolvido em Xapuri pela Polícia Militar e alguns parceiros no bairro do Laranjal, uma das regiões mais pobres e mais atingidas pelo tráfico de drogas no município.

Entre as atividades desenvolvidas pela PM em escolinhas, a capoeira é a que mais tem chamado a atenção de crianças e adolescentes do município. As outras são o futebol e o vôlei, que também têm boa aceitação dos jovens, mas a mistura de luta e dança trazida para o Brasil pelos negros africanos durante o período de colonização tem feito sucesso entre meninos e meninas de Xapuri.

O policial militar Serismar Vasco de Souza, coordenador do projeto, afirma que o sucesso da capoeira não acontece somente entre os praticantes do esporte. Os eventos chamados Roda de Capoeira, realizados em praças e quadras de esportes, atraem um público fiel e crescente por onde passam.

“A dança, as músicas, os movimentos, o uniforme, atraem a atenção não só dos que participam da roda, mas também daqueles que a apreciam, afinal, a capoeira, além de ser um esporte, é cultura e luta genuinamente brasileira”, diz ele.

O trabalho da Polícia Comunitária, implantado há algum tempo no município, visa promover uma aproximação do policial com a comunidade, cultivando uma relação de amizade, confiança e respeito. Dessa forma, acredita-se ser mais fácil identificar e combater de forma preventiva as causas geradoras da violência.

O projeto é patrocinado pela Fundação Elias Mansour, Comercial Duarte, loja Art Móveis, Grupo Senzala de Capoeira e Secretaria de Ação Social da Prefeitura Municipal de Xapuri.

“Na Internet nada se cria, tudo se copia e cola”

Não sabia, mas estou trabalhando para a Assembléia Legislativa do Acre. Falta apenas receber o salário e ter o nome creditado nos textos que são copiados deste blog por uma espertinha chamada Elaine Barbosa e colados numa página intitulada Notícias das Câmaras de Vereadores do Acre. Quem duvidar, que acesse e coteje os textos publicados na página que contém informações de Xapuri com as postagens publicadas aqui nesta fonte de água cristalina.

Nada contra a usual e às vezes necessária prática do Control C + Control V, mas dar os créditos e mencionar a fonte da notícia é princípio básico que deve ser adotado por aquele que trabalha com a divulgação de informações. Além disso, a reprodução de material alheio costuma ser feita de forma eventual e não de maneira constante. Já enviei mensagem ao site solicitando a correção do vício, mas não se deram sequer ao trabalho de responder o e-mail.

Paciência.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Sugestão de leitura

Um dos jornalistas mais respeitados do país conta os bastidores do surgimento, enriquecimento e tomada do poder regional pela família Sarney. Do Maranhão ao Senado, o livro mostra os cenários e histórias protagonizadas pelo patriarca que virou presidente da República por acidente, transformou o Maranhão no quintal de sua casa e beneficiou amigos e parentes.

Com 50 anos de vida pública, o político mais antigo em atividade no país enfrenta escândalos e a opinião pública. É a partir daí que o livro puxa o fio da meada, utilizando as ferramentas do bom jornalismo investigativo. Sempre com muito bom humor, o jornalista faz um retrato do Brasil na era Sarney, os mandos e desmandos do senador e seus filhos, no Maranhão e no Congresso Nacional.

Autor: Palmério Dória
Editora: Geração Editorial
Ano: 2009

Veja a ficha completa.

Realeza de Xapuri

Cleodomar e Janilce

Foto: Gleilson Miranda

sábado, 13 de fevereiro de 2010

“É Carnaval em Xapuri”

Hoje é sábado de Carnaval e dia de pagode no “chapéu-de-palha” do professor Julinho Figueiredo. O ex-atleta, além de professor de educação física, é dono de letras de sambas de enredo que já fizeram sucesso nos bons tempos da festa de Momo em Xapuri.

Reza, no entanto, uma lenda de que as letras do professor Julinho trazem consigo uma espécie de maldição: os homenageados pelas composições costumam passar dessa para melhor logo que os sambas ganham o gosto popular. Constam como exemplos os históricos Nêgo Éti, Canela Varredor, Hélio Rodrigues e outros.

Julinho Figueiredo afasta as desconfianças sobre suas letras com um argumento que considera convincente. "Homenageei dona Zélia Abuache em uma composição e ela está aí, vivinha da silva". Por via das dúvidas, não há alma vivente em Xapuri que deseje ser lembrado pelos arroubos músico-poéticos do ex-jogador de futebol.

Raimari_617

Segue uma das letras de sucesso do compositor:

Carnaval em Xapuri

Chegou, chegou carnaval em Xapuri!
Chegou, chegou carnaval em Xapuri!
Vamos pintar o sete,
trazendo na memória a imagem do 'Nêgo Éti'

Chegou, chegou carnaval em Xapuri!
Chegou, chegou carnaval em Xapuri!
'Princesa' que coisa linda, o carnaval que era aqui,
'ranchos e sujos' desfilavam nas ruas de Xapuri

Chegou, chegou carnaval em Xapuri!
Chegou, chegou carnaval em Xapuri!
Hélio Rodrigues, tu és história,
do carnaval de tantas glórias

Chegou, chegou carnaval em Xapuri!
Chegou, chegou carnaval em Xapuri!
Major Salinas, tu és famosa, por essa gente tão grandiosa:
Hélio Rodrigues, 'Nêgo Eti', Zélia Abuache e seu licor
Faziam com alegria um carnaval com muito amor

Chegou, chegou carnaval em Xapuri!
Chegou, chegou carnaval em Xapuri!
O cara do carnaval da nossa geração,
'Pirilampo' adrenalina, trazendo muita emoção

Chegou, chegou carnaval em Xapuri!
Chegou, chegou carnaval em Xapuri!

Katie Melua

Nine Million Bicycles

Nada como começar o dia com a boa música da bela cantora britânica de origem georgiana Katie Melua. Nas versões clipe:

E ao vivo no Avo Session 2007:

E bom Carnaval.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Bittar não dará caneladas

Do blog Valterlúcio Comenta:

Conversei longamente com Marcio Bittar nesta quarta-feira. Não tem muitas esperanças de que o bom senso presida as decisões no campo das oposições. Sabe que tem as melhorees possibilidades, mas não tem obsessão pelo Senado, leia-se, não sairá dando caneladas abrindo caminho para esta candidatura. Manterá sua candidatura à Câmara Federal.

Marcio se sente muito mal no meio deste festival de vaidades que assola a oposição. Não pretende gastar energia e tempo com debates infrutíferos e insanos. Foca na campanha de deputado e ponto final. Sabe inclusive o que fará depois de eleito, tem um plano, sabe aonde quer chegar.

Fora disso a sua maior preocupação é com a posibilidade de que as oposições cheguem superdivididas e, ao final, restem poucos na resistência.

“Sem privilégio”

Com habeas corpus negado, o governador afastado do DF, José Roberto Arruda, está preso em sala com TV, sofá, banheiro e ar-condicionado. Mas o diretor geral da PF, Luiz Fernando Corrêa, negou que o governador afastado tenha privilégios. Veja o vídeo:

Arruda foi preso nesta quinta-feira depois de o STJ decidir, por 12 votos a 2, que ele teria participado da tentativa de suborno do jornalista Edmilson Edson dos Santos, conhecido como Sombra. Por meio de um emissário, Arruda teria proposto o pagamento de propina na tentativa de fazer com que Sombra mentisse em depoimento à Polícia Federal no inquérito que investiga um suposto esquema de corrupção no governo do Distrito Federal.

Copa do Mundo

O deputado estadual Chagas Romão (PMDB) manifestou, na sessão da Aleac dessa quinta-feira (11), preocupação com a comunidade xapuriense e cobrou do governo mais atenção com a saúde do município, onde ele afirma não haver sequer iluminação na unidade de saúde, que imagino ser o hospital Epaminondas Jácome.

Seria louvável a posição do deputado na tribuna da Assembléia se a população de Xapuri já não estivesse escaldada com os políticos “Copa do Mundo”, que de 4 em 4 anos retornam à cidade com o mesmo discurso bonito e sedutor para depois de eleitos desaparecerem como fumaça, só aparecendo nos momentos oportunos.

Romão, com 354 votos angariados em Xapuri no pleito passado, é um dos muitos candidatos a deputado estadual que nas recentes eleições têm obtido expressiva votação no município, mas, assim como os demais, sua atuação parlamentar nunca resultou em uma ação que correspondesse ao apoio de seus fiéis eleitores, que mesmo assim continuam a ajudá-lo a se reeleger, até agora.

De acordo com números do Tribunal Regional Eleitoral, na última eleição para deputado estadual o eleitorado de Xapuri distribuiu 4.443 votos para candidatos que não possuem nenhuma ou quase nenhuma relação com o município. Isso significa 58% dos votos válidos de um total de 7.744 que compareceram às urnas naquela oportunidade.

Como resultado dessa verdadeira salada mista de candidatos na qual se refestela o eleitor xapuriense a cada eleição, prosseguimos ouvindo a eterna ladainha de que Xapuri não possui representação na Assembléia Legislativa e, por essa razão e muitas outras, o tão sonhado desenvolvimento do município não engrena. É a eterna história da cabeça de um burro que fora enterrada neste pedaço de chão.

Não sei dizer o que mudaria em nossa realidade caso Xapuri elegesse um deputado legitimamente caseiro. A experiência nos mostra que em política as decepções com fórmulas tidas como sucesso garantido são mais comuns do que imagina nossa vã filosofia. Mas, pelo menos, o povo teria a quem recorrer para chorar suas dores e confirmaria de uma vez por todas se possuir um deputado é a verdadeira solução para os nosso problemas.

PS.: Quero lembrar que nada tenho contra o deputado Chagas Romão, a quem considero, a despeito do pouco conhecimento, pessoa muito simpática e dono de uma humildade própria dos que valorizam as suas origens. Apenas expresso minha opinião quanto à sua relação com Xapui, ressaltando que nas vezes em que andou em nossa cidade, não escolheu as melhores companhias, resguardadas as devidas excessões, é claro.

Dança de cadeiras na educação

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Como anunciado aqui há alguns dias, o vereador João Ribeiro de Freitas é o novo secretário de educação da administração do prefeito Ubiracy Vasconcelos. A posse ocorreu na tarde de ontem (11) no auditório da Casa Branca em solenidade simples que contou com a presença de funcionários da educação e representantes de diversos órgãos da administração pública em Xapuri.

No quarto mandato de vereador, Ribeiro, que também é professor na área de geografia, chega à pasta municipal com a missão de dar o “toque político na gestão do setor”, segundo palavras do prefeito. O ex-líder do governo municipal na câmara é um dos principais responsáveis pela articulação que tem garantido o apoio maciço que Ubiracy tem tido naquela Casa desde o início do mandato.

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João Ribeiro ocupa o lugar da competente Waniscléia Nascimento, que vai coordenar o ambicioso projeto de tornar a escola Rita Maia a primeira do Acre a oferecer ensino em tempo integral. Outro projeto anunciado pelo prefeito, nessa quinta-feira, é o da criação da primeira escola de referência da zona rural, que vai oferecer o ensino fundamental e o médio.

O grande desafio da atual administração de Xapuri na área de educação é tirar o município da desconfortável 20ª posição entre os municípios acreanos na última avaliação do Ideb . Se lembrarmos que em 2003 o município ostentava a 6ª posição no mesmo índice, torna-se possível fazer uma ideia do abandono a que área foi relegada já a partir da administração petista de Júlio Barbosa de Aquino.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Em tempo

Continuo a ser esculhambado por imortal de uma academia xapuriense de letras e artes cujo endereço nesta cidade me é desconhecido. O letrado me xinga de apedeuta ao mesmo tempo em que grafa mal gosto, erro bisonho para quem ostenta um diploma de curso superior. Menos grave, mas igualmente constrangedor para quem exerce a nobre missão de educar, é confundir o significado da formalíssima locução não obstante, cujo verdadeiro sentido é: apesar de, ou a despeito de, com o equivocado se não fosse bastante.

Longe de mim a pretensão de ser sumidade na gramática – já fui muitas vezes corrigido e isso só contribuiu para melhorar minha ainda precária escrita. Também não vejo elegância em apontar os erros alheios com a miúda intenção de ridicularizar o semelhante. Mas ser chamado de burro por quem não demonstra o menor entrosamento com o idioma que utiliza como ferramenta de trabalho, e ainda arrota a arrogância que lhe sobra e o conteúdo que lhe falta, confesso que é algo que não consigo aceitar passivamente.

Como já me foi ensinado certa vez, quem escreve mal, pensa pior ainda. E quem pensa mal não pode presumir como verdadeiras as opiniões que reserva ao próximo, muito menos como justas as ofensas que atira contra os adversários. E digo-lhe ainda, como imortal que se diz de tal academia, que poderia gastar algum tempo a folhear a gramática. Ela ensina que o idioma tem regras, sobretudo para quem tem a presunção de se fazer convincente por meio da palavra escrita.

E se não for bastante, que recorra também ao pai dos burros para conhecer o real significado dos rebuscados vocábulos que adora utilizar como forma de exibir uma intelectualidade que facilmente se percebe que não possui. Ou então que aprenda com Caetano: “Chamei de mau gosto o que vi, de mau gosto, mau gosto. É que Narciso acha feio o que não é espelho”. E como gosta de finalizar os seus textos o dito cujo:

Tenho dito.